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José Sarney Filho
Sarney Filho
Sarney Filho em 2016.
Secretário Distrital do Meio Ambiente do Distrito Federal
Período 1º de janeiro de 2019
até 1º de janeiro de 2023
Governador Ibaneis Rocha
Sucessor(a) Daniel Donizet
Deputado federal pelo Maranhão
Período 15 de março de 1983
a 1º de janeiro de 2019
(9 mandatos consecutivos)[a]
11.º e 16.º Ministro do
Meio Ambiente
do Brasil
Período 1.º- 1º de janeiro de 1999
a 5 de março de 2002
Presidente Fernando Henrique Cardoso
Antecessor(a) Gustavo Krause
Sucessor(a) José Carlos Carvalho
Período 2.º- 12 de maio de 2016
a 6 de abril de 2018
Presidente Michel Temer
Antecessor(a) Izabella Teixeira
Sucessor(a) Ricardo Salles
(interino Edson Duarte)
Secretário Estadual para Assuntos Políticos do Maranhão
Período 1988 a 1990
Governador Epitácio Cafeteira
Deputado estadual do Maranhão
Período 1º de fevereiro de 1979
a 1º de fevereiro de 1983
Dados pessoais
Nascimento 14 de junho de 1957 (67 anos)
São Luís, MA
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Marly Sarney
Pai: José Sarney
Alma mater Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Filhos(as) Adriano Sarney
Parentesco Fernando Sarney (irmão)
Jorge Murad (cunhado)
Roseana Sarney (irmã)
Partido ARENA (1970–1979)
PDS (1980–1986)
PFL (1986–2005)
PV (2005–presente)
Profissão advogado, político

José Sarney Filho GOMM (São Luís, 14 de junho de 1957), também conhecido como Zequinha Sarney,[2][3] é um advogado e político brasileiro, filiado ao Partido Verde (PV) e atualmente secretário do Meio Ambiente do Distrito Federal. Foi ministro do Meio Ambiente em duas ocasiões durante os governos Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer.[4] Pelo Maranhão, foi deputado federal por nove mandatos, secretário para Assuntos Políticos no governo Cafeteira e deputado estadual.

Nascido em uma família estreitamente ligada à política, José Sarney Filho é filho de José Sarney e de Marly Sarney. Seu pai exerceu o quinto mandato de senador e foi presidente da República entre 1985 e 1990. É também irmão da ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e do empresário Fernando Sarney.

Carreira política

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José Sarney Filho iniciou sua trajetória na vida pública ainda jovem pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA), em 1970. Eleito deputado estadual pelo Maranhão em 1978, migrou para o Partido Democrático Social (PDS) e foi eleito para o seu primeiro mandato de deputado federal em 1982. Por ocasião da sucessão presidencial deflagrada ao final do governo João Figueiredo, deixou o partido em 1986 e ingressou no Partido da Frente Liberal (PFL), atual União Brasil (União), e foi reeleito em 1986, 1990, 1994, 1998 e 2002.[3]

Afastou-se do mandato para ocupar os cargos de Secretário para Assuntos Políticos do Estado do Maranhão, em 1988 e entre 1989 e 1990, e de Ministro do Meio Ambiente no governo de Fernando Henrique Cardoso, a partir de 1º de janeiro de 1999. Em março do mesmo ano, foi admitido por FHC à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial.[1] Foi exonerado em 5 de março de 2002 após o rompimento de seu partido com o governo.[3]

Desde 2005, está filiado ao Partido Verde (PV) e foi reeleito em 2006, 2010 e 2014, sendo um de seus principais líderes no Congresso Nacional e estando em seu nono mandato consecutivo.[3]

Em maio de 2016, assumiu novamente o cargo de Ministro do Meio Ambiente, no governo interino de Michel Temer.[4][5] Em abril de 2018, deixou o ministério para se candidatar ao Senado Federal pelo Maranhão. No entanto, terminou a disputa em terceiro lugar, com aproximadamente 13% dos votos.[6] No segundo turno, Sarney Filho declarou apoio ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial.[7] Em novembro de 2018, foi anunciado para chefiar a pasta do meio ambiente, do governo do Distrito Federal. O convite foi feito pelo então governador eleito, Ibaneis Rocha (MDB).[8]

