Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro – Wikipédia, a enciclopédia livre

Corpo de Bombeiros Militar
do Estado do Rio de Janeiro

Brasão do CBMERJ
País  Brasil
Estado  Rio de Janeiro
Corporação Bombeiro Militar
Subordinação Governador do Estado do Rio de Janeiro
Missão Força Auxiliar e Reserva
do Exército Brasileiro
Sigla CBMERJ
Criação 1856 (168 anos)
Aniversários 2 de julho
Patrono Imperador D.Pedro II
Marcha Canção Soldado do Fogo
Lema Vida Alheia e Riquezas Salvar
História
Condecorações Ordem Nacional do Mérito[nota 1]
Ordem do Mérito Aeronáutico[nota 2]
Ordem do Mérito Naval[nota 3]
Logística
Efetivo 11 364 militares (2022)[1]
Sede
Comando Geral Rio de Janeiro
Página oficial Página oficial

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) é uma Corporação cuja principal missão consiste na execução de atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, buscas, salvamentos e socorros públicos no âmbito fluminense.

O CBMERJ é Força Auxiliar e Reserva do Exército Brasileiro, e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil. Seus integrantes são denominados Militares dos Estados pela Constituição Federal de 1988, assim como os membros da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

Origem

O Corpo de Bombeiro Militar do Rio de Janeiro é o mais antigo do Brasil. Foi fundado pelo Imperador D.Pedro II em 1856, após a incidência de inúmeras tragédias, como os incêndios do Teatro São João, em 1851 e 1856. Nessa época o Imperador decidiu organizar o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte,[2] reunindo sob uma mesma administração as diversas seções que até então existiam (nos Arsenais de Guerra e de Marinha, Repartição de Obras Públicas e Casa de Correção).

Em abril de 1860 foi publicado o primeiro regulamento, onde constava sua subordinação ao Ministério da Justiça.[3]

Em 1864 a Diretoria Geral foi instalada da Praça da Aclamação (atual Praça da República); endereço que permanece até os dias de hoje como sede do Comando Geral do CBMERJ.

Inicialmente a Corporação não possuía caráter militar, e os oficiais não podiam usar insígnias nem mesmo no quartel. Foi somente em 1880 que seus integrantes passaram a ser classificados dentro de uma hierarquia militarizada. O Diretor Geral recebeu a patente de Tenente-coronel; o Ajudante a de Major; os Comandantes de Seções as de Capitão; e os Instrutores, as de Tenente.[4]

Com a Proclamação da República em 1889, a Corporação passou a denominar-se Corpo de Bombeiros do Distrito Federal,[nota 4]

Em 1917 passou a constituir Reserva do Exército Nacional.[5] Condição essa revertida em fevereiro de 1934, e readquirida em 1948.[6]

Fusão do Estado do Rio de Janeiro com o da Guanabara
Quartel do Comando Geral do CBMERJ
Praça da República - Rio de Janeiro.

Em 21 de abril de 1960 a capital federal transferiu-se do Rio de Janeiro para Brasília, e o antigo Distrito Federal foi transformado no estado da Guanabara, passando a Corporação a denominar-se Corpo de Bombeiros do Estado da Guanabara (CBEG).[7]

Em 15 de março de 1975 realizou-se a fusão do estado da Guanabara com o do Rio de Janeiro, por meio da Lei Complementar nº 20, de 1º de julho de 1974. Até então, no estado do Rio de Janeiro o Corpo de Bombeiros estava subordinado à Polícia Militar, o qual possuía um grupamento em Niterói e uma Companhia Independente em Campos dos Goytacazes, além de pelotões destacados dentro dos quarteis da PM especializados em atividades de defesa civil. Após a fusão, o Corpo de Bombeiros fluminense foi desmembrado da PMERJ e unificado com o guanabarino. A Corporação passou então a designar-se como Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CBERJ),[8] com as prerrogativas do centenário Corpo de Bombeiros da antiga Capital Federal, mantendo a autonomia e subordinando-se diretamente à Secretaria de Segurança Pública.

