Mauritânia – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para a província romana, veja Mauritânia romana. Para outros significados, veja Mauritânia (desambiguação).
República Islâmica da Mauritânia
الجمهورية الإسلامية الموريتانية (árabe)
al-Jumhūriyyah al-ʾIslāmiyyah al-Mūrītāniyyah
République Islamique de Mauritanie (francês)
Lema:
Árabe: شرف إخاء عدل
Francês: Honneur, Fraternité, Justice
(Português: "Honra, Fraternidade, Justiça")
Hino: نشيد وطني موريتاني
Localização da Mauritânia
Capital
e maior cidade
Nuaquexote
Língua oficial Árabe
Gentílico Mauritano(a)
Governo República semipresidencialista
República islâmica1
 • Presidente Mohamed Ould Ghazouani
 • Primeiro-ministro Mokhtar Ould Djay
Independência da França
 • Data 28 de novembro de 1960
Área
 • Total 1 030 700 km² (29.º)
 • Água (%) 0,03
Fronteira Marrocos (de jure), Saara Ocidental (de facto), Argélia, Mali e Senegal
População
 • Estimativa para 2023 4 244 878[1] hab. (133.º)
 • Densidade 3,4 hab./km² (221.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2023
 • Total US$ 33,14 bilhões[2](146.º)
 • Per capita US$ 7 542[2] (132.º)
IDH (2021) 0,556 (158.º) – médio[3]
Moeda Ouguiya (MRO)
Fuso horário GMT (UTC+1)
 • Verão (DST) Nenhum
Cód. ISO MR
Cód. Internet .mr
Cód. telef. +222
¹Não reconhecida internacionalmente. Os líderes depostos, o Presidente, Sidi Ould Cheikh Abdallahi, e o Primeiro-Ministro, Yahya Ould Ahmed El Waghef, deixaram de ter poder desde que foram presos por forças militares.

A Mauritânia (em árabe: موريتانيا; transl. Mūrītānyā; em berbere: Muritanya ou Agawej; em uolofe: Gànnaar; em soninquê: Murutaane; em pulaar: Moritani; em francês: Mauritanie, pronunciado: [moʁitani]), oficialmente República Islâmica da Mauritânia (em árabe: الجمهورية الإسلامية الموريتانية, translit.: al-Jumhūriyyah al-ʾIslāmiyyah al-Mūrītāniyyah) é um país situado no noroeste da África. Situa-se na região do deserto do Saara, e faz fronteira com o oceano Atlântico a oeste, com o Senegal a sudoeste, com o Mali a leste e sudeste, com a Argélia a nordeste e com o Marrocos a noroeste. Recebeu o nome da antiga província romana da Mauritânia, que posteriormente batizou um reino berbere da região. A capital e maior cidade é Nuaquexote, localizada na costa do Atlântico.

A escravidão na Mauritânia ainda existe, apesar de oficialmente abolida por três vezesː 1905, 1981, e de novo em Agosto de 2007. Ativistas antiesclavagismo são perseguidos, presos e torturados.[4][5]

Do século V ao VII, a migração de tribos berberes do Norte da África expulsou da região os bafures, habitantes originais da atual Mauritânia, ancestrais dos soninquês. Os bafures eram primordialmente agricultores, e estavam entre os primeiros povos do Saara a abandonar o seu estilo de vida tradicionalmente nômade. Com o gradual processo de desertificação da região, migraram para o sul. Seguiu-se uma migração em massa do povo que habitava a região do Saara Central para a África Ocidental, até que em 1076 monges-guerreiros islâmicos (almorávidas) atacaram e conquistaram o antigo Império do Gana, e assumiram o controle da região. Pelos próximos 500 anos os árabes foram a casta dominante da sociedade local, enfrentando resistência feroz da população local (tanto berberes quanto não berberes), da qual a Guerra de Char Bubá (1644-1674) foi o esforço derradeiro e malsucedido. Esta guerra colocou a população da Mauritânia contra invasores árabes da tribo maquil, vindos do Iêmen, liderados pela tribo dos Banu Haçane. Os descendentes desta tribo tornaram-se haçanes, camada mais alta da sociedade moura. Os berberes mantiveram sua influência por terem a maior parte dos marabutos - indivíduos que preservam e ensinam a tradição islâmica. Muitas das tribos berberes alegam origem iemenita (ou árabe em geral), porém há pouca evidência que comprove o fato, embora existam estudos que façam uma ligação entre os dois povos.[6] O hassaniya, um dialeto árabe influenciado pelo berbere, cujo nome é derivado de Banu Haçane, tornou-se o idioma dominante entre a população nômade da época.

