Talvane Albuquerque – Wikipédia, a enciclopédia livre

Talvane Albuquerque
Deputado federal por Alagoas
Período 1 de fevereiro de 1995
a 7 de abril de 1999
Deputado estadual por Alagoas
Período 1 de janeiro de 1991
a 31 de janeiro de 1995
Dados pessoais
Nome completo Pedro Talvane Luís Gama de Albuquerque Neto
Nascimento 12 de novembro de 1956 (67 anos)
Maceió, AL
Progenitores Mãe: Diva Gama Albuquerque
Pai: Eufrozino Nunes de Albuquerque
Alma mater Universidade Federal de Alagoas
Cônjuge Nireide do Nascimento Gama Albuquerque
Partido PTR, PP, PPB, PFL, PTN
Profissão médico e político
Talvane Albuquerque
Nome Pedro Talvane Luís Gama de Albuquerque Neto
Crime(s) Homicídio duplamente qualificado, no caso da deputada Ceci Cunha, e triplamente qualificado, no caso de seus familiares[1]
Pena 103 anos e quatro meses[1]
Situação Preso desde 19 de janeiro de 2012[2]

Pedro Talvane Luís Gama de Albuquerque Neto, conhecido apenas como Talvane Albuquerque (Maceió, 12 de novembro de 1956),[3] é um médico e ex-político brasileiro.[4] Foi deputado federal entre 1995 e 1999, quando teve o mandato cassado após ter sido apontado como o mandante do assassinato da também deputada federal Ceci Cunha, pelo qual foi condenado a 103 anos de prisão.

Carreira estudantil e na medicina

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Filho de Eufrozino Nunes de Albuquerque e de Diva Gama Albuquerque, iniciou a Faculdade de Direito de Maceió, abandonando-a em 1975. Em 1976, ingressa na Faculdade de Medicina da UFAL, diplomando-se em 1981. Nomeado para a Secretaria de Saúde de Arapiraca em 1982, viaja para Lisboa, onde fixaria residência médica na Maternidade Alfredo da Costa durante 2 anos.

Regressou ao Brasil em 1984, estabeleceu-se em Arapiraca e trabalhou na divisão municipal do Instituto Nacional de Seguridade Social. Trabalhou ainda na Clínica Santa Maria (1985 a 1987) e no Hospital Santa Maria (1987 a 1989), além de ter coordenado o 4º Centro Regional de Saúde da Fundação de Saúde do Serviço Social de Alagoas.

Carreira política

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Filiado ao PTR, Talvane Albuquerque fez sua estreia eleitoral em 1990, ao disputar as eleição estadual daquele ano. Foi um dos 5 deputados estaduais eleitos pela legenda no estado. Em 1993, ingressou no recém-criado PP, tornando-se vice-presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas. No ano seguinte, concorreu a uma vaga de deputado federal, obtendo a maior votação (61.706 sufrágios). Em agosto de 1995, ingressou no PPB, disputando a prefeitura de Arapiraca em 1997, sem êxito. Ele também não conseguiu a reeleição para deputado federal em 1998, pelo PFL;

Envolvimento na morte de Ceci Cunha

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Substituindo a deputada Ceci Cunha, que foi assassinada em 16 de dezembro de 1998 com outros 3 parentes, Talvane, que na época era filiado ao PTN, foi beneficiado com um habeas corpus que garantiu sua posse, entretanto as investigações policiais descobriram que o mandante do crime foi ele. O inquérito revelou a gravação de uma conversa do parlamentar com o pistoleiro Maurício Guedes Novais, que o tratara com intimidade por meio de códigos.

Em 7 de abril, a Câmara dos Deputados cassou o mandato de Talvane por quebra de decoro parlamentar. Foram 427 votos favoráveis à cassação, 29 contrários, 21 abstenções e apenas 1 voto em branco. O segundo suplente, Helenildo Ribeiro, assumiu a vaga. Após mais de um ano preso, o ex-deputado foi libertado em fevereiro de 2000,[5] e em maio, obteve um habeas corpus do STJ que o permitiu responder ao processo em liberdade. Em 2007, o Ministério Público Federal de Alagoas pediu a condenação de Talvane, que voltaria à vida pública em julho de 2008, quando assumiu a Secretaria de Saúde no município de Craíbas. Depois de 4 meses, deixou o cargo para administrar os hospitais Santa Maria e Teodora Albuquerque, de propriedade de sua família e localizados em Arapiraca.

Em janeiro de 2012, o ex-deputado e outros 4 acusados de matarem Ceci Cunha (Alécio César, Jadielson Barbosa, José Alexandre dos Santos e Mendonça Medeiros da Silva) foram condenados a 476 anos de prisão pelo envolvimento na "Chacina da Gruta", como o crime foi conhecido. Talvane foi quem recebeu a maior sentença de prisão - 103 anos[1] - , enquanto Jadielson e José Alexandre receberam pena de 105 anos cada um, e Alécio (falecido em 2013) e Mendonça foram condenados, respectivamente, a 87 e 75 anos de cadeia, por terem "menor envolvimento" no assassinato. Maurício Guedes Novais, outro envolvido na chacina, veio a falecer em 2014, devido a um AVC. 1 mês depois, um habeas corpus foi recusado.[2]

Em outubro de 2015, um novo pedido de habeas corpus foi negado pelo STF.[6]

Foi casado com Nireide do Nascimento Gama Albuquerque, com quem teve 4 filhos.

Referências

  1. a b c «Ex-deputado Talvane Albuquerque condenado a 103 anos de prisão». O Povo. 20 de janeiro de 2012. Consultado em 20 de janeiro de 2012 
  2. a b «Negado pedido de liberdade a ex-deputado Talvane Albuquerque». AlagoasWeb. 10 de fevereiro de 2012. Consultado em 10 de fevereiro de 2012 
  3. «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Talvane Albuquerque». Consultado em 15 de outubro de 2013 
  4. «Talvane Luís Gama de Albuquerque». CPDOC. Consultado em 17 de julho de 2018 
  5. «Ex-deputado Talvane Albuquerque é solto». Diário do Grande ABC. 4 de fevereiro de 2000 
  6. «STF nega liberdade a condenado pela morte da deputada Ceci Cunha em AL». G1 Alagoas. 10 de outubro de 2013. Consultado em 10 de outubro de 2013 
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