Ribeira (Rio de Janeiro) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ribeira
  Bairro do Brasil  
Igreja da Sagrada Família, defronte à antiga estação de barcas.
Igreja da Sagrada Família, defronte à antiga estação de barcas.
Igreja da Sagrada Família, defronte à antiga estação de barcas.
Localização
Coordenadas
Distrito Ilha do Governador
Município Rio de Janeiro
História
Criado em 23 de julho de 1981
Características geográficas
Área total 86,19 ha (em 2003)
População total 3 474 (em 2 022)[1] hab.
 • IDH 0,859[2](em 2000)
Outras informações
Domicílios 1 426 (em 2022)
Limites Zumbi[3]
Subprefeitura Ilha do Governador

Ribeira é um bairro da Zona Norte do município do Rio de Janeiro, no Brasil. É um dos catorze bairros que constituem a Ilha do Governador e faz limite com o bairro do Zumbi. A Ribeira é isolada do restante da ilha, porém é considerada o centro de sua boemia. No bairro, há um estaleiro da Transnave e uma refinaria e distribuidora Shell (ambos instalados na década de 60, auge da valorização da ilha), que dividem espaço com duas pequenas praias do bairro, chamadas "Praia da Ribeira" e "Praia da Engenhoca". O bairro está localizado no sudeste da ilha, possuindo saídas ao norte, ao leste e ao sul para a Baía de Guanabara.

Desde os anos 10, a localidade era conhecida como "Freguesia Ribeira" pois freguesia significa algo como "comércio pequeno" em português lusitano; e ribeira porque se localiza geograficamente em uma ponta da Ilha do Governador sendo conhecido como "beira" ou "cabo" no caso de ser uma margem marítima, nome que já era dado a sua praia. Em 1981, quando a ilha foi subdividida em seus bairros atuais, ficou-se decidido que o bairro se chamaria apenas "Ribeira" enquanto "Freguesia" seria outro bairro na ponta norte da ilha. Durante anos foi entrada dos insulanos que vinham de barcas que faziam a ligação Ilha-Praça XV. Hoje em dia, a nova estação que faz ligação com a Praça XV, situa-se no Cocotá. A Igreja da Sagrada Família, construída em 1913 numa elevação, situa-se ali[4]. Nos anos 50, instalou-se o ponto inicial dos bondes que faziam a conexão até o porto da cidade. Com o início do declínio socioeconômico da ilha nos anos 70, em decorrência ao surgimento de favelas, aumento do trânsito, criminalidade e poluição da baía; as tradicionais famílias majoritariamente composta por pescadores e comerciantes, abandonaram a vida simples em função dos seus estabelecimentos como albergues, bares, bordéis, e lojas pouco convenientes; que eliminaram o caráter residencial do bairro. Somente no fim do anos 2000, após quatro décadas de abandono, a prefeitura passou a investir, ainda que timidamente, na revitalização da ilha.

Hoje a Ribeira abriga ainda uma "Casa do Índio", fundada em 1968 e que foi a primeira das 40 criadas em todo o país a receber o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), a maior feira livre e vários restaurantes, sendo um centro gastronômico.[3][5] Seu metro quadrado, é o mais valorizado da ilha, e o 35º do município, com preço médio de R$ 4.905,[6] estando mais de R$ 1.000 acima da média municipal de R$ 3.855. Enquanto seu índice de qualidade de vida, no ano 2000, era de 0,859, o 43º melhor do município do Rio de Janeiro, dentre 126 bairros avaliados.[2]

Referências

Ligações externas

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