Rede (empresa) – Wikipédia, a enciclopédia livre
Este artigo ou seção pode conter informações desatualizadas. |
Rede | |
---|---|
Razão social | Redecard Instituição de Pagamento S.A. |
Nome(s) anterior(es) | Redecard (1996-2013) |
empresa de capital fechado | |
Atividade | serviços financeiros |
Gênero | Privada |
Fundação | 1996 |
Sede | São Paulo, SP, Brasil |
Proprietário(s) | Itaú Unibanco |
Pessoas-chave | Paula Magalhães Cardoso Neves (CEO) |
Empregados | 1.455 |
Produtos | Máquinas de cartões Meios de pagamento eletrônicos |
Lucro | R$ 1,404 bilhões (2011) |
LAJIR | R$ 2,262 bilhões (2011) |
Faturamento | R$ 3,631 bilhões (2011) |
Website oficial | www.userede.com.br |
Rede (antiga Redecard) é uma adquirente de pagamentos brasileira, sendo atualmente a segunda maior do segmento[1]. É responsável pela captura, transmissão e liquidação financeira de transações com cartões de crédito, débito e de cartões de benefícios para refeição, alimentação, combustível, premiação e outros no território brasileiro. Oferece diversos produtos, máquina de cartão de crédito e débito, carteira digital e serviços a estabelecimentos comerciais credenciados.
Foi fundada em 1996, em um consórcio formado por Itaú, Unibanco e Citibank Brasil, a partir da cisão dos ativos de adquirência da Credicard. Desde 2012, é subsidiária integral do Itaú Unibanco.
História
[editar | editar código-fonte]Sua história inicia-se em 1970, quando foi criada a Credicard, uma empresa fundada pelo Citibank Brasil, Itaú e Unibanco que exercia simultaneamente as atividades típicas de bandeira, emissor e credenciadora. Em 1980, possuía 500 mil cartões emitidos e 120 mil estabelecimentos credenciados.
Em 1987, passou a emitir cartões da bandeira Mastercard e, em 1994, possuía 5 milhões de cartões. Ainda em 1987, lançou o primeiro cartão de débito do mercado brasileiro, o Redeshop.
Em 1996, seus negócios de adquirência foram segregados em uma nova empresa, batizada de Redecard. A nova empresa foi criada no modelo de consórcio e teve neste momento como seus controladores Citibank Brasil, Itaú, Unibanco e Mastercard[2]. A divisão da Credicard atendia a um pedido dos bancos controladores, que desejavam romper com a exclusividade da emissão de cartões com a bandeira Mastercard. Este desejo era especialmente do Unibanco, que, no ano anterior, adquirira o Banco Nacional e, desta forma, passou a comercializar cartões com bandeira Visa[3]. A Redecard, no entanto, aceitava apenas cartões de bandeira Mastercard, seguindo os passos da Visanet, que só aceitava cartões com bandeira Visa.
Em março de 2007, o consórcio Redecard, constituído pelos acionistas controladores e a Redecard, foi encerrado. Desta forma, seus ativos, direitos e obrigações foram integralmente transferidos para a Redecard. Em junho do mesmo ano, abriu seu capital na Bovespa. A oferta movimentou cerca de R$ 4,07 bilhões[4], acima das expectativas iniciais, de R$ 3,16 bilhões[5]. O IPO marcou a saída da Mastercard do capital da adquirente, tendo obtido cerca de US$ 86 milhões com a venda de sua participação[6].
Em 2009, tem fim o contrato de exclusividade firmado entre a adquirente e a Mastercard, em um esforço do CADE de quebrar o até então duopólio existente no mercado de adquirência brasileira (posteriormente, em 2010, o contrato de exclusividade da Visa com a Visanet, agora Cielo, foi igualmente rompido)[7]. Desta forma, em julho de 2010, a empresa passou a aceitar cartões de bandeira Visa[8].
Em outubro de 2012, a companhia deixa de ser uma empresa de capital aberto, após um de seus controladores, o Itaú Unibanco, obter com sucesso o fechamento do capital da empresa de pagamentos. A transação custou ao banco cerca de R$ 11,8 bilhões, e teve como objetivo, segundo o presidente do banco, Roberto Setubal, de "ganhar agilidade nos processos e reduzir o conflito de interesses nas negociações entre Itaú e Redecard"[9].
