Mocidade Independente de Padre Miguel – Wikipédia, a enciclopédia livre
Mocidade Independente de Padre Miguel | |
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Fundação | 10 de novembro de 1955 (69 anos) [1][2] |
Escola-madrinha | Beija-Flor de Nilópolis[3][4] |
Cores | |
Símbolo | Estrela de cinco pontas[2][5] Castor (mascote) |
Bairro | Padre Miguel[1][2] |
Presidente | Flávio Santos[6] |
Presidente de honra | Rogério Andrade[6] |
Desfile de 2025 | |
Enredo | Voltando para o futuro – Não há limites pra sonhar |
Grêmio Recreativo Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel (ou simplesmente Mocidade Independente de Padre Miguel) é uma escola de samba da cidade do Rio de Janeiro, localizada na Zona Oeste. Atualmente possui duas quadras, uma histórica próximo a Vila Vintém e ao Ponto Chic (logradouro famoso da região), e outra localizada na Avenida Brasil notadamente conhecida como o "Maracanã do samba", no bairro de Padre Miguel.[7] Dona de seis campeonatos no grupo especial (1979[8], 1985[9], 1990[10], 1991[11], 1996[12], 2017[13]) e um campeonato no segundo grupo em 1958. Atualmente a escola ocupa o posto de sétima maior vencedora do Carnaval do Rio de Janeiro.
A agremiação foi fundada em 10 de novembro de 1955 por Sílvio Trindade, Renato da Silva, Djalma Rosa, Olímpio Bonifácio (Bronquinha), Ary de Lima, Jorge Avelino da Silva , Orozimbo de Oliveira (Seu Orozimbo), Garibaldi F. Lima, Felipe de Souza (Pavão), José Pereira da Silva (Mestre André) e Alfredo Briggs, tendo iniciado a partir do grupo que que compunha o time de futebol amador da época, o Independente Futebol Clube.[14] Com um início sem tantos recursos e mais focado na qualidade percussiva de seus ritmistas, a Mocidade vai passar pela década de 60 mais conhecida por sua bateria. [9]No entanto seu crescimento passaria por uma grande virada, quando no fim de 1973, ela passou a ser patrocinada pelo bicheiro Castor de Andrade, seu grande torcedor.
Com um apelido que em nada invoca sutileza, “Maracanã do samba” é o título da maior quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel, inaugurada oficialmente à beira da Avenida Brasil. Conquistada no dia 1 de setembro de 2012, a nova quadra da Mocidade é moderna e tem 33 mil metros quadrados, e capacidade para receber cerca de 12 mil pessoas. São quase 1.700 metros quadrados só de térreo, além de 28 camarotes no segundo andar, o maior deles com 32 metros quadrados e com capacidade para até 50 pessoas. Fora as duas mil vagas de estacionamento e das vagas exclusivas para convidados Vips (com acesso direto aos camarotes). Sendo assim, a Mocidade fica também com o título de maior quadra entre todas as escolas de samba do Rio de Janeiro.[15][16] Em 2022, a Mocidade foi declarada como patrimônio cultural de natureza imaterial do Estado do Rio de Janeiro.[17] Em 2024, a bateria da escola também foi declarada patrimônio cultural imaterial do estado.[18]
Lugar de origem
[editar | editar código-fonte]Padre Miguel, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, é o lugar de origem da Mocidade Independente, que tem o bairro gravado em seu nome.[19][20] As terras correspondentes ao bairro faziam parte da Fazenda Água Branca, pertencente à família Barata, que obteve vastas sesmarias que chegavam até a base do Maciço de Gericinó.[20][21] Com o passar do tempo, a fazenda de Água Branca foi desmembrada, dando origem a vários loteamentos, atravessados pela Avenida Brasil.[21]
A agremiação também tem forte ligação com a favela de Vila Vintém, localizada entre os bairros de Realengo e Padre Miguel.[20][22] São recorrentes nos sambas da Mocidade, citações ao bairro de Padre Miguel e à favela de Vila Vintém, como nos sambas de 1990 ("Sou Independente / Sou raiz também / Sou Padre Miguel / Sou Vila Vintém"); de 2010 ("Luz independente, me leva pro céu / Sou Mocidade, sou Padre Miguel"); de 2017 ("Vem pro Marrocos, meu bem / Vem minha Vila Vintém / Sonha Mocidade"); entre outros.[2]
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]Independente Futebol Clube
[editar | editar código-fonte]No dia 2 de março de 1952, um grupo de amigos fundou o time de futebol de várzea Independente Futebol Clube (IFC).[5] Parte de seus jogadores residia no Conjunto Residencial Cardeal Dom Jaime Câmara (Na época, chamado IAPI de Padre Miguel).[3] Por conta de suas cores - verde e branco - o time foi apelidado de "arroz com couve", apelido herdado, mais tarde, pela escola de samba.[3][5] Em pouco tempo, o clube já disputava diversos campeonatos pela cidade.[23] Cresceu a ponto de ter três categorias: primeiro quadro, segundo quadro e juvenil.[5] Após as partidas, era comum os jogadores se reunirem numa roda de samba improvisada.[3] O lugar preferido para a confraternização era no Ponto Chic, local que abriga bares e lojas de comércio em geral, além de palco para festas e manifestações culturais.[19] Técnico do Independente, José Pereira da Silva (mais tarde conhecido como Mestre André), compôs o grito de guerra do time ("Oh, minha gente, acaba de chegar / O Independente saudando o povo do lugar / Não é marra não, nem é bafo de boca / O Independente chegou / Deixando a moçada com água na boca").[5][22]
