Política econômica do governo Barack Obama – Wikipédia, a enciclopédia livre
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A política econômica do governo Barack Obama é uma combinação do aumento de impostos sobre os americanos mais ricos e o investimento nos serviços públicos, como pesquisa científica, infraestrutura, reforma do sistema de saúde e educação que se destina a elevar a economia americana e as perspectivas futuras. O próprio Obama é o proponente do uso da regulamentação governamental para conter o capitalismo clientelista e a carga tributária e estabilizar e promover o crescimento econômico. Os atuais assessores econômicos são Alan B. Krueger da Universidade de Princeton e Jeffrey Liebman da Universidade Harvard.[1] Em 2006, Obama escreveu: "Deveríamos estar nos perguntando quais das nossas políticas nos levará a um livre mercado dinâmico e a uma maior segurança econômica, inovação empreendedora e ascensão social [...] nós deveríamos ser guiados por essas palavras."[2] Discursando antes do National Press Club em abril de 2005 ele defendeu o New Deal social de políticas assistenciais de Franklin Roosevelt, associando as propostas republicanas de estabelecer contas privadas para a Seguridade social com o Darwinismo social.[3]
Governança corporativa
[editar | editar código-fonte]Em 20 de abril de 2007, Obama apresentou um projeto de lei ao Senado requerindo que as empresas públicas dessem aos acionistas um voto anual não obrigatório sobre remuneração de executivos, popularmente conhecido como Say on pay. Um projeto de lei complementar apresentado pelo republicano Barney Frank foi aprovado pela casa no mesmo dia.[4] Diversas corporações começaram a dar, voluntariamente, aos seus acionistas esse voto devido as preocupações excessivas sobre os salários dos seus CEOs.
Direitos trabalhistas
[editar | editar código-fonte]Obama apoiou o projeto de lei Employee Free Choice Act, que previa o aumento nas sanções nas violações dos direitos trabalhistas, chegando inclusive a prometer que o transformaria em lei.[5]
Salário mínimo
[editar | editar código-fonte]Obama foi a favor do aumento no salário mínimo federal de $5.15 por hora para $7.25 e votou pelo fim de um projeto de lei que obstruia o aumento.[6][7] Em 2011 ele foi a favor do aumento para $9.50 e aplicando-se depois o reajuste da inflação.[8] Em seu Discurso sobre o Estado da União de 2012 ele insinuou propor uma legislação para elevar o salário mínimo para $9.00 por hora durante seu próximo mandato.
Igualdade salarial
[editar | editar código-fonte]Obama é favorável ao conceito de igualdade salarial.[9] Ele apoiou a legislação criada para aumentar a efetividade do Ato da igualdade salarial de 1963.[10] Em 2007, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou o Lilly Ledbetter Fair Pay Act, que flexibiliza a prescrição para processos de igualdade salarial.[11] A medida não passou pelo Senado em 2008, onde Obama e os demais Democratas não conseguiram desobstruir a pauta.[12] No 111o ela foi aprovada novamente e Obama a sancionou em 29 de janeiro de 2009.[13]
Educação
[editar | editar código-fonte]Durante um debate em outubro de 2004 Obama afirmou que era contra o uso do vale educação em escolas particulares, devido ele acreditar que isso prejudica as escolas públicas.[14] Em maio de 2009 foi noticiado que Obama continuaria aplicando os recursos para 1.716 alunos de Washington D.C. que já participavam do programa, até que estes se formassem no ensino médio, mas não haveria novos estudantes admitidos no programa.[15]
Em um discurso em julho de 007 na Associação Nacional de Educação dos Estados Unidos, Obama apoiou o pagamento por mérito aos professores, onde as bases de mérito seriam desenvolvidas junto com os professores[16] Obama também pediu aumento de salários para os professores.[16] O plano de Obama foi orçado em 18 bilhões de dólares ao ano e seria originalmente financiado pelo atraso do Projeto Constellation da NASA por cinco anos.[17] mas, desde então, ele repensou a ideia e disse que procura por uma forma diferente de resolver a questão."[18] Ele também é contra o ensino do design inteligente como ciência, mas apoia o ensino da teologiatheology.[19]
Obama propos o American opportunity tax credit que geraria créditos fiscais para a educação em troca de serviços comunitários.[20]
Política energética
[editar | editar código-fonte]No seu plano Nova Energia para a América, Obama propos a redução do total de petróleo consumido pelos Estados Unidos em pelo menos 35%, ou 10 milhões de barris por dia até 2030 para compensar as importações da OPEP.[21][22]
Obama votou a favor do Energy Policy Act of 2005 que garante incentivos para a redução nacional do consumo de energia e encoraja p desenvolvimento de uma variedade de fontes energéticas.[23][24] Isso também resultou em um aumento do imposto líquido para as empresas petrolíferas.[25]
Obama e outros Senadores apresentaram o BioFuels Security Act em 2006. "É hora do congresso ver o que os fazendeiros do coração da América sempre souberam - que nós temos capacidade para diminuir a nossa dependência do petróleo estrangeiro pelo nosso próprio crescimento,", disse Obama.[26] Em uma carta de 2006 ao presidente George W. Bush, ele se juntou a quatro outros Senadores de estados agrícolas do Centro-Oeste dos Estados Unidos para a manutenção uma tarifa de $0.54 por galão sobre o etanol importado.[27]
