Hilda Furacão (minissérie) – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Este artigo é sobre a minissérie produzida pela Rede Globo. Para o livro de Roberto Drummond, veja Hilda Furacão (livro).
Hilda Furacão
Hilda Furacão (minissérie)
Logotipo da minissérie
Informação geral
Formato minissérie
Duração Entre 40 e 45 minutos aprox.
Criador(es) Glória Perez
Baseado em Hilda Furacão de Roberto Drummond
Elenco Ana Paula Arósio
Rodrigo Santoro
Danton Mello
Paulo Autran
Eva Todor
Rogério Cardoso
País de origem Brasil Brasil
Idioma original português
Episódios 32
Produção
Diretor(es) Wolf Maya
Narrador(es) Wolf Maya
Tema de abertura "Resposta ao Tempo", Nana Caymmi
Exibição
Emissora original Brasil Rede Globo
Transmissão original 27 de maio - 23 de julho de 1998
Cronologia
Dona Flor e Seus Dois Maridos
Labirinto

Hilda Furacão é uma minissérie brasileira produzida pela TV Globo e exibida pela emissora de 27 de maio a 23 de julho de 1998, totalizando 32 capítulos. Ela substituiu Dona Flor e Seus Dois Maridos e foi substituída por Labirinto.[1] Escrita por Glória Perez, com direção de Wolf Maya, Maurício Farias e Luciano Sabino, direção geral e núcleo de Wolf Maya.

A minissérie é baseada no romance homônimo de Roberto Drummond, que, por sua vez, foi baseado na história de juventude da prostituta Hilda Maia Valentim, conhecida na zona boêmia de Belo Horizonte como Hilda Furacão.[2][3][4]

Contou com as participações de Ana Paula Arósio, Rodrigo Santoro, Danton Mello, Eva Todor, Paulo Autran, Thiago Lacerda, Tarcísio Meira e Rogério Cardoso.

Nascidos e crescidos juntos, Malthus (Rodrigo Santoro), Aramel (Thiago Lacerda) e Roberto (Danton Mello) ficaram conhecidos em Santana dos Ferros como "os três mosqueteiros". Com o término do ensino médio, os três seguem juntos para Belo Horizonte. Malthus queria ser santo e ir para o Convento dos Dominicanos; Aramel queria ser artista de cinema em Hollywood e Roberto sonhava em fazer a revolução que mudaria o mundo.

Ao som de "Túnel do Amor", de Celly Campello, conhecemos Hilda Müller (Ana Paula Arósio), que, pronta para se casar, desiste, após surpreendente revelação da cartomante Madame Janete (Arlete Salles), e vai parar num prostíbulo de Belo Horizonte. Cercada por prostitutas, vagabundos, travestis e cafetões, ela entra no Maravilhoso Hotel e passa a ocupar o quarto 304. Mas o que levou a rica Hilda Müller a transformar-se na prostituta Hilda Furacão? Dentro desse contexto, o frei Malthus sente que poderia realizar um milagre: exorcizar o demônio de Hilda Furacão.

Uma grande manifestação popular para acabar com os prostíbulos põe em confronto a sociedade defensora da moral e dos bons-costumes, liderados por Loló Ventura (Eva Todor), e os habitantes do Maravilhoso Hotel, que se intensifica com as presenças dos excêntricos Maria Tomba-Homem (Rosi Campos) e Cintura Fina (Matheus Nachtergaele). Aumenta o duelo entre Hilda e o frei Malthus. Um conflito que envolve até interesses políticos dos poderosos da região, como Tonico Mendes (Stênio Garcia), o excêntrico dono do Hotel Financial, onde mora com sua onça de estimação, Tereza.

Na tentativa de recuperar a moral de Hilda, frei Malthus escuta de Padre Nelson (Paulo Autran), seu maior orientador religioso, que se quisesse realmente ser santo, deveria ficar longe do vinho e das mulheres. Padre Nelson revela o que todos já sabiam: havia amor entre Hilda e Malthus. Uma forte atração entre a virtude e a imoralidade. Mas, afinal, o amor também não pode ocorrer em todos?

Ana Paula Arósio interpretou a protagonista Hilda.
Rodrigo Santoro interpretou o Frei Malthus.
Thiago Lacerda interpretou o ator Aramel.
Tereza Seiblitz interpretou a ingênua Gabriela.
Maria Maya interpretou a comunista Zora.
Intérprete Personagem
Ana Paula Arósio Hilda Gualtieri Müller (Hilda Furacão)[5]
Rodrigo Santoro Frei Malthus
Danton Mello Roberto Drummond
Paulo Autran Padre Nelson
Eva Todor Loló Ventura
Rogério Cardoso Ventura
Thiago Lacerda Aramel
Matheus Nachtergaele Cintura Fina
Rosi Campos Maria Tomba-Homem
Walderez de Barros Emerenciana Drummond (Ciana)
Débora Duarte Conceição Drummond (Sãozinha)
Zezé Polessa Neném
Cininha de Paula Lucianara
Stênio Garcia Tonico Mendes
Paloma Duarte Leonor
Cláudia Alencar Divinéia
Luís Mello Padre Ciro
Tereza Seiblitz Gabriela M
Sérgio Loroza M.C.
Anselmo Vasconcellos Jabuti
Ricardo Blat Cidinho
Chico Diaz Orlando Bonfim
Carolina Kasting Bela B
Tatiana Issa Dorinha
Marcos Frota Padre Geraldo
Guilherme Karan João Dindim
Iara Jamra Beata Fininha
Ivan Cândido Delegado Procópio
Mara Manzan Nevita
Marcos Oliveira Zé Viana
Carlos Gregório Alencastro
Caio Junqueira Demétrio
Daniel Boaventura Zico
Maria Maya Zora
Walther Verve Alves
Elaine Mickely Rosa
Fernanda Badauê Lucília
Zezeh Barbosa Guiomar
Guga Coelho Vitinho
Dary Reis Nelson Sargento
Sarah Lavigne Anita
Cláudio Galvan Zé do Raimundo
Marilena Cury Alição
Yachmin Gazal Alice
Thaís Tedesco Alicinha
Priscila Luz Lurdinha
Henri Castelli Celso
Renato Rabello Padre Guido
Adriana Zattar Sarita
Márcia Barros Dulce
Maria Gladys Cecília
Alexandre Moreno Enéas
Marcelo Brou Vasco
Luís Cláudio Jr. Dudu

Participações especiais

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Intérprete Personagem
Arlete Salles Madame Janete
Carlos Vereza Lorca
Mário Lago Olavo
Tarcísio Meira Coronel Pocidônio
Stepan Nercessian Goiano
Eloísa Mafalda Clotilde
Paulo Betti Delegado Renciso
Eliane Giardini Berta Müller
Henri Pagnocelli Müller
Roberto Bonfim Coronel Filogônio Flores
Pedro Brício Juca
Paulo César Pereio Vermelhinho
Suzana Gonçalves Yara Tupinambá

A missão de adaptar o livro Hilda Furacão para TV foi dada à Glória Perez por Mário Lúcio Vaz, então diretor da Central Globo de Produções. Perez acabou se ocupando com outros trabalhos, e o conceito de Hilda passou por vários potenciais autores até retornar a ela em 1997.[6] Para retratar os anos 60 Perez conversou com militantes da época, entre eles Mário Lago (também integrante do elenco) e Apolônio de Carvalho.[7]

Ana Paulo Arósio, então contratada do SBT, foi especialmente cedida à Globo para a minissérie. A ideia para a escalação partiu do diretor Wolf Maya.[6]

As cenas na fictícia Santana dos Ferros foram gravadas em Tiradentes, onde a produção temporariamente fechou ruas e alterou fachadas. O Hotel Glória, na cidade do Rio de Janeiro, se passou pelo Minas Tênis Clube, e a Câmara Municipal de Niterói serviu como a Câmara Municipal de Belo Horizonte.[8]

Foi reexibida na íntegra pelo Viva de 24 de agosto a 6 de outubro de 2010, substituindo Memorial de Maria Moura e sendo substituída por Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados, às 23h45.[9] Foi exibida novamente pelo Viva de 19 de novembro de 2013 a 2 de janeiro de 2014, substituindo O Primo Basílio e sendo substituída por O Quinto dos Infernos, às 23h10[10].

