Estação Ferroviária de Queluz-Belas – Wikipédia, a enciclopédia livre
Queluz-Belas | |||||||||||||||||
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Identificação: | 60103 QUE (Queluz-Belas)[1] | ||||||||||||||||
Denominação: | Apeadeiro de Queluz-Belas | ||||||||||||||||
Classificação: | A (apeadeiro)[1] | ||||||||||||||||
Linha(s): | Linha de Sintra (PK 12+054) | ||||||||||||||||
Coordenadas: | |||||||||||||||||
38° 45′ 31,32″ N, 9° 15′ 24,16″ O | |||||||||||||||||
Município: | Sintra | ||||||||||||||||
Serviços: | |||||||||||||||||
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Coroa: | Coroa 1 Navegante | ||||||||||||||||
Conexões: | |||||||||||||||||
Equipamentos: | |||||||||||||||||
Inauguração: |
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Website: |
A Estação Ferroviária de Queluz-Belas, originalmente denominada de Queluz-Bellas, e conhecida habitualmente apenas como de Queluz, é uma gare ferroviária da Linha de Sintra, que serve a cidade de Queluz e a vila de Belas, no Município de Sintra, em Portugal. Está integrada na rede dos comboios urbanos de Lisboa.
Descrição
[editar | editar código-fonte]Localização
[editar | editar código-fonte]A estação tem acesso pelo Rua Doutor José Alberto Ferraz e Rotunda Almoxarife João Crisóstomo a norte da linha ferroviária e pela Rua Dona Maria I e Avenida António Enes, todas elas na localidade de Queluz.[2] Dispõe de dois átrios desnivelados à via férrea, um elevado e outro inferior, interligando assim os arruamentos circundantes neste local de pendor acentuado.[carece de fontes]
Contígua à estação, na direcção de Sintra, situa-se uma ponte ferroviária que passa sobre a EN 117 e sobre o Rio Jamor, encanado neste curto segmento.[carece de fontes]
Serviços
[editar | editar código-fonte]Esta estação é servida por comboios de passageiros da CP: urbanos (Linha de Sintra).[3]
História
[editar | editar código-fonte]Inauguração
[editar | editar código-fonte]Encontra-se no troço da Linha de Sintra entre as Estações de Alcântara-Terra e Sintra, que entrou ao serviço em 2 de Abril de 1887.[4]
Ligações previstas a Idanha-Belas e à Ericeira
[editar | editar código-fonte]Em finais de 1894, foi pedida a concessão para um caminho de ferro do tipo americano, com tracção a vapor, desde a estação de Queluz-Belas até à Ericeira, servindo Mafra,[5] projecto que no ano seguinte já tinha sido autorizado.[6] Esta linha nunca chegou a ser construída.[carece de fontes]
Em 1897, o prior de Belas, Monsenhor Serrano, apresentou um projecto para construir um caminho de ferro entre Queluz e Belas, no sistema de trenvias, embora tenha desistido da concessão em 1898.[7]
Ainda em 1898, o empresário Eurico Allen apresentou ao Conselho Superior de Obras Públicas e Minas um requerimento para construir uma ligação ferroviária, ligando esta estação a Idanha[8] (localidade da freguesia de Belas). No ano seguinte, pediu que a concessão desta linha, em via estreita, fosse prolongada até à Ericeira, servindo várias povoações pelo caminho.[9] Também esta linha nunca chegou a ser construída.[carece de fontes]
Século XX
[editar | editar código-fonte]Em 1913, existia um serviço de diligências entre Belas e a estação de Queluz.[10]
Esta estação é a primeira das quatro referidas por Fernando Pessoa no seu poema “Anti-Gazetilha” (Sol 1926.11.13; mais tarde incluída como “O Comboio Descendente” em numerosas antologias e musicada nos anos 1980 por Zé Mário Branco), que descreve um sinuoso e improvável «comboio descendente» que segue de «Queluz à Cruz Quebrada», «da Cruz Quebrada a Palmela», e «de Palmela a Portimão».[11][12]
No concurso do ajardinamento das estações da Linha de Sintra, a estação de Queluz-Belas recebeu o quinto prémio em 1933,[13] o quarto prémio em 1934,[14] e o segundo prémio em 1936.[15]