Mocidade do Independente
[editar | editar código-fonte]Um ano após a fundação do time, os integrantes decidiram criar um bloco de carnaval. Em 1953, foi fundado o Bloco Carnavalesco Mocidade do Independente.[5] No mesmo ano, realizou o seu primeiro desfile, com um enredo em homenagem ao bairro de Padre Miguel e samba composto por Tião Marino, goleiro do Independente.[22] O primeiro mestre de bateria do bloco foi Ivan Bojudo, irmão de Ivo Lavadeira, um dos fundadores do time de futebol.[5] Mestre André era o mestre-sala (na época, chamava-se baliza) do bloco.[5] No carnaval de 1954, um dos sambas cantados foi "Perdi meu amor", também de Tião Marino.[22] Em 1955, um fato culminou na fundação da escola de samba. Os blocos Mocidade do Independente e Unidos de Padre Miguel (mais tarde também escola de samba) disputavam o título de melhor bloco da região.[22] De cores vermelho e branco, o Unidos de Padre Miguel era conhecido como Boi Vermelho, e tinha grande rivalidade com a Mocidade.[5] No momento de anunciar o bloco vencedor, o político Waldemar Vianna de Carvalho, ciente da popularidade dos dois blocos e tentando agradar a todos os foliões, anunciou o Unidos de Padre Miguel como melhor bloco e a Mocidade do Independentes como melhor escola de samba da região.[5][24] Naquele ano, a Mocidade desfilou com um enredo sobre Getúlio Vargas, e mais um samba composto por Tião Marino.[22]
Fundação
[editar | editar código-fonte]A Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel foi oficialmente fundada em 10 de novembro de 1955.[1][25] Entre seus fundadores estão Silvio Trindade (Tio Vivinho), Ivo Lavadeira, José Pereira da Silva (Mestre André), Tião Marino, Renato da Silva, Djalma Rosa, Alfredo Briggs Filho, Olímpio Bonifácio (Bronquinha), Orozimbo de Oliveira (Seu Orozimbo), Altamiro Menezes (Cambalhota), Geraldo de Souza (Prego), Garibaldi Faria Lima, entre outros.[1][25] Sílvio Trindade, conhecido como Tio Vivinho foi eleito o primeiro presidente da agremiação. Também foram escolhidos: Renato Ferreira da Silva como vice-presidente; Djalma Rosa Pereira como secretário geral; e Olímpio Bonifácio como tesoureiro.[1][5]
Nome, cores, símbolo e apadrinhamento
[editar | editar código-fonte]O nome da escola foi adaptado do Bloco Mocidade do Independente. Foram mantidas as cores verde e branco do Bloco. O símbolo da Mocidade é uma estrela de cinco pontas. Por isso, a escola é apelidada de "estrela-guia da Zona Oeste".[5] Não se sabe o motivo ou quem escolheu o símbolo. Diversos sambas da escola fazem referência ao símbolo e às cores da agremiação, como, por exemplo, os sambas de 1990 ("Meu ziriguidum fez brilhar no céu / A estrela guia de Padre Miguel"); 1997 ("Nos teus olhos vejo minha estrela brilhar"); 2006 ("Sou a onda que te leva nesta folia / Um verde e branco mar de energia"); 2007 ("Da emoção eu faço a arte / Em verde e branco, com a Mocidade"); entre outros.[2]
A escola-madrinha da Mocidade é a Beija-Flor de Nilópolis.[3] A festa de batizado foi realizada em 20 de janeiro de 1957, na quadra da Mocidade. No livro de atas da escola, consta um relato sobre o apadrinhamento ("A Escola de Samba Mocidade Independente de Padre Miguel se sente honrada em receber a Beija-Flor, a quem mui amigavelmente convidamos para ser nossa madrinha [...] Seja, pois, esta data um forte elo, o que nos envaidece". A ligação entre as duas escolas foi intermediada pelo compositor Ari de Lima. Frequentador da Beija-Flor, Ari foi levado, por Tio Vivinho, para a Mocidade, onde escreveu os primeiros enredos da escola.[4]
Bandeira
[editar | editar código-fonte]A bandeira, ou pavilhão, da escola possui dezesseis raios intercalados (oito verdes e oito brancos), partindo de duas circunferências concêntricas centrais (uma branca e outra amarelo-ouro) em direção às extremidades da bandeira. Na circunferência branca, a inscrição "Mocidade Independente de Padre Miguel", com letras de cor verde. Dentro da circunferência branca, uma outra circunferência, de cor amarelo-ouro, onde está o símbolo da escola, uma estrela de cinco pontas na cor verde. Dentro da estrela, um círculo central, de cor branca, com a inscrição "G.R.E.S." (Grêmio Recreativo Escola de Samba), em letras verdes. Abaixo das circunferências, no raio inferior central, fica inscrito o ano de confecção do pavilhão. A bandeira pode sofrer pequenas variações a cada ano, como por exemplo, as cores das circunferências e as disposições de cores dos raios. Desde 2014, quando Rogério Andrade (sobrinho de Castor de Andrade), assumiu a agremiação, a bandeira da escola apresenta o desenho de um pequeno castor, na cor preta. A estrela de 5 pontas foi desenhada pelo artista Gilberto Arantes, hoje falecido.
