Folha da Manhã – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para o jornal de Porto Alegre, veja Folha da Manhã (Porto Alegre).
Folha da Manhã
Folha da Manhã
Primeira página da edição 816, 22 agosto 1927.
Sede São Paulo, Brasil
Fundação 1925
Fundador(es) Olival Costa
Pedro Cunha
Léo Vaz
Mariano Costa
Antonio dos Santos Figueiredo
Artêmio Figueiredo
Proprietário • Fundadores
Octaviano A. de Lima
• José Nabantino Ramos, Clóvis Queiroga e Alcides Meirelles
Editora "Folha da Noite" Ltda.
Idioma Português
Término de publicação 1 de janeiro de 1960

Folha da Manhã foi um jornal brasileiro da cidade de São Paulo fundado em 1925, pertencente à empresa conhecida atualmente como Grupo Folha (à época Empresa Folha da Noite Ltda) como jornal matutino que se contrapunha ao outro jornal vespertino que lhe precedeu.[1]

Com o sucesso do lançamento do jornal Folha da Noite em 1921, os jornalistas egressos da redação de O Estado de São Paulo Olival Costa, Pedro Cunha, Léo Vaz, Mariano Costa, Antonio dos Santos Figueiredo e Artêmio Figueiredo passaram, em 1925, a publicar a versão matutina que, ao contrário do primeiro periódico que trazia uma linguagem em que as notícias eram mais privilegiadas, em detrimento dos artigos assinados; a nova publicação, contudo, trazia uma linguagem mais tradicional e tinha por fim concorrer com o "Estadão".[1]

Apesar de seus proprietários apregoarem que não possuíam qualquer ligação política, em 1929 a Folha da Manhã ostensivamente apoiou a candidatura de Júlio Prestes à presidência, fazendo com que, em outubro do ano seguinte, com a vitória da Revolução de 1930, sua tipografia fosse empastelada.[1]

Com isto a editora foi vendida ao rico fazendeiro de café Octaviano Alves de Lima, voltando a circular em janeiro do ano seguinte; o novo proprietário deu então uma nova diretriz à publicação, com artigos a divulgar as cotações do café e críticas à industrialização, voltando-se assim para as elites agrárias como público-alvo, além de abrir sucursais em cidades interioranas do estado.[1]

Em 1945, voltando o país ao estado democrático com o fim do Estado Novo, novamente a empresa foi vendida e teve por novos donos José Nabantino Ramos, Clóvis Queiroga e Alcides Meirelles que criaram um novo jornal chamado Folha da Tarde em 1949.[1]

As publicações do grupo, sob direção de José Nabantino, foram modernizadas e em 1953 foi adquirida a sede própria; em 1 de janeiro de 1960 ele unificou as três "Folhas", extinguindo-as, dando início ao novo jornal, a Folha de S.Paulo.[1]

Referências

  1. a b c d e f Elaine Muniz Pires (dez. 2007). «Imprensa, ditadura e democracia». Projeto História, São Paulo, n.35, p. 305-313,. Consultado em 10 de novembro de 2016. Cópia arquivada em 10 de novembro de 2016