Em uma entrevista de 4 de maio para a NBC, Obama disse, "temos um sério problema de alimentos ao redor do mundo. Temos o aumento no preço dos alimentos aqui nos Estados Unidos." "Não há dúvida de que o biocombustível pode estar contribundo para isso. E o que eu digo é, minha maior prioridade é ter certeza de que as pessoas tenham o que comer. E se isso acontecer nós teremos que fazer mudanças em nossa política sobre o etanol para ajudar as pessoas a ter o que comer, então esse é o passo que teremos que dar."[28]
Sobre a questão da energia nuclear, em 2005 Obama afirmou, "... como o Congresso considera as políticas para enfrentar a qualidade do ar e os efeitos nocivos das emissões de carbono no ecossistema global, é razoável - e realista - que o uso da energia nuclear seja levado em consideração. Illinois tem 11 usinas nucleares - a maior quantidade de qualquer estado dos Estados Unidos – e a energia nuclear provem mais da metade da eletricidade de Illinois."[29] Em relação aos planos de McCain para 45 novas usinas nucleares, Obama disse que isso não é suficiente, não é novo, não é o tipo de política energética que vai dar às famílias o alívio que eles precisam.[30] Obama declarou-se contrário ao projeto de armazenamento de resíduos radioativos da Montanha Yucca em Nevada.[31] Além disso, ele é contra a construção de novas usinas nucleares até que o problema do armazenamento do lixo nuclear seguro e o seu custo possam ser resolvidos.[32]
Em 2006, as preocupações dos habitantes de Illinois acerca de vazamentos radioativos não relatados pela Exelon, Obama apresentou um projeto ao Senado para que a divulgação de tais vazamentos seja obrigatória. Em 2008, o The New York Times, que anteriormente apoiara Hillary Rodham Clinton,[33] denunciou que, revisando seu projeto, Obama "removeu o termo obrigatoriedade notificação imediata por orientação aos reguladores".[34] Em resposta, a campanha Obama citou uma análise da revista National Journal do projeto revisado mostrando que "O projeto de Obama requer que qualquer vazamento de material radioativo que exceda os níveis determinados pela Comissão Regulatória Nuclear e pela EPA seja informado ao estado, as autoridades e a CRN em 24 horas."[35]
Obama e outros Senadores apresentaram um projeto em 2007 para promover o desenvolvimento de Automóvel híbrido plug-in comercialmente viáve e outros veículos elétricos para reduzir a dependência de combustíveis a base de petróleo e "possibilitar um transporte elétrico mais limpo e barato".[36] Obama propos que o Governo dos Estados Unidos investa mais no desenvolvimento dessas tecnologias para reduzir a emissão de gases do efeito estufa.[37]
Saúde
[editar | editar código-fonte]Em 24 de janeiro de 2007 Obama falou sobre sua posição em relação a questão da assistência médica. Ele disse, "É chegada a hora da Assistência Médica Universal na América [...] Eu estou empenhado para que até o fim do primeiro mandato do próximo presidente tenhamos implantado a Assistência Médica Universal neste país." Obama chegou a dizer que acreditava ser errado que quarenta e sete milhões de americanos não tenham seguro, uma vez que os contribuintes já pagam mais de 15 bilhões de dólares ao ano.[38] Obama citou o custo como razão para que muitos americanos não tenham seguro saúde.[39] O plano de assistência médica de Obama inclui a implementação do direito garantido para os cuidados de saúde com preços acessíveis para todos os americanos, pagos com a reforma do seguro, redução de custos, eliminando a proteção de patente para produtos farmacêuticos e contribuições dos empregadores.[40]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ David Leonhardt. "ECONOMIX; Assessing The Advisers In the '08 Race" New York Times. April 19, 2007
- ↑ Obama (2006), p. 159.
- ↑ Franklin, Ben A. (1 de junho de 2005). «The Fifth Black Senator in U.S. History Makes F.D.R. His Icon». Washington Spectator. Consultado em 21 de janeiro de 2007
- ↑ "S. 1181: A bill to amend the Securities Exchange Act of 1934 to provide shareholders with an advisory vote on executive compensation" GovTrack.us
- ↑ «EMPLOYEE FREE CHOICE ACT OF 2007--MOTION TO PROCEED». Congressional Record. GPO. 26 de junho de 2007. pp. S8378–S8398. Consultado em 26 de abril de 2008
- ↑ U.S. Senate Roll Call Vote on Motion to Invoke Cloture on H.R.2
- ↑ Bloomberg (25 de janeiro de 2007), «Effort to Move on Minimum Wage Bill Falters in Senate», The New York Times
- ↑ «www.barackobama.com/issues/poverty/». Consultado em 9 de março de 2014. Arquivado do original em 22 de fevereiro de 2009
- ↑ Kugler, Sara (23 de junho de 2008), «Obama tells women he supports equal pay», USA Today
- ↑ Equal Pay Act of 1963
- ↑ «Obama Signs Equal-Pay Legislation». The New York Times. 30 de janeiro de 2009. Consultado em 15 de junho de 2009
- ↑ Hulse, Carl (24 de abril de 2008), «Republican Senators Block Pay Discrimination Measure», The New York Times
- ↑ [1]
- ↑ Keyes, Obama disagree sharply, The Chicago Tribune, October 27, 2004. Archived at the www-news.uchicago.edu website. Retrieved on January 31, 2008.