Escândalos envolvendo dinheiro público

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Sarney Filho em 2010 foi atingido pela Lei da Ficha Limpa. Sua candidatura chegou a ser impugnada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) do Maranhão. Ele foi acusado de abuso de poder econômico pelo fato de a prefeitura do município de Pinheiro, cujo prefeito era seu aliado, ter criado um link em sua página para a homepage do então deputado em 2006. O presidente do PV no Maranhão foi condenado a pagar uma multa e, segundo o MPE, isso o tornaria inelegível, conforme a lei complementar 135/2010. No entanto, após recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral, o deputado conseguiu manter o registro de sua candidatura.[9]

Em 2009, Sarney Filho foi investigado pelo Ministério Público por ter usado sua cota parlamentar de passagens aéreas para viajar com a família para o exterior. Entre julho de 2007 e julho de 2008, a Câmara pagou oito passagens para Marco Antônio Bogéa, colaborador do empresário Fernando Sarney, irmão do deputado.[10] Também utilizou uma aeronave da FAB para se deslocar a Fernando de Noronha para uma reunião de um dia, mas ficou quatro dias.[11] Sem vínculo funcional com a Casa, Bogéa usou a cota de Sarney Filho, à época líder do PV na Câmara.[necessário esclarecer]

Em setembro de 2015, a CPI da Petrobras recebeu das mãos do deputado Jorge Solla (PT-BA) cópias de documentos da contabilidade extraoficial da Odebrecht do fim da década de 1980 com registros de pagamento de propina a políticos das obras executadas naquela época. No material, entregue ao delegado Bráulio Cézar Galloni, coordenador-geral da Polícia Fazendária, constava o nome do deputado José Sarney Filho.[12] [13]

De seu primeiro casamento com Lucialice Cordeiro, José Sarney Filho teve três filhos: Adriano Sarney e os gêmeos Marcos e Gabriel. Seu quarto filho, Daniel Sarney, mora no Canadá, com a mãe, a antropóloga[14] Annette Leibing. Atualmente, Sarney Filho é casado com Camila Serra, mãe de seu quinto e último filho, João José Sarney, nascido em 2006.[15]

Notas

  1. Renuncia em 1º de janeiro de 2019 para assumir a Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal.

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 31 de março de 1999.
  2. Rangel, Rodrigo (4 de setembro de 2009). «Documento bancário prova favor de empreiteira à família Sarney». Veja. Consultado em 14 de janeiro de 2022 
  3. a b c d «Deputado Sarney Filho». Câmara dos Deputados. Consultado em 14 de agosto de 2016 
  4. a b Della Coletta, Ricardo (8 de junho de 2018). «Temer define Sarney Filho para ministério do Meio Ambiente». Época. Consultado em 14 de janeiro de 2022 
  5. «Sarney Filho (PV), ministro do Meio Ambiente do governo Temer». G1. São Paulo. 12 de maio de 2016. Consultado em 14 de janeiro de 2022 
  6. Lovisi, Pedro; Cristie, Ellen (8 de outubro de 2018). «Tradicional na política, família Sarney sofre derrota nas urnas neste domingo». Estado de Minas. Consultado em 14 de janeiro de 2022 
  7. Redacção (Agência O Globo) (6 de agosto de 2020). «Em crise e por sobrevivência, clã Sarney se aproxima do bolsonarismo». Mais Goiás. Consultado em 20 de setembro de 2022 
  8. Grigori, Pedro; de Paula, Alexandre (13 de novembro de 2018). «Novo secretário de Meio Ambiente do DF será Sarney Filho». Correio Braziliense. Consultado em 14 de janeiro de 2022 
  9. «TRE livra Zequinha Sarney de efeitos da lei Ficha Limpa». IstoÉ Dinheiro. 26 de julho de 2010. Consultado em 14 de janeiro de 2022 
  10. Redacção (11 de maio de 2009). «Câmara paga oito voos para investigado pela Polícia Federal». Correio Forense. Consultado em 20 de setembro de 2022 
  11. Redacção (14 de janeiro de 2018). «Sarney Filho viajou a Noronha com família em avião da FAB, diz site». Poder360. Consultado em 20 de setembro de 2022 
  12. Lopes, Lopes (23 de março de 2016). «Esquema de propina da Odebrecht funcionava desde governo Sarney». Portal UOL. Consultado em 22 de fevereiro de 2023 
  13. Gaspar, Malu (2020). A Organização. A Odebrecht e o esquema de corrupção que chocou o mundo. São Paulo: Companhia das Letras. p. 70. ISBN 978-85-3593399-4 
  14. Sistema de Currículos Lattes
  15. «Festa para o deputado Sarney Filho». CARAS. 20 de junho de 2007. Consultado em 14 de janeiro de 2022 

Ligações externas

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