A colonização francesa gradualmente absorveu os territórios da atual Mauritânia e Senegal a partir do início do século XIX. Em 1901 o militar francês Xavier Coppolani assumiu o controle da missão colonial. Através de uma combinação de alianças estratégicas com as tribos zauias e pressão militar sobre os guerreiros nômades haçanes, Coppolani conseguiu ampliar o domínio francês por todos os emirados mauritanos: Trarza, Brakna e Tagant rapidamente se submeteram a tratados com os poderes coloniais (1903-1904), porém o Emirado de Adrar, situado ao norte, resistiu por mais tempo, auxiliado pela rebelião anticolonial (jiade) do xeique Maa al-Aynayn. Foi derrotado militarmente em 1912, e incorporado ao território da Mauritânia, que havia sido estabelecido em 1904. A Mauritânia passaria a fazer parte da África Ocidental Francesa a partir de 1920.

A dominação francesa trouxe proibições legais contra a escravidão, e pôs um fim às guerras entre os diferentes clãs. Durante o período colonial a população continuou nômade, porém diversos povos sedentários, cujos ancestrais haviam sido expulsos havia séculos, começaram a retornar aos poucos à Mauritânia. Quando o país obteve sua independência, em 1960, e a capital Nuaquexote foi fundada, no local duma pequena aldeia colonial, Ksar, 90% ainda era nômade. Com a independência, muitas populações indígenas da África subsaariana, como os tuculores, soninquês, e uolofes, entraram na Mauritânia, movendo-se para a área ao norte do rio Senegal. Educados no idioma e nos costumes franceses, muitos destes recém-chegados tornaram-se funcionários, soldados e administradores do novo estado. Este fato, em conjunto com a opressão militar dos franceses, especialmente contra tribos haçanes mais intransigentes, do norte do país, predominantemente mouro, afetou os antigos equilíbrios de poder, e criou novos motivos para conflito entre as populações subsaarianas do sul do país e os mouros e berberes do norte. Entre estes grupos estavam os haratin, uma enorme população de escravos arabizados, devidamente inseridos na sociedade moura, e integrados numa casta inferior. A escravidão é até hoje em dia uma prática comum no país, embora ilegal.[7]

Os mouros reagiram a estas mudanças, e aos apelos dos nacionalistas árabes do exterior, através de uma maior pressão para arabizar diversos aspectos da vida mauritana, como as leis e o idioma. Um cisma acabou por desenvolver-se entre os mouros que consideram a Mauritânia um país árabe, e aqueles que desejam um papel dominante para os povos não mouros, com diversos modelos para a contenção da diversidade cultural do país tendo sido sugeridos sem que qualquer um deles tenha sido implementado com sucesso. Esta discórdia étnica ficou evidente durante os episódios de violência intercomunitária que eclodiram em abril de 1989 (eventos de 1989 e conflito senegalo-mauritano), que já arrefeceram. A tensão étnica e a questão delicada da escravidão - tanto no passado como, em diversas áreas do país, no presente - ainda é um tema de muita força no debate político nacional; porém um número significativo de pessoas de todos os grupos parece procurar uma sociedade mais diversa e pluralista. Foi também um dos últimos países a abolir a escravidão no mundo, somente em 9 de novembro de 1981, pelo decreto n.º 81 234.[8]

Ver artigo principal: Geografia da Mauritânia
Mapa da Mauritânia

Com 1 030 700 km²,[9] a Mauritânia é o 29º país do mundo em extensão, com dimensões comparáveis às do Egito.