História
[editar | editar código-fonte]Em 1956, apresentou o enredo "Castro Alves", novamente num desfile local.
Em 1957, na Praça Onze, participou pela primeira vez do desfile oficial no Rio de Janeiro, com o enredo "O Baile das Rosas" conquistando o 5° lugar no grupo de acesso. Em 1958, foi campeã do grupo de acesso com o enredo "Apoteose ao Samba", mas o que realmente marcou esse carnaval foi que nele foi realizado, pela primeira vez sob o comando de Mestre André, a célebre "paradinha da bateria" em frente à comissão julgadora. O povo então foi ao delírio, mais tarde, a acompanhar a tal "bossa" com o grito de "Olé". Durante este período, a Mocidade era conhecida como "uma bateria que carregava a escola nas costas", pois a bateria era mais conhecida do que a própria escola, só alguns anos depois teve condições de competir com as grandes da época (Portela, Mangueira, Salgueiro, e Império Serrano). A partir da "paradinha" feita por Mestre André, a "paradinha" foi aderida anos depois pelas outras escolas de samba, e hoje em dia todas as baterias das escolas de samba do Rio de Janeiro e do Brasil a fazem.
No ano de 1974, com o carnavalesco Arlindo Rodrigues, apresentou o enredo "A festa do Divino", tirando um 5° lugar. Mas neste ano ela poderia ter ganhado o campeonato, se não tirasse uma nota 4 em fantasia - o que foi considerado um escândalo, na época, visto que Arlindo era conhecido e consagrado pelo bom gosto e requinte nas fantasias. A campeã Salgueiro teve apenas 4 pontos a mais que a Mocidade, ou seja, um simples 8 em fantasias daria o título à Padre Miguel, visto que no quesito de desempate, bateria, o Salgueiro tinha 9 e a Mocidade 10.
Desde então, a escola deixava de ser conhecida apenas por sua bateria, para impor-se como grande escola de samba. Em 1975, a Mocidade vence pela primeira vez as "quatro grandes", num desfile realizado em outubro durante o congresso da ASTA - American Society of Travel Agents, no Rio de Janeiro, em que as escolas do grupo principal realizaram um desfile competitivo, a Mocidade foi campeã.[26][27]
Em 1976, por ironia, a Mocidade empatou em segundo lugar, com a Mangueira, e perdeu o desempate por ter um ponto a menos na nota da tão famosa bateria nota 10. Em 1979, ainda com Arlindo Rodrigues, a Mocidade conquista o seu primeiro campeonato com "O Descobrimento do Brasil". No ano seguinte, assumiu o carnaval Fernando Pinto, produzindo desfiles considerados pela crítica como excepcionais, projetando-se assim como um dos mais criativos e inventivos carnavalescos já conhecidos.[28]
No primeiro ano de Fernando Pinto na Mocidade, em 1980, a escola conquistou um segundo lugar com o enredo "Tropicália Maravilha". Em 1983, a Mocidade recebe o Estandarte de Ouro de melhor comunicação com o público com o enredo "Como era verde o meu Xingu". Fernando permaneceu na escola até 1987, ano de sua morte, e fez grandes carnavais na Mocidade na década de 1980: além de "Tupinicópolis", deu à escola o título de 1985, com "Ziriguidum 2001". Nesse carnaval, a Mocidade entraria na Avenida com um enredo futurista, projetando o carnaval do próximo século.[28]
Década de 1990
[editar | editar código-fonte]Na década de 1990, a Mocidade passaria ao comando de Renato Lage, que consagrou a escola em três anos: em 1990, contando sua própria história ("Vira Virou, a Mocidade Chegou"); em 1991, falando sobre a água ("Chuê, Chuá… As Águas Vão Rolar"); e em 1996 ("Criador e Criatura").
- 1992: "Sonhar não Custa Nada, ou Quase Nada"
Trecho do histórico samba-enredo de 1992 da Mocidade na voz de Paulinho Mocidade. | |
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Tentando conquistar o tricampeonato consecutivo para a Mocidade, Renato Lage e Lilian Rabello desenvolveram um enredo sobre os sonhos, abordando também os pesadelos e a insônia. Grávida, Babi se afastou da escola, sendo substituída pela segunda porta-bandeira, Lucinha Nobre.[29] O samba-enredo do desfile, composto pelo intérprete Paulinho Mocidade junto com Dico da Viola e Moleque Silveira, fez sucesso no carnaval, sendo bastante executado nas rádios,[30] além de ser constantemente listado entre os melhores da história da folia carioca.[31][32][33][34] A Mocidade foi a quinta escola das sete agremiações que se apresentaram na segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial de 1992. Apontada por especialistas como favorita ao tricampeonato antes mesmo do desfile, a Mocidade entrou confiante na avenida. Antes de começar o samba, Paulinho Mocidade pediu perdão às escolas concorrentes e anunciou que estava entrando na avenida a campeã de 1992. Já durante o desfile, muitos componentes alteravam a letra do samba, cantando "Eu vejo a lua no céu / A Mocidade ser tri / De verde e branco na Sapucaí". O público presente no sambódromo também saudou a escola com gritos de "tricampeã".
