Antônio Balbino – Wikipédia, a enciclopédia livre
Antônio Balbino de Carvalho Filho (Barreiras, 22 de abril de 1912 — Rio de Janeiro, 5 de maio de 1992) foi um político brasileiro, governador da Bahia, ministro do Brasil e senador da República.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Formou-se em direito na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde contribuiu para diversas publicações. Diplomando-se em 1932, fez curso na Sorbonne de economia política.
Voltando para Salvador, logo torna-se professor de Finanças na Faculdade de Direito da Bahia e leciona também na Faculdade de Filosofia.
Na política é deputado constituinte estadual nos anos de 1937 e de 1947; foi deputado federal e ministro da Educação e Saúde no governo de Getúlio Vargas (1951-54), governador do Estado da Bahia, ministro dos Negócios da Indústria e Comércio do Governo João Goulart e finalmente senador até 1971, quando afastou-se da vida pública.
Atuou, ao lado de Otávio Mangabeira, na Bahia, no Getulismo e, quando do Golpe Militar de 1964, instituído o bipartidarismo em 1966, filia-se ao MDB. Foi sogro de Ney Ferreira.
Era casado com Tysila Veloso Viana Balbino de Carvalho. É citado na música "Tradição" de Gilberto Gil, gravada pelo compositor em três álbuns: "Cidade do Salvador" (1973); "Realce" (1979) e "Tropicália II", ao lado de Caetano Veloso, em 1993.
Governo da Bahia
[editar | editar código-fonte]Ocupou o governo de 7 de abril de 1955 a 7 de abril de 1959. Afeito à área econômica, concentrou sua administração em construir no estado um arcabouço financeiro sólido.
Iniciou, na capital, a construção do Teatro Castro Alves que, prestes a ser inaugurado, sofreu um incêndio (segundo informes oficiais e nunca totalmente aceitos, devido a um curto-circuito) que impossibilitou sua inauguração (e que veio a ocorrer somente no governo Lomanto Júnior.
Outra de suas realizações foi o Ginásio de Esportes Antônio Balbino (conhecido por Balbininho), anexo ao Estádio da Fonte Nova, mas que foi demolido em 2010 para dar lugar ao estacionamento[1] da nova Fonte Nova, construída para a Copa do Mundo FIFA 2014, deixando a cidade de Salvador sem ginásio e piscina olímpica adequados a receber eventos esportivos.
Criou a Comissão de Planejamento Econômico (CPE), o FUNDAGRO (destinado ao fomento agrícola), a COELBA (empresa que durante décadas geriu a distribuição energética no estado, privatizada por Paulo Souto), a MAFRISA (destinado a higienizar os frigoríficos e matadouros), a CASEB (para regular a produção, através de uma rede de armazéns), a TEBASA (companhia telefônica, depois rebatizada como TELEBAHIA e já privatizada), o Banco de Fomento do Estado da Bahia, e o PAMESE (instituto previdenciário, depois transformado no IAPSEB e privatizado no governo de Paulo Souto), e a Maternidade Tsila Balbino - obras todas centradas na Capital, mas com reflexos no interior - boa parte delas visando a um melhor planejamento governamental e execução de políticas públicas eficientes.
Apesar deste grande legado, as injunções políticas que se seguiram levaram ao desvirtuamento dessas propostas - sobretudo durante o regime militar e surgimento do neo-coronelismo carlista.
Referências
- ↑ «Título ainda não informado (favor adicionar)». www1.folha.uol.com.br
Ligações externas
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Precedido por Péricles Madureira de Pinho | Ministro da Educação do Brasil 1953 — 1954 | Sucedido por Edgar Santos |
Precedido por — | Ministro da Saúde do Brasil 1953 | Sucedido por Miguel Couto Filho |
Precedido por Régis Pacheco | Governador da Bahia 1955 — 1959 | Sucedido por Juracy Magalhães |
Precedido por Otávio Augusto Dias Carneiro | Ministro da Indústria e Comércio do Brasil 1963 | Sucedido por Egídio Michaelsen |
Precedido por San Tiago Dantas | Ministro da Fazenda do Brasil 1963 | Sucedido por Carvalho Pinto |