Vaginite por candidíase – Wikipédia, a enciclopédia livre

Vaginite por candidíase
Vaginite por candidíase
Microscopia em que se observa a pseudo-hifa da Candida albicans envolta por células epiteliais vaginais num caso de vulvovaginite por candidíase.
Sinónimos Vulvovaginite por candidíase, candidíase vaginal
Especialidade Ginecologia
Sintomas Prurido vaginal, ardor ao urinar, corrimento vaginal branco e espesso, dor durante as relações sexuais, vermelhidão à volta da vagina[1]
Causas Proliferação excessiva do fungo Candida[1]
Fatores de risco Antibióticos, gravidez, diabetes, VIH/SIDA[2]
Método de diagnóstico Exames ao corrimento vaginal[1]
Condições semelhantes Clamídia, gonorreia, vaginose bacteriana[3][1]
Tratamento Antifúngicos[4]
Frequência 75% das mulheres em algum momento da vida[1]
Classificação e recursos externos
CID-10 B37.3
CID-9 112.1
CID-11 1806329739
DiseasesDB 14017
MedlinePlus 001511
MeSH D002181
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Vaginite por candidíase ou vulvovaginite por candidíase é a irritação na vagina causada pela proliferação excessiva de fungos.[5][1] O sintoma mais comum é o prurido vaginal, que pode ser intenso.[1] Entre outros sintomas estão o ardor ao urinar, corrimento vaginal branco e espesso que geralmente não apresenta mau odor, dor durante as relações sexuais e vermelhidão em volta da vagina.[1] Os sintomas geralmente agravam-se imediatamente antes do período menstrual.[2]

As vaginites por candidíase são geralmente o resultado da proliferação excessiva do fungo Candida.[1] Em situações normais, este fungo está naturalmente presente na vagina em pequenas quantidades.[1] A doença não é considerada uma infeção sexualmente transmissível, embora possa ocorrer com maior frequência em pessoas sexualmente ativas.[1][2] Entre os fatores de risco estão a toma de antibióticos, uma gravidez, diabetes e VIH/SIDA.[2] É possível que uma dieta rica em açúcares simples possa também ter influência.[1] A roupa apertada, o tipo de roupa interior e a higiene pessoal não aparentam ter influência.[2] O diagnóstico é realizado com análises a uma amostra de corrimento vaginal.[1] Dado que os sintomas são semelhantes aos de infeções sexualmente transmissíveis como a clamídia e a gonorreia, pode ser necessário realizar exames para despistar outras causas.[1]

Apesar da falta de evidências, é muitas vezes recomendado usar roupa interior que não seja apertada como medida de prevenção.[1][2] Também se recomenda evitar os duches vaginais e a utilização de produtos de higiene perfumados.[1] O tratamento é feito com medicamentos antifúngicos.[4] Os mais comuns são pomadas de clotrimazol ou comprimidos de fluconazol.[4] Não há evidências de que os probióticos tenham utilidade em infeções ativas.[6]

Cerca de 75% de todas as mulheres apresentam pelo menos uma vaginite por candidíase em algum momento de sua vida. Cerca de metade apresenta pelo menos duas.[1][7] Cerca de 5% apresenta mais de três infeções por ano.[7] É a segunda causa mais comum de inflamação vaginal, atrás da vaginose bacteriana.[3]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q «Vaginal yeast infections fact sheet». womenshealth.gov. 23 de dezembro de 2014. Consultado em 5 de março de 2015. Cópia arquivada em 4 de março de 2015 
  2. a b c d e f Sobel, JD (9 de junho de 2007). «Vulvovaginal candidosis.». Lancet. 369 (9577): 1961–71. PMID 17560449. doi:10.1016/S0140-6736(07)60917-9 
  3. a b Ilkit, M; Guzel, AB (agosto de 2011). «The epidemiology, pathogenesis, and diagnosis of vulvovaginal candidosis: a mycological perspective». Critical Reviews in Microbiology. 37 (3): 250–61. PMID 21599498. doi:10.3109/1040841X.2011.576332 
  4. a b c Workowski KA, Berman SM (agosto de 2006). «Sexually transmitted diseases treatment guidelines, 2006». MMWR Recomm Rep. 55 (RR-11): 1–94. PMID 16888612. Cópia arquivada em 20 de outubro de 2014 
  5. James, William D.; Berger, Timothy G.; et al. (2006). Andrews' Diseases of the Skin: clinical Dermatology. [S.l.]: Saunders Elsevier. p. 309. ISBN 0-7216-2921-0 
  6. Abad, CL; Safdar, N (junho de 2009). «The role of lactobacillus probiotics in the treatment or prevention of urogenital infections – a systematic review.». Journal of chemotherapy (Florence, Italy). 21 (3): 243–52. PMID 19567343. doi:10.1179/joc.2009.21.3.243 
  7. a b Egan ME, Lipsky MS (setembro de 2000). «Diagnosis of vaginitis». Am Fam Physician. 62 (5): 1095–104. PMID 10997533. Cópia arquivada em 6 de junho de 2011