A Mauritânia é quase inteiramente plana, com a maior parte do seu território formando planícies vastas e áridas, cortadas por tergos e formações semelhantes a penhascos. Uma série de escarpas, voltadas para o sudoeste, divide longitudinalmente estas planícies, no meio do país. As escarpas também separam uma série de planaltos de arenito, dos quais o mais alto é o Platô de Adrar, que chega a uma altitude de 500 metros.

Diversos oásis sazonais percorrem os sopés de algumas destas escarpas. Alguns picos isolados, frequentemente ricos em minérios, se elevam sobre os planaltos; os menores deles são chamados de guelbs, e os mais altos de kedias. O Guelb er Richat, também conhecido como Estrutura de Richat, tem forma concêntrica, e é um marco importante da região norte-central. Kediet Ijill, próximo à cidade de Zouîrât, tem uma elevação de 1 000 metros, e é o pico mais alto.

Aproximadamente três quartos da Mauritânia são desérticos ou semidesérticos. Como resultado de secas intensas e prolongadas, o deserto vem se expandindo desde a década de 1960. A oeste, entre o oceano e os platôs, alternam-se áreas de planícies argilosas (regs) e dunas de areia (ergs), muitas dos quais deslocam-se ao longo do tempo, movimentadas pelos fortes ventos. As dunas geralmente aumentam de tamanho e movimentam-se mais rapidamente nas regiões situadas ao norte do país.

Ver artigo principal: Demografia da Mauritânia

Em 2021, a população da Mauritânia chegou a 4,3 milhões de pessoas. A expectativa de vida é de aproximadamente 61,14 anos.[10] Entre os grupos étnicos, cerca de 70% são mouros, outros 40% mouros negros (Haratines) e 30% mouros brancos (Beydane); 30% negros de cultura não árabes.[10]

Cerca de 99,84% a população é islâmica, a maioria sunita.

O árabe é a língua oficial e nacional da Mauritânia. A variedade falada localmente, conhecida como hassani, contém muitas palavras berberes e difere significativamente do árabe moderno padrão utilizado para comunicação oficial. O pulaar, o soninquê e o uolofe também servem como línguas nacionais.[10] O francês é amplamente utilizado na mídia e entre as classes instruídas.[11]

Cidades mais populosas

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Nuaquexote (capital), Nuadibu (capital comercial, e segunda mais populosa).

Ver artigo principal: Política da Mauritânia

A situação política da Mauritânia sempre foi determinada mais por indivíduos e tribos específicas do que por ideologias. A habilidade dos líderes em exercer seu poder político esteve sempre intimamente ligada ao controle dos recursos, à visão comunitária a respeito de sua habilidade e integridade e considerações tribais, étnicas, familiares e pessoais. O conflito entre os chamados "mouros brancos", "mouros negros" (haratine) e grupos étnicos não mouros (haal pulaars, soninquês, uólofes e bambaras), com ênfase no idioma, propriedade de terras e outras questões, continua a ser o principal desafio à unidade nacional.

A burocracia governamental é composta de ministérios tradicionais, além de agências especiais e companhias paraestatais. O Ministério do Interior comanda um sistema de governadores e prefeitos regionais, que seguem o modelo do sistema francês de administração local. Sob este sistema, a Mauritânia se divide em treze regiões (vilaietes), incluindo o distrito da capital, Nuaquexote. O controle está fortemente centralizado no ramo executivo do governo central; no entanto, uma série de eleições nacionais e municipais desde 1992 já produziram alguma descentralização, ainda que limitada em seu escopo.