Em 25 de Outubro de 1949, foi organizado um comboio especial de Queluz ao Luso, para transportar o General Franco numa visita a Portugal.[16]
Durante o projecto de modernização e electrificação da Linha de Sintra, em 1957,[17] foram instalados relés do tipo DRS e agulhas motorizadas em várias estações, incluindo Queluz.[18]
Século XXI
[editar | editar código-fonte]Em Dezembro de 2002, foram concluídas as obras de remodelação da estação de Queluz-Belas, terminando desta forma a quadruplicação da Linha de Sintra até Queluz-Massamá.[19]
nome anterior | nome novo |
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Queluz-Massamá | Monte Abraão |
Tercena-Barcarena | Massamá-Barcarena |
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Comboios de Portugal
- Infraestruturas de Portugal
- Transporte ferroviário em Portugal
- História do transporte ferroviário em Portugal
Referências
- ↑ a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ «Queluz-Belas». Comboios de Portugal. Consultado em 24 de Junho de 2016
- ↑ «Horário Resumo Urbanos de Lisboa < > Azambuja/Sintra» (PDF). CP - Comboios de Portugal. 11 de dezembro de 2022. Consultado em 8 de outubro de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 8 de outubro de 2023
- ↑ TORRES, Carlos (16 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1682). p. 61-64. Consultado em 17 de Setembro de 2014
- ↑ «Efemérides» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1226). 16 de Janeiro de 1939. p. 81-85. Consultado em 17 de Setembro de 2014
- ↑ «Há Quarenta Anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1133). 1 de Março de 1935. p. 108. Consultado em 17 de Setembro de 2014
- ↑ «Há Quarenta Anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 50 (1217). 1 de Setembro de 1938. p. 409. Consultado em 17 de Setembro de 2014
- ↑ «Há Quarenta Anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 50 (1215). 1 de Agosto de 1938. p. 370. Consultado em 17 de Setembro de 2014
- ↑ «Há Quarenta Anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1231). 1 de Abril de 1939. p. 198-199. Consultado em 17 de Setembro de 2014
- ↑ «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 23 de Fevereiro de 2018
- ↑ Jerónimo Pizarro: “Sobre a primeira gazetilha de Álvaro de Campos” Pessoa Plural 1: 320-334. ISSN 2212-4179
- ↑ Alice Áurea Penteado Martha: “Fernando Pessoa e Cecília Meireles: o encontro entre poesia e criança” Espéculo: Revista de estudios literarios (Universidad Complutense de Madrid) 30
- ↑ CARREIRO, Jacinto (16 de Junho de 1933). «A Linha de Sintra e os seus jardins» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 46 (1091). p. 337-339. Consultado em 17 de Setembro de 2014
- ↑ «O ajardinamento da Linha de Sintra» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 46 (1116). 16 de Junho de 1934. p. 308-309. Consultado em 17 de Setembro de 2014
- ↑ «Ajardinamento da Linha de Sintra» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 48 (1164). 16 de Junho de 1936. p. 338. Consultado em 17 de Setembro de 2014
- ↑ «Figuras Ferroviárias: Engenheiro José de Sousa Nunes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1639). 1 de Abril de 1956. p. 179. Consultado em 20 de Dezembro de 2016
- ↑ REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. p. 124. ISBN 989-619-078-X
- ↑ MARTINS et al, 1996:158
- ↑ «Queluz-Belas - Linha de Sintra». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 15 de Julho de 2016
- ↑ Fátima Campos; Nadir Fernandes: “Estações da CP da Linha de Sintra têm nomes desadequados : Existe em Monte Abraão uma estação da CP denominada Queluz-Massamá e em Massamá a estação tem o nome de Barcarena.” Correio da Manhã (2004.08.27): Interpelação da Junta de Monte Abraão e resposta da Refer
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas