Sagitário – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Se procura pela constelação, veja Sagittarius.
Sagitário/Sagittarius Sagitário (astrologia)
22 de novembro a 21 de dezembro
Sagitário (astrologia)
Elemento Qualidade Polaridade
Fogo Mutável Masculino[Nota 1]
Planeta regente
Júpiter
Exílio Exaltação Queda
Mercúrio - -
Casa natural
Casa IX
Signo
Anterior Oposto Seguinte
Escorpião[1] Gêmeos Capricórnio[1]

Sagitário (♐) é o nono[1] signo astrológico do zodíaco, situado entre Escorpião[1] e Capricórnio[1] e associado à constelação de Sagittarius. Seu símbolo é o centauro. Forma com Áries[2] e Leão[2] a triplicidade dos signos do Fogo. É também um dos quatro signos mutáveis, juntamente com Gêmeos, Virgem e Peixes. Com pequenas variações nas datas dependendo do ano, os sagitarianos e sagitarianas são as pessoas nascidas entre 22 de novembro e 21 de dezembro.

Mitologia grega

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De Uranographia, de Johann Elert Bode.

Na Grécia Antiga, esta constelação era chamada de O Arqueiro, e alguns a chamavam de Centauro, porém, segundo Higino, de forma incorreta, pois os centauros não usavam arcos. Outro mistério é porque esta constelação era representada com um corpo de cavalo, mas com cauda de sátiro e asas de anjo. Uma possibilidade é pela ascendência em capricórnio, sendo híbridos vindo do céu.[3]

Alguns[Nota 2] diziam que a constelação era Croto, filho da babá das Musas, Eupheme. De acordo com Sositeu, um escritor de tragédias, o Crocodilo vivia no Monte Helicão e gostava da companhia das Musas, e da caça. Ele ganhou fama como caçador, e as Musas pediram a Júpiter que o representasse em um grupo de estrelas, o que foi feito. Como ele queria mostrar todas suas habilidades em um único corpo, ele foi representado com um corpo de cavalo, porque ele gostava de cavalgar. O arco foi adicionado para mostrar sua habilidade, a cauda de sátiro porque as Musas tinham tanto gosto por Croto quanto Liber tinha com os sátiros e asas de anjos pois ele amava o céu. Diante dos seus pés estão estrelas arrumadas como um círculo,[Nota 3] que alguns [Nota 4] dizem eram uma guirlanda.[3]

Outra antiga versão do mito da Grécia que envolve o sagitário está associado ao centauro Quíron, filho de Cronos (Saturno entre os romanos) e da ninfa Filira. O mito de Quíron o descreve como um centauro civilizado, pacífico e um grande gênio das artes da caça, guerra, filosofia, magia e medicina, o que o diferenciava dos demais centauros filhos do Sol. Em uma desavença na caverna de Folo, no monte Pélion, durante a execução do quarto dos Doze trabalhos de Hércules, este teria atingido Quíron em uma das pernas com uma flecha banhada em veneno de hidra. Quíron era imortal e por isso sobreviveu, mas o veneno lhe causava dores violentas. Hércules pediu a Zeus (Júpiter) por um acordo que trocasse a imortalidade de Quíron pela mortalidade de Prometeu, o senhor do fogo, cujo figado era devorado por uma águia todos os dias e se regenerava todas as noites. Zeus aceitou o acordo de Hércules e concedeu a imortalidade de Quíron a Prometeu e tomou a alma do centauro para formar no céu a constelação de Sagitário.

Notas e referências

Notas

  1. Os signos se alternam entre masculino e feminino, de acordo com o Tetrabiblos (ver Livro I, Capítulo XV), começando com Áries, masculino.
  2. Higino não especifica quem dizia isto.
  3. Estas estrelas, hoje, formam outra constelação, Corona Australis.
  4. Higino também não diz quem.

Referências

  1. a b c Cláudio Ptolomeu, Tetrabiblos, Livro I, Capítulo IX, A influência das estrelas fixas [1]
  2. a b Cláudio Ptolemeu, Tetrabiblos, Capítulo XXI, As triplicidades [2]
  3. a b Higino, Astronômica, 27, Arqueiro [3]