Raul Soares de Moura – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Raul Soares de Moura (Ubá, 7 de agosto de 1877 — Belo Horizonte, 4 de agosto de 1924) foi um político, jurista e professor brasileiro.[1]
Vida
[editar | editar código-fonte]Filho do agricultor e coronel da Guarda Nacional Camilo Soares de Moura e de Amélia Peixoto Soares de Moura, casou-se, em primeiras núpcias, com Alice dos Reis, e depois com Araci Emília von Sperling (Araci, de origem alemã, era prima da primeira-dama Gertrud von Sperling).[1]
Raul Soares fez o ensino secundário no Seminário de Mariana e também nos ginásios de Barbacena e de Ouro Preto.[1] Cursou até o terceiro ano da Faculdade de Letras e Direito de Minas Gerais, transferindo-se para a Faculdade de Direito de São Paulo, na qual se formou em Ciências Jurídicas e Sociais em 1900.[1]
Após retornar a Minas Gerais, foi nomeado Promotor de Justiça de Santa Luzia de Carangola, atual cidade de Carangola, onde também exerceu as atividades de delegado de polícia interino.[1]
Em 1903 foi admitido no Ginásio Estadual de Campinas, onde foi professor de língua portuguesa.[1] Nessa mesma época, foi colunista do jornal O Comércio de São Paulo, dirigido por Afonso Arinos.
Regressou a Minas Gerais para assumir a direção da política da região de Visconde do Rio Branco após a morte do irmão em 1910.[1]
Atuação política
[editar | editar código-fonte]Elegeu-se vereador de Visconde do Rio Branco em 1910, sendo presidente da Câmara Municipal.[1] Foi eleito deputado estadual em 1911, mas renunciou ao cargo em 1914 para assumir a Secretaria da Agricultura, Indústria, Terras, Viação e Obras Públicas do governo estadual de Delfim Moreira até 1917.[1] Raul Soares elegeu-se deputado federal para o mandato de 1918 a 1920, mas teve de renunciar logo no início para assumir outra pasta administrativa, a Secretaria de Interior do governo estadual de Artur Bernardes.[1]
Em 1919 foi ministro da Marinha no Governo Epitácio Pessoa, sendo a primeira vez que o cargo foi desempenhado por um civil.[1] Em 1921, exonerando-se do ministério, elegeu-se por Minas Gerais para o Senado Federal.[1] Articulou a candidatura de Artur Bernardes para a Presidência da República, apresentando-se como candidato à sucessão de Bernardes para o governo de Minas Gerais.[1] Foi eleito presidente estadual pelo Partido Republicano Mineiro (PRM) para o período de 1922 a 1926, mas não cumpriu todo o mandato.[1] Por motivos de saúde (problemas cardíacos), faleceu em agosto de 1924, assumindo o governo seu vice Olegário Dias Maciel.[1]
Referências
Ligações externas
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Precedido por Antônio Coutinho Gomes Pereira | Ministro da Marinha do Brasil 1919 — 1920 | Sucedido por Ferreira Chaves |
Precedido por Artur Bernardes | Presidente de Minas Gerais 1922 — 1924 | Sucedido por Olegário Maciel |