O desfile abordou diversos tipos de sonho, como "o sonho infantil", "o sonho dourado do poder", "o sonho do amor perfeito" e "o sonho erótico", representado por uma ousada alegoria com a reprodução de um falo rosa gigante. Em pesquisa realizada pelo IBOPE com o público no Sambódromo, a Mocidade foi eleita a melhor escola do ano.[35] Especialistas elogiaram a apresentação, listando Mocidade e Estácio de Sá como as favoritas ao título.[36][37] Confirmando a expectativa, as duas escolas foram as primeiras colocadas. A Mocidade foi a vice-campeã do carnaval de 1992 com 1,5 pontos de diferença para a campeã, Estácio de Sá. A escola conseguiu a pontuação máxima na maioria dos quesitos. O histórico samba-enredo foi o quesito mais despontuado da escola, perdendo 1,5 pontos. Uma das juradas, Fernanda de Tolda, argumentou que o samba "não tinha criatividade na melodia". A Mocidade ainda foi penalizada em Comissão de Frente, Enredo, Evolução e Harmonia.[38] A escola recebeu o Estandarte de Ouro de melhor bateria.[39] Após o carnaval, a Mocidade dispensou a carnavalesca Lilian Rabello, que havia se separado de Renato Lage durante os preparativos para 1992.[40]
- 1993: "Marraio Feridô Sou Rei"
Quinta escola das sete agremiações que se apresentaram na primeira noite (domingo) do Grupo Especial de 1993, a Mocidade realizou um desfile sobre jogos de todos os tipos, desde as Olimpíadas na Grécia Antiga até os modernos games eletrônicos.[41] Especialistas elogiaram o desfile, listando a escola entre as favoritas ao título de campeã do ano. Entre os destaques apontados estavam a Comissão de Frente, formada por homens negros altos jogando basquete em referência ao Dream Team estadunidense campeão da Olimpíada de Barcelona em 1992; e a alegoria "Diversões Eletrônicas", que tinha uma grande escultura de um menino jogando videogame, usando um óculos 3D cujas lentes eram televisores de verdade. A alegoria ainda emitia sons de videogame. Em sua crítica, o jornal O Globo apontou que a escola fez um desfile "para ser admirado [...] mostrando nos carros surpreendentes e no luxo das fantasias suas armas para recuperar o título. Só faltou um samba para levantar as arquibancadas. O puxador Paulinho Mocidade bem que se esforçou, mas o público não acompanhou" [...] "mas os aplausos acompanharam o desfile o tempo todo".[42] Segundo o Jornal do Brasil, a escola realizou "um desfile impecável em que esbanjou animação e mostrou como um samba pode crescer na avenida".[43] Lucinha Nobre, que desfilou como segunda porta-bandeira, após o retorno de Babi ao primeiro posto, recebeu o Estandarte de Ouro de melhor porta-bandeira. A Mocidade ainda recebeu o Estandarte de Ouro de melhor ala e de Revelação para o segundo mestre-sala, Rogerinho.[44] Com o desfile, a escola obteve o quarto lugar do carnaval de 1993, garantindo sua classificação para o Desfile das Campeãs. A escola conseguiu a pontuação máxima na maioria dos quesitos. Os quesitos mais despontuados foram Harmonia e Samba-enredo, com a perda de 1,5 pontos em cada.[45]
- 1994: "Avenida Brasil - Tudo Passa, Quem não Viu?"
Durante a preparação para o carnaval de 1994, o patrono da Mocidade - Castor de Andrade - foi preso durante uma operação em que vários contraventores foram detidos, incluindo presidentes de outras agremiações.[46] José Roberto Tenório foi eleito presidente da escola. Wander Pires, que já fazia parte do time de cantores de apoio da agremiação, assumiu o posto de intérprete oficial, substituindo Paulinho Mocidade, que se desligou da escola. Também houve troca no comando da Comissão de Frente, com a chegada de Claudia Ribeiro. A segunda porta-bandeira, Lucinha Nobre, voltou ao primeiro posto, substituindo Babi. Sétima e penúltima escola a se apresentar na primeira noite (domingo) do Grupo Especial, a Mocidade realizou um desfile sobre a Avenida Brasil.[47] Especialistas divergiram sobre a apresentação. Em sua crítica, a Folha de S.Paulo apontou que a Mocidade fez um desfile "correto" e "sem despertar maior entusiasmo".[48] O Globo elogiou o desfile, classificado como "criativo e animado", apontando que "a bateria fez várias paradinhas e foi ovacionada".[49] Para o Jornal do Brasil o "show da bateria não conseguiu animar o público".[50] Com o desfile, a Mocidade se classificou em oitavo lugar, ficando de fora do Desfile das Campeãs, algo que não acontecia desde 1989. A escola só conseguiu a pontuação máxima nos quesitos Alegorias e Comissão de Frente, perdendo muitos pontos nos demais quesitos. O quesito mais despontuado foi Samba-enredo, onde perdeu 2,5 pontos.[51]
- 1995: "Padre Miguel, Olhai por Nós"
Para o carnaval de 1995, Renato Lage desenvolveu um enredo sobre a religiosidade brasileira. Mestre Coé assumiu o comando da bateria; enquanto o segundo mestre-sala, Rogerinho, foi promovido ao posto de primeiro, substituindo Alexandre.[52] A Mocidade foi a quarta escola a se apresentar na segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial. A imprensa especializada elogiou o desfile, listando a Mocidade entre as favoritas ao título de campeã. Em sua crítica, a Folha de S.Paulo apontou que "a Mocidade fez a apresentação mais aplaudida da segunda noite. Empolgou o público apoiada na performance da bateria, no bom desenvolvimento do enredo e na qualidade das alegorias, muitas com efeitos especiais".[53] Segundo O Globo, "da impecável comissão de frente aos efeitos pirotécnicos, a escola desfilou para disputar título e foi uma das mais aplaudidas".[54] A Mocidade recebeu o Troféu Manchete de melhor escola do ano, [55] e o prêmio Estandarte de Ouro de melhor enredo.[56] Com o desfile, a Mocidade obteve o quarto lugar, se classificando para o Desfile das Campeãs.[57] A escola conseguiu a pontuação máxima na maioria dos quesitos. As exceções foram Conjunto e Harmonia, com a perda de meio ponto em cada.[58]
- 1996: "Criador e Criatura"
Jorge Pedro Rodrigues assumiu a presidência da escola, mantendo a mesma equipe dos anos anteriores. Renato Lage desenvolveu um enredo sobre os grandes inventores e as famosas criações bíblicas e humanas. A Mocidade foi a oitava e penúltima escola a se apresentar na primeira noite (domingo) do Grupo Especial de 1996. O desfile começou com o dia claro após quase duas horas de atraso devido à dificuldade para retirar as alegorias das escolas anteriores da dispersão. Por causa do atraso, diversos efeitos luminosos não foram notados na luz do dia.[59] A escola foi saudada pelo público presente no Sambódromo com gritos de "campeã".[60] Com nota 9,4, a Mocidade foi a agremiação mais bem avaliada em pesquisa realizada pelo IBOPE com o público no Sambódromo, vencendo a Imperatriz, que ficou em segundo lugar com nota 9,2.[61] Especialistas elogiaram o desfile, apontando Mocidade e Imperatriz como as favoritas ao título de campeã.[62][63] Confirmando a expectativa, Mocidade e Imperatriz travaram uma acirrada disputa pelo título.[64] A Mocidade venceu o carnaval de 1996 com meio ponto de vantagem sobre a Imperatriz, conquistando seu quinto título de campeã.[65] A escola foi campeã com a pontuação máxima. Dos cinquenta julgadores do carnaval, apenas cinco não deram nota máxima à escola, sendo que as cinco notas foram descartadas, seguindo o regulamento do ano, que determinava o descarte das menores notas de cada quesito.[66] No Desfile das Campeãs, a escola desfilou de madrugada, conseguindo mostrar os efeitos especiais e luminosos de suas alegorias.[67] A Mocidade foi premiada com o Estandarte de Ouro de melhor enredo,[68] enquanto Renato Lage recebeu o Troféu Manchete de melhor carnavalesco.[69]
- 1997: "De Corpo e Alma na Avenida"
Tentando conquistar o bicampeonato consecutivo, a Mocidade escolheu um enredo sobre o corpo humano.[70] A escola foi a quinta das oito agremiações que se apresentaram na segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial de 1997. Especialistas elogiaram a apresentação, listando a escola entre as favoritas ao título.[71][72] Entre os destaques apontados estavam o samba "contagiante" e as alegorias criativas de Renato Lage. A partir de uma ideia do carnavalesco, Lucinha e Rogerinho desfilaram com fantasias inspiradas em figurinos de balé clássico. Lucinha executou passos de balé e usava sapatilha e roupa curta, mostrando as pernas, diferente da clássica roupa de porta-bandeira, que vai até o chão. Ao final da apresentação, componentes tiveram que diminuir o ritmo de desfile para não finalizar o cortejo antes do tempo mínimo estipulado pelo regulamento.[73] A escola iniciou e terminou seu desfile sendo saudada pelo público com gritos de "bicampeã".[74] Em pesquisa realizada pelo IBOPE, a Mocidade foi a agremiação mais bem avaliada pelo público presente no Sambódromo.[75] A Mocidade recebeu o Troféu Manchete de melhor escola do ano,[76] e os Estandartes de Ouro de melhor intérprete para Wander Pires e de melhor samba-enredo.[77] A Mocidade foi vice-campeã do carnaval de 1997 por meio ponto de diferença para a campeã, Unidos do Viradouro. A escola conseguiu a pontuação máxima em quase todos os quesitos, com exceção de Harmonia, onde perdeu o meio ponto que lhe tirou o bicampeonato.[78] Em 11 de abril de 1997, morreu o patrono da escola, Castor de Andrade, aos 71 anos de idade, vítima de ataque cardíaco.[79]
- 1998: "Brilha no Céu a Estrela que Me Faz Sonhar"
Para o carnaval de 1998, Renato Lage desenvolveu um enredo sobre a relação do Homem com os astros celestes, finalizando com uma homenagem a Castor de Andrade.[80] A Mocidade foi a sexta e penúltima escola a se apresentar na primeira noite (domingo) do Grupo Especial.[81] Especialistas classificaram o desfile como "frio", sem empolgar o público. Segundo o Jornal do Brasil, a Mocidade "desfilou burocrática e pouco lembrou os momentos geniais de seu carnavalesco".[82] Em sua crítica, O Globo apontou que "o samba-enredo não rendeu o suficiente para empolgar os componentes e o público".[83] Para a Folha de S.Paulo, a escola "fez um desfile bonito, mas frio e sem surpresas".[84] Várias homenagens foram prestadas a Castor de Andrade, desde o discurso inicial do presidente Jorge Pedro, passando pelo desenho de um castor (animal) estampado nas bandeiras e instrumentos da bateria, até a homenagem na última alegoria, com uma escultura do falecido patrono.[85] A Mocidade recebeu o Troféu Manchete de melhor enredo.[86] Com o desfile, a escola se classificou em sexto lugar, ficando de fora do Desfile das Campeãs. O único quesito em que a escola conseguiu nota máxima de todos os jurados foi Bateria. O quesito mais despontuado foi enredo, com a perda de 2,5 pontos.[87]
- 1999: "Villa Lobos e a Apoteose Brasileira"
José Roberto Tenório reassumiu a presidência da Mocidade. Grávida, Lucinha Nobre se afastou da escola, sendo substituída pela segunda porta-bandeira, Nira. Mestre Jorjão retornou à escola após quatro anos de afastamento.[88] A Comissão de Frente da agremiação passou a ser integrada pela Intrépida Trupe, sob comando da diretora artística do grupo, Valéria Martins. Quinta escola a se apresentar na segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial, a Mocidade realizou um desfile sobre a obra do maestro e compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, morto em 1959.[89] Renato Lage confeccionou um desfile mais "clássico", sem os efeitos especiais que marcaram seus desfiles anteriores.[90] A imprensa especializada elogiou a apresentação, listando a escola entre as favoritas ao título de campeã. Segundo O Globo, a Mocidade "cobriu a avenida de verde, seres da floresta e símbolos da cultura brasileira, numa impecável homenagem a Villa-Lobos. Com fantasias e alegorias belíssimas, foi conquistando o público a cada arquibancada e arrancou da Apoteose os mais enfáticos gritos de campeã".[91] Para o Jornal do Brasil, "a escola passou perfeita, com carros e fantasias cuidadosos e contando com criatividade o enredo".[92] A Folha de S.Paulo classificou a escola como "a grande favorita para conquistar o título", apontando que a Mocidade "foi a escola que recebeu, de longe, os mais numerosos e entusiasmados gritos de campeã do público". Ainda segundo a Folha, "o enredo desenvolvido de maneira tropicalista, a criatividade da bateria de Mestre Jorjão e a animação dos componentes, embalados por um samba fácil de cantar, foram os maiores trunfos da escola de Padre Miguel".[93] Porém, especialistas também apontaram que a escola poderia perder pontos por causa da demora na entrada da quinta alegoria, que atrasou devido a dificuldade para colocar os destaques em seus lugares. O atraso provocou um "buraco" (espaço vazio) de mais de trinta metros na avenida. Ao chegar na área de dispersão, o carro ainda atropelou três componentes, deixando um deles com fratura exposta no antebraço.[94]
Em pesquisa realizada pelo IBOPE com o público no Sambódromo, Mocidade e Viradouro tiveram as notas mais altas.[95] A Mocidade foi a escola mais premiada do ano, recebendo quatro prêmios do Estandarte de Ouro: melhor escola; melhor enredo; revelação para Nira; e melhor mestre-sala para Rogerinho, que desfilou com uma máscara de Pierrot, moldada especialmente para seu rosto.[96] Também recebeu cinco prêmios do Tamborim de Ouro: melhor Comissão de Frente; alegorias; fantasias; escola mais comunicativa; e escola mais criativa.[97] Apesar da aclamação de crítica e público, a Mocidade foi apenas a quarta colocada do carnaval de 1999. Dos vinte e sete julgadores do carnaval, apenas três não deram nota máxima à escola: Rita de Cássia deu nota 9,5 para o casal mestre-sala e porta-bandeira; Téo Lima deu nota 9,5 para a Bateria; mas a nota que tirou a escola da disputa por título foi o 7,5 dado por Carlos Pousa no quesito Evolução. O jurado confirmou que a nota baixa foi devido a demora para entrada da quinta alegoria.[98] No Desfile das Campeãs, a Mocidade foi saudada pelo público com gritos de "campeã".[99]
Década de 2000
[editar | editar código-fonte]- 2000: "Verde, Amarelo, Azul-anil, Colorem o Brasil no Ano 2000"
A LIESA propôs que o carnaval de 2000 fosse temático em comemoração ao aniversário de quinhentos anos da descoberta do Brasil pelos portugueses. Cada escola recebeu uma quantia extra de quinhentos mil reais da Prefeitura do Rio de Janeiro para confeccionar os desfiles comemorativos.[100] Sexta e penúltima escola a se apresentar na primeira noite (domingo) do Grupo Especial, a Mocidade realizou um desfile sobre as cores da bandeira do Brasil.[101] Cada setor do desfile representou uma cor da bandeira, com fantasias e alegorias monocromáticas. Especialistas elogiaram o desfile, mas apontaram que o samba não rendeu o esperado. Segundo O Globo, a Mocidade desfilou com "alegorias luxuosas e fez um desfile perfeito, que só pecou pelo samba arrastado".[102] A Folha de S.Paulo apontou que a escola fez um desfile morno e "até sua bateria, normalmente exuberante, estava comedida". Chateado, Renato Lage também criticou o samba, declarando que "cada ano é uma coisa que falha". Ainda assim, a escola finalizou sua apresentação recebendo gritos de "campeã" do público presente no Sambódromo.[103] A Mocidade recebeu os prêmios Tamborim de Ouro de melhor bateria e de melhor enredo.[104] O estreante intérprete Paulo Henrique, que substituiu Wander Pires, recebeu o Estandarte de Ouro de Revelação do ano.[105] A Mocidade se classificou em quarto lugar, repetindo a colocação do ano anterior. Dos trinta julgadores do carnaval, apenas cinco não deram nota máxima à escola. A agremiação conseguiu a pontuação máxima nos quesitos Bateria, Comissão de Frente, Conjunto, Evolução e Fantasias.[106]
- 2001: "Paz e Harmonia, Mocidade É Alegria"
Para o carnaval de 2001, a Mocidade contratou o intérprete David do Pandeiro. A porta-bandeira Lucinha Nobre retornou à escola após dois anos afastada.[107] Quinta escola a se apresentar na primeira noite (domingo) do Grupo Especial, a Mocidade realizou um "desfile-manifesto" em defesa da paz universal. O enredo foi sugerido pelo padre e educador pacifista Marcelo Rezende Guimarães, que rezou a oração de São Francisco de Assis antes do desfile começar no Sambódromo. A escola começou sua apresentação sob tensão por causa do atraso na entrega das fantasias do casal de mestre-sala e porta-bandeira e da bateria.[108] Componentes da Comissão de Frente desfilaram descalços porque os sapatos não foram entregues. A coreógrafa da Comissão, Valéria Martins, discutiu com diretores da escola e se demitiu após o desfile, rompendo a parceria de três anos.[109] Integrantes da bateria rasparam o cabelo para desfilar fantasiados de Mahatma Gandhi.[110] Entre os ritmistas carecas estava o jogador de vôlei Tande.[111] A escola encerrou sua apresentação sendo saudada pelo público com gritos de "campeã". A Mocidade recebeu o Estandarte de Ouro de melhor bateria[112] e o Tamborim de Ouro de melhor enredo.[113] Com o desfile, a Mocidade se classificou em sétimo lugar, ficando de fora do Desfile das Campeãs. A escola só conseguiu a pontuação máxima nos quesitos Bateria e Enredo, perdendo muitos pontos nos demais quesitos. O quesito mais despontuado foi Comissão de Frente, onde perdeu 2,5 pontos. A escola ainda foi penalizada em três pontos por exibir merchandising em seu desfile, o que era proibido pelo regulamento do concurso. Se não perdesse os três pontos, a escola se classificaria em sexto lugar, ainda assim, de fora do Desfile das Campeãs.[114]
- 2002: "O Grande Circo Místico"
Paulo Vianna assumiu a presidência da Mocidade e promoveu mudanças na equipe da escola para o carnaval de 2002. Wander Pires retornou ao posto de intérprete oficial. Vicente Frota Neto assumiu a Comissão de Frente. Daniel Cassiano e Verônica Menezes, até então segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, foram promovidos ao posto de primeiro casal. Viviane Araújo foi coroada rainha de bateria. Quarta escola das sete agremiações que se apresentaram na segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial, a Mocidade realizou um desfile sobre o circo. A apresentação reuniu vários personagens e aspectos circenses, como malabaristas, trapezistas, contorcionistas e palhaços. Uma das alegorias apresentou um globo da morte, com três motoqueiros fazendo manobras dentro da esfera de aço. Na Comissão de Frente, a atriz Carolina Dieckmann desfilou vestida de bailarina cercada por equilibristas em monociclos. Também participaram do desfile Beto Carrero, o palhaço Carequinha e os atores Marcos Palmeira e Marcos Frota. A escola encerrou sua apresentação sendo saudada pelo público com gritos de "campeã". Especialistas elogiaram o desfile, listando a escola entre as favoritas ao título.[115][116] A Mocidade recebeu o prêmio Tamborim de Ouro de melhor escola do ano.[117] Renato Lage recebeu o Estandarte de Ouro de Personalidade por ter se recusado a fazer um enredo de merchandising.[118] Com o desfile, a Mocidade conquistou o quarto lugar, se classificando para o Desfile das Campeãs. O único quesito no qual a escola conseguiu a pontuação máxima foi Bateria. Destaque também para Samba-enredo, que perdeu apenas um décimo. Os quesitos mais despontuados foram Mestre-sala e Porta-bandeira e Harmonia, com a perda nove décimos em cada.[119] Após o carnaval, Renato Lage se desligou da escola, se transferindo para o Salgueiro, encerrando uma parceria histórica de treze anos que resultou em três títulos e dois vice-campeonatos conquistados.[120]
- 2003: "Para Sempre no Seu Coração - Carnaval da Doação"
José Roberto Tenório retornou à presidência da escola. Para o carnaval de 2003, a Mocidade contratou o carnavalesco Chico Spinoza, que desenvolveu um enredo sobre a doação de órgãos. O desfile marcou o retorno de três personalidades marcantes à escola: o intérprete Paulinho Mocidade, a porta-bandeira Babi e a cantora Elza Soares.[121] Paulo Mantuano assumiu a direção da Comissão de Frente. A Mocidade foi a sexta e penúltima escola a se apresentar na segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial.[122] Especialistas elogiaram a apresentação. Segundo a Folha de S.Paulo, a escola "soube traduzir um tema difícil em um desfile de fácil compreensão pelo público".[123] O Globo elogiou a Comissão de Frente e apontou que "o samba foi cantado do início ao fim do desfile".[124] A Mocidade recebeu os prêmios Tamborim de Ouro de melhor bateria e de melhor enredo.[125] Com o desfile, a escola obteve o quinto lugar, se classificando para o Desfile das Campeãs. A escola conseguiu a pontuação máxima nos quesitos Enredo, Fantasias e Harmonia. O quesito mais despontuado foi Bateria, com a perda de 1,9 pontos.[126] No Desfile das Campeãs, componentes protestaram contra as notas baixas recebidas pela Bateria.[127]