A Mauritânia, juntamente com o Marrocos, anexou o território vizinho do Saara Ocidental em 1976, capturando o terço sul do país a pedido da antiga potência colonial, Espanha. Após diversas derrotas militares na luta contra a resistência local, o Polisário, fortemente armada e apoiada pela Argélia, a Mauritânia foi forçada a recuar em 1979 e sua parte foi tomada pelo Marrocos. Devido à sua economia enfraquecida, a Mauritânia tem tido um papel pouco significante nas discussões sobre as disputas territoriais daquele país e sua posição oficial é de que ela deseja uma solução rápida que seja aceita unanimemente por todas as partes envolvidas. Enquanto o antigo Saara Espanhol ou Ocidental acabou sendo incorporado ao Marrocos, a Organização das Nações Unidas ainda o considera um território que precisa expressar seus desejos a respeito da sua soberania e planeja um futuro referendo a este respeito.

O Ministro do Exterior da Mauritânia Ahmed Sid’Ahmed e seu equivalente israelense David Levy assinaram um acordo em Washington, D.C., nos Estados Unidos, em 28 de outubro de 1999, estabelecendo as relações diplomáticas entre os dois países, na presença da secretária de estado estadunidense Madeleine Albright. A Mauritânia se juntou ao Egito e à Jordânia como únicos membros da Liga Árabe a ter embaixadores em Israel.

Em 31 de janeiro de 2008, o representante permanente da República da Armênia nas Nações Unidas, Armen Martirosyan, assinou um protocolo com Abderahim Ould Hadrami, representante da Mauritânia, estabelecendo as relações diplomáticas entre os dois países.

Em 6 de agosto de 2008, ocorreu um golpe militar que depôs o governo civil eleito democraticamente em 2007. Presidente e primeiro-ministro foram presos. A rádio e a televisão nacionais saíram do ar pouco antes do anúncio.

Ver artigo principal: Subdivisões da Mauritânia

A Mauritânia está dividida em doze regiões (régions) e um distrito capital, que por sua vez está subdividido em 44 departamentos (département). As regiões, o distrito capital (em ordem alfabética), juntamente com suas capitais, são:

Região Capital
Adrar Atar
Assaba Kifa
Brakna Aleg
Dakhlet Nuadibu Nuadibu
Gorgol Kaédi
Guidimaka Sélibaby
Hodh ech Chargui Néma
Hodh el Gharbi Ayoun el Atrous
Inchiri Akjoujt
Nuaquexote (distrito capital)
Tagant Tidjikdja
Tiris Zemmour F'dérik
Trarza Rosso
Principais produtos de exportação da Mauritânia em 2019 (em inglês).
Ver artigo principal: Economia da Mauritânia

Uma maioria da população depende da agricultura e da pecuária para a sobrevivência, ainda que a maioria dos nômades e praticantes do cultivo de subsistência tenham sido forçados para as cidades, devido às secas recorrentes ocorridas nas décadas de 1970 e 1980. A Mauritânia tem amplos depósitos de minério de ferro, que totalizam quase 50% do total das exportações do país. Com o aumento dos preços dos metais, companhias mineradoras de ouro e cobre abriram minas no interior do país. As águas territoriais mauritanas estão entre as mais ricas em peixes no mundo, porém a exploração abusiva por parte de pescadores estrangeiros tem ameaçado esta fonte vital de renda. O primeiro porto de águas profundas foi aberto perto de Nuaquexote, capital do país, em 1986. Nos últimos anos, as secas e as crises financeiras ocasionaram o aumento da dívida externa. Em março de 1999 o governo assinou um acordo com uma missão conjunta do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, visando a fazer os ajustes necessários na situação econômica do país e estabelecer metas de crescimento.

O petróleo foi descoberto na Mauritânia em 2001 no Depósito de Chinguetti. Embora sejam potencialmente significativas para a economia do país, as jazidas foram descritas como "de pequeno porte".[13] A Mauritânia possui 51 blocos confirmados de petróleo - 19 offshore e 32 onshore - mas existem pesquisas em andamento visando a futuras descobertas de campos petrolíferos.

