Companhia Riograndense de Telecomunicações – Wikipédia, a enciclopédia livre

CRT
Companhia Riograndense de Telecomunicações
Razão social Companhia Riograndense de Telecomunicações
Empresa estatal (1962-1996)
Sociedade de economia mista (1996-1998)
Atividade Telecomunicações
Fundação 30 de dezembro de 1960
Encerramento dezembro de 2000
Sede Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Área(s) servida(s) Estado do Rio Grande do Sul (exceto região de Pelotas e Capão do Leão)
Proprietário(s) Governo do Estado do Rio Grande do Sul (1962-1996)
Telefónica (1996-2000)
Subsidiárias Celular CRT
Antecessora(s) Companhia Telefônica Nacional
Sucessora(s) Redes fixas: Brasil Telecom (atual Oi)
Redes móveis: Telefônica Celular (atual Vivo)

Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT) foi a empresa operadora de telefonia associada ao sistema Telebras[1] no estado do Rio Grande do Sul antes do processo de privatização em julho de 1998.

A CRT foi fundada em 30 de dezembro de 1960, pela Lei Estadual nº 4.073, durante o governo de Leonel Brizola.[2] Inicialmente possuía 51% das ações pertencentes ao Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com o restante pertencente à Companhia Telefônica Nacional (na época, uma filial da estadunidense International Telephone and Telegraph), que atuava no estado desde janeiro de 1950.[3] Posteriormente, em 16 de fevereiro de 1962, os 49% restantes pertencentes à Companhia Telefônica Nacional foram estatizados.[4][5][6][3]

Entre os anos de 1972 a 1998, a CRT foi associada ao sistema Telebras.[7] Em 1993, foi considerada pela revista Exame como a melhor empresa de serviços públicos do país.[8]

Operava os serviços de telefonia fixa e móvel (com o nome de Celular CRT) em todo o estado do Rio Grande do Sul, exceto nas cidades de Pelotas e Capão do Leão, que eram atendidas pela CTMR.

Em dezembro de 1996, a CRT teve 35% de seu capital arrematado por R$ 681 milhões pelo consórcio TBS (Tele Brasil Sul), formado pela empresa espanhola Telefónica, Portugal Telecom, Iberdrola, Grupo RBS e pelo banco Bilbao Vizcaya.[9] Em junho de 1998, o restante do capital da empresa foi adquirido por R$ 1,7 milhão.[4] No entanto, como a Telefónica já havia adquirido a Telesp no mesmo ano, não pôde continuar como sócia majoritária da CRT.[4] Em julho de 2000, a Telefónica anunciou a venda da CRT para a Brasil Telecom pelo valor de US$ 800 milhões, sendo incorporada à empresa em dezembro do mesmo ano.[10] Em 2008, a Brasil Telecom foi vendida à Oi.[8] O sistema celular continuou como Telefônica Celular, que em 2003 foi uma das formadoras da Vivo.[11]

Referências

  1. «LEI Nº 5.792, DE 11 DE JULHO DE 1972 - Autoriza o Poder Executivo a constituir a empresa Telecomunicações Brasileiras S/A. - TELEBRÁS». Presidência da República 
  2. «Lei Estadual Nº 4.073, de 30 de dezembro de 1960» 
  3. a b «Vozes do Passado». Um sonho sonhado junto: os 40 anos da ASTTI. Porto Alegre: Associação dos Profissionais de Telecomunicações e Tecnologia da Informação (ASTTI). 2020 
  4. a b c Gerchmann, Léo (21 de junho de 2000). «Brizola estatizou empresa em 60». Folha de S.Paulo. Consultado em 7 de fevereiro de 2023 
  5. ALMEIDA, PAULO ROBERTO DE (1 de janeiro de 2017). O homem que pensou o brasil. [S.l.]: Appris Editora e Livraria Eireli - ME. ISBN 9788547304850 
  6. «IBGE | Biblioteca | Detalhes | Empresas telefônicas». biblioteca.ibge.gov.br. Consultado em 1 de agosto de 2021 
  7. Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do Brasil. «TELEBRAS». Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 22 de agosto de 2019 
  8. a b «1973: confira a foto da inauguração do primeiro orelhão de Porto Alegre». GaúchaZH. 8 de fevereiro de 2019. Consultado em 22 de agosto de 2019 
  9. Lobato, Elvira (2 de agosto de 1998). «Sorte, ousadia e intrigas marcaram leilão das teles». Folha de S.Paulo. Consultado em 7 de fevereiro de 2023 
  10. «Brasil Telecom compra a CRT por US$ 800 milhões». Folha de Londrina. Consultado em 18 de novembro de 2020 
  11. Teleco.com.br. «Aquisições da Vivo». Consultado em 2 de agosto de 2021 

Ligações externas

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