Foi reexibida no quadro Novelão, dentro do programa vespertino Vídeo Show, entre 16 e 20 de novembro de 2015, substituindo outra minissérie, Sex Appeal, num compacto de 5 capítulos, sendo substituída pela também minissérie O Primo Basílio.

Outras Mídias

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Em julho de 2002 a Globo Vídeos lançou uma versão resumida da série em DVD, contando com três discos somando 12 horas.[11]

Em 19 de julho de 2021 a minissérie entrou no catálogo da plataforma Globoplay.[12]

Exibição Internacional

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Hilda Furacão foi vendida para países como:

A série começou a se tornar viral pela internet em novembro de 2023, quando algumas cenas do personagem Frei Malthus (Rodrigo Santoro) e da protagonista título (Ana Paula Arósio) começaram a circular pelas redes sociais, principalmente em recortes do TikTok, originando vários memes pelos gringos.[13][14] Um dos motivos foi a entrevista da atriz Laura Linney para o programa The Graham Norton Show, da emissora britânica BBC. Na conversa, ela diz que o seu melhor beijo cinematográfico foi com o ator brasileiro no filme Love Actually, o que chamou a atenção do público local para pesquisar os trabalhos de Santoro, sendo descobertas as cenas de Frei Malthus na minissérie.[15]

Trilha sonora

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Referências

  1. «A socialite que virou prostituta». Folha de S.Paulo. 24 de maio de 1998. Consultado em 26 de agosto de 2017 
  2. Exclusivo: EM encontra Hilda Furacão vivendo em um asilo em Buenos Aires Jornal EM (Estado de Minas)
  3. Hilda Furacão vive sozinha em um asilo para pobres na argentina Jornal Folha (Folha de S.Paulo)
  4. Hilda Furacão lembra momentos de glória e decadência ao lado do marido Divirta-se Caderno Digital do Estado de Minas
  5. http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/787694-ana-paula-arosio-volta-como-a-desafiadora-hilda-furacao.shtml
  6. a b «'Ana Paula Arósio tinha a garra da personagem', diz Glória Perez - Cultura». Estadão. Consultado em 7 de julho de 2022 
  7. «Folha de S.Paulo - Hilda Furacão: A socialite que virou prostituta (com foto) - 24/05/98». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 7 de julho de 2022 
  8. «Bastidores». memoriaglobo. Consultado em 7 de julho de 2022 
  9. «Ana Paula Arósio volta como a desafiadora "Hilda Furacão"». Folha Ilustrada. 24 de agosto de 2010. Consultado em 10 de junho de 2016 
  10. «Sucesso em 1998, minissérie "Hilda Furacão" será reprisada». F5. 12 de outubro de 2013. Consultado em 10 de junho de 2016 
  11. «"Hilda Furacão" é lançada em DVD». Estadão. 8 de julho de 2002. Consultado em 26 de agosto de 2017 
  12. «'Hilda Furacão' estreia no Globoplay; relembre minissérie». G1. Consultado em 19 de julho de 2021 
  13. GZH (28 de dezembro de 2023). «Como "Hilda Furacão" virou um fenômeno fora do Brasil | DG». Diário Gaúcho. Consultado em 1 de junho de 2024 
  14. «Ela andou pra Fleabag correr: por que gringos estão amando 'Hilda Furacão'». UOL. 23 de novembro de 2023. Consultado em 1 de junho de 2024 
  15. canaltech. «Por que 'Hilda Furacão' virou um fenômeno gringo e está bombando nas redes?». Terra. Consultado em 1 de junho de 2024 

Ligações externas

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