Direitos Humanos

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Os direitos humanos na Mauritânia são em geral vistos como pobres, segundo vários observadores internacionais, como a Freedom House, o Departamento de Estado dos Estados Unidos e a Amnistia Internacional.

A Amnistia Internacional acusou o sistema jurídico mauritano de funcionar com total desrespeito pelos procedimentos legais, julgamento justo ou prisão humana. A Amnistia Internacional também acusou o governo mauritano de um uso institucionalizado e contínuo de tortura durante décadas.[14][15]

Os Haratin, mauritanos negros, de origem africana, são discriminados a favor dos Bidans, mauritanos claros, de origem berbere, de quem são muitas vezes escravos, apesar de, no papel, a Mauritânia já ter abolido a escravatura por três vezes. O governo continua a deter ativistas antiescravistas e antidiscriminação.[5][4][16]

Ver artigo principal: Cultura da Mauritânia

A Mauritânia, juntamente com Madagascar, é um dos únicos dois países do mundo que não utilizam o sistema decimal para a sua moeda, cuja unidade básica, o ouguiya, é composto por cinco khoums.

Outros aspectos da cultura mauritana podem ser vistos em:

Feriados
Data Nome em português Nome local Observações

Referências

  1. "Mauritania". The World Factbook (2023 ed.). Central Intelligence Agency. Acessado em 22 de junho de 2023.
  2. a b «World Economic Outlook Database, October 2023 Edition. (Mauritania)». IMF.org. International Monetary Fund. 10 de outubro de 2023. Consultado em 19 de outubro de 2023 
  3. «Relatório de Desenvolvimento Humano 2021/2022» 🔗 (PDF). Programa de Desenvolvimento das Nações Unida. Consultado em 8 de setembro de 2022 
  4. a b «The unspeakable truth about slavery in Mauritania». The Guardian. 8 de Junho de 2018 
  5. a b «Mauritania: Growing repression of human rights defenders who denounce discrimination and slavery». www.amnesty.org (em inglês). 21 de Março de 2018 
  6. Chaabani H; Sanchez-Mazas A, Sallami SF (2000). «Genetic differentiation of Yemeni people according to rhesus and Gm polymorphisms». Annales de Génétique. 43 (3-4): 155-62. PMID 11164198 
  7. Ver o relato do proprietário de escravos Abdel Nasser Ould Yasser em Enslaved, True stories of Modern Day Slavery, editado por Jesse Sage e Liora Kasten
  8. «O secular nó cego da Mauritânia: escravidão que persiste». Arquivado do original em 19 de maio de 2011 
  9. «CIA - The World Factbook - Rank Order - Area». Consultado em 6 de agosto de 2008 
  10. a b c «The World Factbook – Africa – Mauritania». CIA. Consultado em 24 de dezembro de 2020. Cópia arquivada em 7 de janeiro de 2021 
  11. «Mauritania: Encyclopædia Britannica». Consultado em 27 de fevereiro de 2016. Cópia arquivada em 9 de abril de 2019 
  12. Agence Nationale de la Statistique et de l'Analyse Démographique et Economique. «Population des Wilayas, Moughataa et Communes» (PDF). Recensement Général de la Population et de l’Habitat 2023 (em francês). Consultado em 4 de novembro de 2024 
  13. A day after a coup, Mauritania's new junta promises free elections "soon as possible"[ligação inativa], Associated Press
  14. «Mauritania: Amnesty International submission to the UN - Universal Periodic Review Ninth session of the UPR Working Group» (PDF). Amnistia Internacional. Dezembro de 2010 
  15. «MAURITANIA: TORTURE AT THE HEART OF THE STATE». Amnistia Internacional. 3 de Dezembro de 2008 
  16. Daum, Pierre (1 de agosto de 2019). «Na Mauritânia, uma sociedade obcecada pela cor da pele». Le Monde Diplomatique (Brasil) 
  • Ali, Mohammed (2007) - Think Only Whites Are Racist? Think Again!: A Blackman's Perspective -Trafford Publishing

Ligações externas

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