RAM Racing – Wikipédia, a enciclopédia livre
Nome completo | RAM Racing Team |
Sede | Reino Unido |
Chefe de equipe | Mike Ralph |
Pessoal notável | John Macdonald |
Pilotos | |
Chassis | Brabham BT44B March 761 Williams FW07/FW07B RAM March 01 RAM March 01 RAM 01 RAM 02 RAM 03 |
Motor | Ford e Hart |
Pneus | Bridgestone |
Histórico na Fórmula 1 | |
Estreia | Grande Prêmio da Espanha de 1975 (não-classificada) |
Último GP | Grande Prêmio da Europa de 1985 |
Grandes Prêmios | 65 (41 largadas) |
Campeã de construtores | 0 |
Campeã de pilotos | 0 |
Vitórias | 0 |
Pole Position | 0 |
Voltas rápidas | 0 |
Pontos | 0 |
Posição no último campeonato (1985) | 13° (0 pontos) |
RAM Racing foi uma equipe de Fórmula 1 criada por Mike Ralph e John Macdonald que disputou as temporadas de 1976 a 1980 e entre 1983 e 1985. Não pontuou em nenhuma das provas que disputou.
Origens da equipe
[editar | editar código-fonte]Usando chassis de terceiros
[editar | editar código-fonte]No final dos anos 1960 Mick Ralph e John Macdonald eram sócios na venda de automóveis em Willesden, ao norte de Londres, sendo que este último competia esparsamente no Campeonato Britânico de Fórmula 3 utilizando carros da March. Em 1972 e 1973 (quando ele usou um GRD) a presença de Macdonald na categoria tornou-se mais frequente, todavia jamais esteve entre os favoritos e encerrou sua carreira bissexta. Ato contínuo a Ralph Macdonald Racing, conhecida pelo acrônimo RAM, cedeu para Alan Jones um March configurado para a Fórmula 5000 em 1975 e nele o piloto australiano obteve algum sucesso. No ano seguinte a nova equipe estreou na Fórmula 1 ao inscrever um par de carros Brabham BT44B adquiridos junto a Bernie Ecclestone para o Grande Prêmio da Espanha de 1976. Tendo o suíço Loris Kessel e o espanhol Emilio de Villota como pilotos, o novo time usaria motores Ford enquanto a equipe oficial da Brabham era associada a Alfa Romeo. Findo o treino classificatório, nenhum dos pilotos conseguiu o direito de participar da corrida.[1]
Encerrada a prova em Jarama, havia doze etapas a cumprir segundo o calendário daquela temporada, contudo a RAM Racing competiu em apenas metade delas. Recorrendo a pilotos pagantes como Patrick Nève (Bélgica), Jac Nellemann (Suécia), Damien Magee (França), Bob Evans (Grã-Bretanha) e Rolf Stommelen (Alemanha),[nota 1] o time quase sempre falhava nas tentativas de classificação, todavia entrou para a história como a escuderia na qual Lella Lombardi encerrou a carreira disputando as provas da Grã-Bretanha, Alemanha e Áustria, onde a italiana chegou em décimo segundo lugar, igualando o melhor resultado na história da equipe até aquele instante, um décimo segundo lugar obtido por Kessel, uma espécie de piloto-símbolo da RAM, no circuito belga de Zolder.[2] A despedida de Lella Lombardi foi também a última prova disputada pela RAM Racing em 1976.
O retorno do time às pistas ocorreu apenas na terceira prova do ano seguinte graças ao neerlandês Boy Hayje, que classificou seu carro para o Grande Prêmio da África do Sul de 1977, marcado pelo acidente brutal que vitimou o piloto Tom Pryce e o fiscal de pista, Jansen van Vuuren.[3] Piloto mais frequente no cockpit do time, Hayje teve o finlandês Mikko Kozarowitzky, o britânico Andy Sutcliffe e o também neerlandês Michael Bleekemolen como companheiros de equipe. Utilizando um chassis March 761 impulsionado por motores Ford, o time disputou apenas sete das dezessete provas do calendário de 1977 encerrando sua participação no Grande Prêmio dos Países Baixos.[1]
Ausente da Fórmula 1 em 1978 e 1979, a RAM Racing voltou ao circo da velocidade apenas no Grande Prêmio da Grã-Bretanha de 1980, oitava etapa daquele ano, disputando as provas remanescentes. Defendida então pelos britânicos Rupert Keegan, Geoff Lees e pelo norte-americano Kevin Cogan, a escuderia manteve propulsores Ford utilizando chassis FW07, o qual elevou a Williams ao patamar de equipe grande.[4] Com esse pacote chegou em nono lugar no Grande Prêmio dos Estados Unidos de 1980 com Rupert Keegan em Watkins Glen, mas de novo deixou a categoria ao final do ano.[1]
Com os próprios recursos
[editar | editar código-fonte]Voltaria em 1983, desta vez com chassi próprio, tendo como pilotos Eliseo Salazar, Jacques Villeneuve Sr., Kenny Acheson e Jean-Louis Schlesser. Nenhum deles obteve resultados de expressão. Na temporada de 1984, o francês Philippe Alliot, o britânico Jonathan Palmer e o neozelandês Mike Thackwell representaram a escuderia e foi no Grande Prêmio do Brasil de 1984 que Palmer conquistou o melhor resultado da RAM, ao chegar em oitavo lugar.
A equipe encerrou suas atividades em 1985, tendo novamente Alliot, Manfred Winkelhock e Acheson como pilotos. O melhor resultado foi um 9º lugar conquistado pelo francês no Grande Prêmio do Brasil. Em 1986, Thackwell já tinha assinado contrato para disputar a temporada completa,[5] mas a RAM desistiu de participar devido a problemas financeiros e abandonou a Fórmula 1 - caso a equipe disputasse o campeonato, usaria o #9 no carro do neozelandês.
Notas
- ↑ Uma análise quanto ao Grande Prêmio da Alemanha de 1976 aponta que Rolf Stommelen não chegou a largar com a Brabham pertencente à equipe RAM Racing, mas pontuou com um sexto lugar pilotando para a Brabham de Bernie Ecclestone.
Referências
- ↑ a b c «RAM Automotive (em inglês) no grandprix.com». Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ Fred Sabino (3 de março de 2020). «Única mulher a pontuar na Fórmula 1, Lella Lombardi participou de 12 grandes prêmios». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ Fred Sabino (29 de fevereiro de 2020). «Circuitos Clássicos #2: Kyalami teve corridas emocionantes, bi de Piquet e acidentes fatais». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ Fred Sabino (1 de junho de 2019). «Máquinas Eternas #18: Williams entrou para o protagonismo na Fórmula 1 com modelo FW07». globoesporte.com. Globo Esporte. Consultado em 8 de março de 2020
- ↑ «Mike Thackwell - Biography». Formula One Rejects. Consultado em 12 de novembro de 2013. Cópia arquivada em 1 de novembro de 2013