Publicidade de bebidas alcoólicas – Wikipédia, a enciclopédia livre
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O mercado publicitário da indústria do álcool é um dos mais rentáveis do mercado brasileiro, movimentando segundo análise de 2008 cerca de 1 bilhão de reais/ano,[1] mas no entanto fazendo com que cada vez mais adolescentes busquem auxílio para se manterem longe da bebida [2] Os aspectos nocivos do álcool incitam debates sobre a publicidade do setor, que hoje possui regras mais rígidas. Mas, apesar disso, inúmeras celebridades figuram em anúncios de bebidas alcoólicas num mercado extremamente competitivo.
No Brasil
[editar | editar código-fonte]Em junho de 2007, o então ministro da Saúde do Brasil José Gomes Temporão ressaltou que a classe artística deveria avaliar como ela coloca sua imagem, antes de endossar campanhas de bebidas, uma vez que apenas entre os anos de 2005 e 2006, o consumo de álcool no Brasil cresceu 7,5%.[3] Ainda no combate ao uso indiscriminado do álcool, o governo instituiu em 2008 a chamada lei seca, uma vez que os acidentes de trânsito são responsáveis por gastos da ordem de R$ 2,5 mil por hora do contribuinte do Estado.[4]
Sobre essa questão, afirma o psiquiatra Dartiu Xavier em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo em 13 de Junho de 2004: "A publicidade de bebida bate pesado justamente nessa população. E a gente sabe que o adolescente é vulnerável a essa influência. Existe uma crença generalizada de que o álcool é uma substância inócua porque é legal".[5] Nos primeiros meses de 2007, no Brasil, uma liminar foi concedida pelo juiz Jorge Luís Barreto, da 2ª Vara Federal no Ceará, proibindo em todo o país propagandas de cerveja entre as 6h e as 20h, e dentro dos horários previstos os anúncios deveriam ter a informação de que "o consumo de bebidas alcoólicas provoca dependência química e psicológica". A decisão não é definitiva e ainda cabe apelação. Após um estudo realizado pela Câmara dos Deputados, apurou-se que dos 513 parlamentares brasileiros, 87 (16,96%) estão ligados a empresas com interesses contrários à regulamentação da publicidade de cerveja.[6]
Celebridades
[editar | editar código-fonte]Diversas celebridades habitualmente figuram em comerciais de bebidas alcoólicas. Em 2011, a cantora Sandy era a então nova garota-propaganda da Devassa, muito embora ela própria já tenha afirmado em entrevista que não gosta do gosto de cerveja: "Não importa se é com álcool ou sem álcool. Acho amargo a cerveja.[7] Segue abaixo uma relação de celebridades que figuraram em comerciais de cerveja.
Veja também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Movimento Propaganda Sem Bebida
- MPF processa Ambev por propaganda de cerveja com Ronaldo
- Apenas projeto de lei poderá restringir publicidade de cerveja
- Mulher boa é mulher disponível
- Cervejas, publicidade e direito à informação[ligação inativa]
- A Influência Da Publicidade No Consumo De Bebidas Alcoólicas
Referências
- ↑ Cervejas, publicidade e direito à informação[ligação inativa]
- ↑ Cada vez mais jovens buscam ajuda[ligação inativa]
- ↑ www1.folha.uol.com.br https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u307116.shtml. Consultado em 24 de dezembro de 2023 Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ A Lei Seca e seus efeitos
- ↑ Alcoolismo ameaça 50% dos usuários
- ↑ www1.folha.uol.com.br https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u400481.shtml. Consultado em 24 de dezembro de 2023 Em falta ou vazio
|título=
(ajuda) - ↑ Revista Veja: Nem sem álcool
- ↑ Apesar de afirmar que não bebe bebidas alcoólicas
- ↑ Apesar de afirmar que não bebe bebidas alcoólicas
- ↑ Pagode da discórdia