Almir Garnier Santos – Wikipédia, a enciclopédia livre

Almir Garnier Santos
Almir Garnier Santos
Dados pessoais
Nome completo Almir Garnier Santos
Nascimento 22 de setembro de 1960 (64 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Escola Naval, UFRJ e Naval Postgraduate School
Vida militar
País  Brasil
Força Marinha do Brasil
Anos de serviço Desde 1978 (43 anos)
Hierarquia
Almirante de esquadra

Almir Garnier Santos (Rio de Janeiro[1], 22 de setembro de 1960) é um almirante de esquadra brasileiro que foi comandante da Marinha de 9 de abril de 2021 a 30 de dezembro de 2022.[2][3][4]

Iniciou sua relação com a Marinha do Brasil aos dez anos de idade, como aluno do curso de formação de operários, na extinta Escola Industrial Comandante Zenethilde Magno de Carvalho. Graduou-se Técnico em Estruturas Navais, na Escola Técnica do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), em 1977.[5]

Estagiou nas Fragatas Independência e União, à época em construção na carreira do AMRJ. No mesmo ano iniciou o Curso de Formação de Oficiais da Reserva da Marinha.[5]

Em 1978, ingressou na Escola Naval e concluiu o curso de formação de oficial em 1981 como primeiro colocado no Corpo da Armada. No regresso da viagem de instrução, a bordo do Navio-Escola Custódio de Mello, em 1982, foi nomeado Segundo-Tenente, vindo a servir na Fragata Independência, como Ajudante da Divisão de Operações.[5]

Foi promovido ao posto de Primeiro-Tenente em 31 de agosto de 1984. Em seguida iniciou o Curso de Aperfeiçoamento em Eletrônica para Oficiais, no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk, localizado no Rio de Janeiro, que concluiu em primeiro lugar no ano de 1985.[5]

Em seguida, desenvolveu suas habilidades operativas servindo a bordo dos navios mais modernos da Esquadra brasileira à época: a Fragata União, a Fragata Independência e o Navio-Escola Brasil, onde ocupou os cargos de Chefe do Departamento e de Encarregado da Divisão de Operações, de Encarregado da Manutenção do Material Eletrônico, de Oficial de Defesa Aérea e Guerra Eletrônica e de Instrutor de Operações de Guardas-Marinhas.[5]

Em 1991, como Capitão-Tenente, foi designado para realizar o Curso de Mestrado em Pesquisa Operacional e Análise de Sistemas na Naval Postgraduate School, em Monterey, Estados Unidos da América. Após a conclusão do Mestrado, serviu em funções técnicas por cerca de dez anos, quando gerenciou equipes de elevado padrão técnico, desenvolvendo projetos de otimização de recursos, de emprego de Poder Naval, de jogos para treinamento de Guerra Naval e de implantação de sistemas de tecnologia da informação e comunicações.[5]

Como Capitão de Corveta, concluiu o Curso de Estado-Maior para Oficiais Superiores em 1998, obtendo novamente a primeira colocação de sua turma. Possui ainda o curso de Master of Business Administration (MBA) em Gestão Internacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Curso de Política e Estratégia Marítima da Escola de Guerra Naval, concluído com menção honrosa, em 2008.[5]

Comandou o navio tanque "Almirante Gastão Motta", o Centro de Apoio a Sistemas Operativos, o Centro de Análises de Sistemas Navais, a Escola de Guerra Naval e o 2º Distrito Naval, em Salvador.[5]

Em 31 de março de 2010 foi promovido ao posto de Contra-Almirante, em 31 de março de 2014 ao posto de Vice-Almirante e em 25 de novembro de 2018 ao posto de Almirante de Esquadra.[5]

Trabalhou no Ministério da Defesa entre junho de 2014 e janeiro de 2017 como Assessor Especial Militar do Ministro, tendo servido aos Ministros Celso Amorim, Jaques Wagner, Aldo Rebelo e Raul Jungmann.[5]

Como Almirante de Esquadra, foi Secretário-Geral do Ministério da Defesa, na gestão do Ministro Fernando Azevedo e Silva, até 9 de abril de 2021, quando assumiu o cargo de Comandante da Marinha do Brasil. [6]

Suposto envolvimento em tentativa de golpe de Estado

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Segundo delação de Mauro Cid, ajudante de ordens do ex presidente Jair Bolsonaro, Almir Garnier teria aceito participar de um golpe de estado para destituir o TSE, STF e a democracia brasileira.[7]

Investigado por tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito

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A Polícia Federal deflagrou no dia 8/2/2024 a Operação Tempus Veritatis para apurar organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder. Garnier Santos foi um dos 33 alvos de busca e apreensão.[8][9][10]

Condecorações[11]

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Precedido por
Ilques Barbosa

6° Comandante da Marinha do Brasil

2021–2022
Sucedido por
Marcos Sampaio Olsen

Referências

  1. https://www.marinha.mil.br/sinopse/novo-comandante-da-marinha-nasceu-e-viveu-em-rp
  2. Nunes, Vicente (31 de março de 2021). «Almirante Garnier comandará a Marinha e o Brigadeiro Baptista Junior, a Aeronáutica». Correio Braziliense. Consultado em 1 de abril de 2021 
  3. Gabino, Anderson (31 de março de 2021). «Conheça o novo comandante da Marinha do Brasil - DEFESA TV». www.defesa.tv.br. Consultado em 28 de setembro de 2021 
  4. «Decretos oficializam trocas de comando na Marinha e na Aeronáutica». Agência Brasil. 30 de dezembro de 2022. Consultado em 7 de janeiro de 2023 
  5. a b c d e f g h i j «Comandante da Marinha». Consultado em 25 de julho de 2021 
  6. «Almirante Almir Garnier assume o comando da Marinha». Agência Brasil. 9 de abril de 2021. Consultado em 10 de abril de 2021 
  7. «Quem é Almir Garnier, que comandou a Marinha durante o governo Bolsonaro». G1. Consultado em 22 de setembro de 2023 
  8. «Polícia Federal apura tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito». Polícia Federal. Consultado em 8 de fevereiro de 2024 
  9. Lopes, Léo. «Saiba quem é Almir Garnier, comandante da Marinha no governo Bolsonaro que teria aceitado dar golpe». CNN Brasil. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  10. «Moraes manda Bolsonaro entregar passaporte em investigação sobre tentativa de golpe para mantê-lo no poder». G1. 8 de fevereiro de 2024. Consultado em 8 de fevereiro de 2024 
  11. «ALMIR GARNIER SANTOS» (PDF) 
  12. «DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO - Seção 1 | Edição Extra | Nº 82-B, terça-feira, 30 de abril de 2019». Imprensa Nacional. 30 de abril de 2019. p. 8. Consultado em 15 de fevereiro de 2024