- ↑ Obama Offers D.C. Voucher Program Extension for Existing Students, The Washington Post, May 7, 2009
- ↑ a b Appelbaum, Lauren (5 de julho de 2007). «Obama Calls For Merit Pay». MSNBC. Consultado em 2 de agosto de 2007
- ↑ Parsons, Christi (20 de novembro de 2007). «Obama: Clinton and Edwards left the money behind». The Baltimore Sun. Consultado em 7 de março de 2008. Arquivado do original em 26 de fevereiro de 2008
- ↑ «Obama says he will protect NASA jobs, budget». Consultado em 9 de março de 2014. Arquivado do original em 2 de setembro de 2008
- ↑ Obama Townhall: Math, science add up
- ↑ «America Serves». Change.com. Consultado em 9 de dezembro de 2008. Arquivado do original em 8 de dezembro de 2008
- ↑ «Barack Obama | Change We Can Believe In | Energy». Consultado em 9 de março de 2014. Arquivado do original em 12 de dezembro de 2007
- ↑ Barack Obama candidate platform, BostonHerald.com
- ↑ U.S. Senate Roll Call Vote on passage of H.R. 6
- ↑ U.S. Senate Roll Call Vote on passage of Conference Report
- ↑ Murray, Mark (3 de setembro de 2008). «The McCain camp's new Palin TV ad». msnbc.com. Consultado em 3 de setembro de 2008
- ↑ Baltimore, Chris. http://www.boston.com/news/nation/washington/articles/2007/01/05/new_us_congress_looks_to_boost_alternate_fuels/?p1=MEWell_Pos5 "New U.S. Congress looks to boost alternate fuels,"] The Boston Globe, January 5, 2007. Retrieved on August 23, 2007
- ↑ Harkin, Tom; with Byron Dorgan, Richard Durbin, Tim Johnson, and Barack Obama (9 de maio de 2006). «Harkin urges Bush to stop undercutting U.S. ethanol production». Harkin U.S. Senate Office. Consultado em 21 de janeiro de 2007. Cópia arquivada em 1 de junho de 2006 See also: Silverstein, Ken (novembro de 2006). «Barack Obama Inc.: The Birth of a Washington Machine». Harper's Magazine. Consultado em 21 de janeiro de 2007
- ↑ May 4: Sen. Barack Obama (D-IL) - Meet the Press, online at MSNBC, msnbc.com
- ↑ U.S. Senate Committee on Environment & Public Works Arquivado em 12 de janeiro de 2010, no Wayback Machine., 05/26/2005, Statement of Senator Barack Obama
- ↑ Chris Kelly: John McCain Should Probably Stop Calling Barack Obama "Dr. No"
- ↑ «Politics - Clinton, Obama oppose nuclear facility in Nevada - sacbee.com». Consultado em 9 de março de 2014. Arquivado do original em 7 de outubro de 2008
- ↑ [2]
- ↑ Editorial (25 de janeiro de 2008), «Primary Choices: Hillary Clinton», The New York Times
- ↑ McIntire, Mike (3 de fevereiro de 2008). «Nuclear Leaks and Response Tested Obama in Senate». The New York Times. Consultado em 26 de abril de 2010
- ↑ Obama '08 (2 de fevereiro de 2008). «Fact Check on New York Times Story». Obama for America. Consultado em 13 de julho de 2008. Arquivado do original em 13 de julho de 2008
- ↑ «HATCH, CANTWELL, OBAMA INTRODUCE PLAN TO PROMOTE PLUG-IN HYBRIDS». Consultado em 15 de dezembro de 2007
- ↑ Obama, Barack. «Meeting Energy Needs». Consultado em 15 de dezembro de 2007. Arquivado do original em 12 de dezembro de 2007
- ↑ Pickler, Nedra, Obama calls for universal health care, Associated Press, January 25, 2007 (accessed January 25, 2007)
- ↑ «Obama's Health Care Plan | WEEK News 25 | Political». Consultado em 9 de março de 2014. Arquivado do original em 5 de fevereiro de 2009
- ↑ «BarackObama.com - Healthcare». Consultado em 9 de março de 2014. Arquivado do original em 5 de janeiro de 2010