Em 1983 foi criada a Secretaria Estadual de Defesa Civil,[9] sendo o Coronel BM José Halfed Filho, comandante-geral do CBMERJ, o primeiro secretário a tomar posse do cargo. Em 1995 essa Secretaria foi extinta e transformada em Departamento-Geral de Defesa Civil,[10] voltando o CBMERJ a ficar subordinado à Secretaria de Segurança Pública, obtendo novamente a criação da Secretaria de Defesa Civil em 1999. Com as mudanças inseridas na Constituição Federal de 1988, foi incorporado, também em 1995, o termo "Militar" à denominação; objetivando com isso reforçar sua condição de Reserva do Exército.

Estrutura Operacional

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O CBMERJ está operacionalmente dividido em Grupamentos de Bombeiros Militar (GBM), e estes subdivididos em Destacamentos de Bombeiros Militar (DBM). O grupamento do quartel central é denominado Grupamento Operacional do Comando Geral (GOCG), e possui destacamento no Aeroporto Santos Dumont. O Complexo de Ensino Coronel Sarmento (CECS), em Guadalupe, também possui um destacamento operacional, o DBM/Escola - Guadalupe.

1º Grupamento de Bombeiro Militar - Humaitá (1910)
Resgate do helicóptero do Corpo de Bombeiros na praia de Ipanema.

Unidades Especializadas

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1º GSFMA Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente - Alto da Boa Vista
1° Destacamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente - Santa Teresa (bairro do Rio de Janeiro)|Santa Teresa]]
2º Destacamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente - Ilha Grande
2º GSFMA Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente - Magé
GTSAI Grupamento Técnico de Suprimento de Água para Incêndio - Caju
GPrevE Grupamento de Prevenção em Estádios - Maracanã
GOPP Grupamento de Operações com Produtos Perigosos - Duque de Caxias
GBS Grupamento de Busca e Salvamento - Barra da Tijuca
GOA Grupamento de Operações Aéreas - Aeroporto de Jacarepaguá
1° Destacamento de Operações Aéreas - Lagoa
2° Destacamento de Operações Aéreas - Jacarepaguá
GOTA Grupamento Operacional de Tecnologias Avançadas - Ilha do Governador
1º GMAR Grupamento Marítimo - Botafogo
2º GMAR Grupamento Marítimo - Barra da Tijuca
3º GMAR Grupamento Marítimo - Copacabana
4º GMAR Grupamento Marítimo - Itaipu
GSE Grupamento de Socorro de Emergência - Catete

Notas

  1. Concedida pelo Presidente da República, Juscelino Kubitschek, por ocasião do Centenário da Corporação em 1956.
  2. Concedida pelo Ministro da Aeronáutica, por ocasião do Centenário da Corporação em 1956.
  3. Concedida pelo Ministro da Marinha, por ocasião do Centenário da Corporação em 1957.
  4. Isso se deve a condição da mudança do Município Neutro para Distrito Federal.

Referências

  1. «Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022» (PDF). Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Anuário Brasileiro de Segurança Pública (16): 462, 512, 513. 2022. ISSN 1983-7364. Consultado em 7 de dezembro de 2022 
  2. Decreto Imperial n° 1.775, de 02 de julho de 1856.
  3. Decreto n° 2.587, de 30 de abril de 1860.
  4. Decreto n° 7.666, 15 de julho de 1880.
  5. Lei Federal n° 3.216, Artigo 7°, de 03 de janeiro de 1917.
  6. Lei 427, de 11 de outubro de 1948.
  7. Decreto-Lei n° 3.752, de 14 de abril de 1960.
  8. Decreto-Lei nº 145, de 16 de junho de 1975.
  9. Lei n° 689, de 29 de novembro de 1983.
  10. Decreto Estadual n° 21.501, de 19 de junho de 1995.

Ligações externas

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