Em 2013, já como subsidiária do Itaú Unibanco, anunciou a reformulação de suas atividades, passando a operar com o nome Rede. O objetivo era se aproximar dos pequenos comerciantes, com suas novas soluções, como o Mobile Rede. Segundo o CEO Milton Maluhy Filho, o fechamento de capital da companhia ajudou nesta estratégia, abrindo espaço para um modelo que não precise gerar tantos lucros quanto resultados de longo prazo[10]
Em 2014, adquire o gateway de pagamentos maxiPago!, fundado em 2011 que tinha como foco o comércio eletrônico, atuando no Brasil, México, Argentina, Chile e Colômbia. O valor não foi divulgado e seguiu os passos da concorrente Cielo, que em 2011 havia adquirido o gateway Braspag[11].
Em 2017, com o fim da exclusividade do processamento das vendas com bandeira Elo pela Cielo, a companhia passa a aceitar esta forma de pagamento[12].
Bandeiras aceitas[13]
[editar | editar código-fonte]Alelo | American Express | Avancard | Bamex | Banescard | Ben |
BigCard | BIQ | Cabal | CDCard | ComproCard | CooperCard |
Credi | Diamante | Diners Club | Discover | Elo | Eucard |
Facecard | Goodcard | Greencard | Hipercard | JCB | LeCard |
Mastercard | Maxifrota | Maxxcard | Maxxcard | Nutricard | Nutricash |
OneCard | PersonalCard | RomCard | Senff | Sind | Sodexo |
Sorocred | Sorovale | System Farma | Ticket | UnionPay | Up |
Vegas Card | VeroCard | Visa | Volus | VR Benefícios | VS Card |
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Na guerra das maquininhas, o PagSeguro apostou em banco e agora acelera os planos». Bloomberg Línea Brasil. 12 de setembro de 2022. Consultado em 2 de julho de 2023
- ↑ Gamez, Milton (19 de abril de 1996). «Credicard cede aos bancos e é dividida». Folha de S.Paulo. Consultado em 1 de julho de 2023
- ↑ Gamez, Milton (14 de janeiro de 1996). «Mercado traça destino dos cartões». Folha de S.Paulo. Consultado em 1 de julho de 2023
- ↑ «Lançamento de ações da Redecard deve movimentar R$ 4,072 bilhões». Folha de S.Paulo. 12 de julho de 2007. Consultado em 1 de julho de 2023
- ↑ «Redecard abre capital e pretende captar R$ 3,16 bi na Bolsa». Folha de S.Paulo. 19 de junho de 2007. Consultado em 1 de julho de 2023
- ↑ «Alta do real ajuda MasterCard a mais que dobrar ganhos». Folha de S.Paulo. 30 de abril de 2008. Consultado em 1 de julho de 2023
- ↑ «Transações com cartão devem crescer 150%». Folha de S.Paulo. 5 de dezembro de 2009. Consultado em 1 de julho de 2023
- ↑ Matos, Carolina (1 de julho de 2010). «Cartões têm 1º dia sem exclusividade». Folha de S.Paulo. Consultado em 1 de julho de 2023
- ↑ Sciarretta, Toni (8 de fevereiro de 2012). «Itaú paga R$ 11,8 bi para absorver Redecard». Folha de S.Paulo. Consultado em 1 de julho de 2023
- ↑ Pereira Guimarães, Saulo (22 de outubro de 2013). «Itaú rebatiza Redecard de olho em pequenos comerciantes». Exame.com. Consultado em 1 de julho de 2023
- ↑ «Rede adquire maxiPago! com foco em comércio eletrônico». Época Negócios. 10 de setembro de 2014. Consultado em 1 de julho de 2023
- ↑ «Cade assina acordo para fim exclusividade entre Elo e Cielo». Veja. 28 de junho de 2017. Consultado em 1 de julho de 2023
- ↑ «Bandeiras e vale benefícios». Use Rede