- 2004: "Não Corra, não Mate, não Morra - Pegue Carona com a Mocidade! Educação no Trânsito"
A equipe de 2003 foi toda mantida para o carnaval de 2004. Chico Spinoza desenvolveu mais um enredo de cunho social, dessa vez, sobre a educação no trânsito. A escola recebeu 1,5 milhões de reais de patrocínio do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) do Rio de Janeiro.[128] A Mocidade foi a última das sete agremiações que desfilaram na segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial, encerrando os desfiles de 2004. A escola iniciou seu desfile com o dia amanhecendo, sob chuva, e com o sambódromo esvaziado.[129] Especialistas classificaram o desfile como "correto", mas destacaram problemas de evolução.[130][131] Luma de Oliveira desfilaria como rainha de bateria, mas cancelou sua participação no desfile devido à gravidez e à recente separação do empresário Eike Batista. Em homenagem, ritmistas da bateria desfilaram com uma fita no pescoço com o nome de Luma.[132] A Mocidade recebeu o prêmio Tamborim de Ouro pelo enredo apresentado.[133] Com o desfile, a escola se classificou em oitavo lugar, ficando de fora do Desfile das Campeãs. O quesito mais bem avaliado pelos jurados foi Alegorias e Adereços, com a perda de apenas dois décimos. O quesito mais despontuado foi Samba-enredo, com a perda de 1,8 pontos.[134]
- 2005: "Buon Mangiare, Mocidade! A Arte Está na Mesa"
Paulo Vianna retornou à presidência da Mocidade e mudou toda a equipe da escola para o carnaval de 2005. Rogerinho retornou à escola, formando com Priscila Rosa o novo primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da agremiação. Filho do histórico compositor Toco, Roger Linhares assumiu o posto de intérprete oficial. Luciana Yegros dirigiu a Comissão de Frente e Mestre Bira comandou a bateria. A escola contratou o carnavalesco Paulo Menezes, que desenvolveu um enredo sobre a cultura da Itália, com enfoque na arte, moda e culinária do país. O desfile foi patrocinado pela Tim, empresa de telecomunicação italiana.[135] A LIESA promoveu mudanças na forma de definir a ordem dos desfiles. Diferente dos anos anteriores, quando a escola vinda do grupo de acesso era a primeira a desfilar, em 2005 todas as agremiações participaram do sorteio para definir as posições de desfile. A Mocidade foi sorteada para ser a primeira escola a se apresentar na primeira noite (domingo), abrindo os desfiles do Grupo Especial. Especialistas apontaram o desfile como "tecnicamente correto", mas "frio", sem empolgar o público.[136][137] Após perder pontos nos anos anteriores, a bateria da escola desfilou sem realizar suas famosas "paradinhas".[138] A alegoria sobre a moda reuniu modelos como Mariana Weickert, Ellen Jabour e Caroline Bittencourt, vestindo roupas do estilista Tufi Duek, confeccionadas exclusivamente para o desfile.[137] A Mocidade se classificou em nono lugar. Dos quarenta julgadores do carnaval, apenas cinco deram nota máxima à escola. O quesito mais bem avaliado foi Evolução, com a perda de quatro décimos. O quesito mais despontuado foi Alegorias, com a perda de 1,8 pontos.[139]
- 2006: "A Vida que Pedi a Deus"
Para o carnaval de 2006, a Mocidade contratou o carnavalesco Mauro Quintaes. Wander Pires retornou à escola como intérprete oficial. A bailarina Ana Botafogo foi contratada para coreografar a Comissão de Frente. Mestre Jonas assumiu o comando da bateria; enquanto Marcella Alves assumiu como primeira porta-bandeira. A Mocidade foi a quarta escola a se apresentar na segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial. Segundo especialistas, o desfile foi correto, mas não conseguiu animar o público.[140] Apontado como confuso, o enredo, patrocinado por uma marca de margarina, juntou a busca pela qualidade de vida com homenagens ao cinquentenário da escola.[141][142] Com o desfile, a Mocidade obteve o décimo lugar. Dos quarenta julgadores do carnaval, apenas sete deram nota máxima à escola. O quesito mais bem avaliado foi Mestre-sala e Porta-bandeira, com a perda de apenas um décimo. O quesito mais despontuado foi Alegorias, com a perda de 1,9 pontos.[143] A ala de baianas, que desfilou com fantasias espelhadas, recebeu os prêmios Estandarte de Ouro e Tamborim de Ouro.[144][145] Ainda em 2006, em 8 de outubro, a bateria e alguns integrantes da agremiação encerraram o show do grupo pop mexicano RBD no estádio do Maracanã, show este em que a banda mexicana sambou junto com os componentes da escola de samba, incluindo Viviane Araújo. O show foi posteriormente lançado em DVD, sob o título Live in Rio.[146] Em 6 de junho de 2006, morreu o ex-presidente da escola, José Roberto Tenório, aos 61 anos de idade.[147]
- 2007: "O Futuro no Pretérito, Uma História Feita à Mão"
A Mocidade promoveu diversas mudanças em sua equipe para o carnaval de 2007. A escola contratou o carnavalesco Alex de Souza, que iniciou sua carreira como assistente de Renato Lage na Mocidade e vinha fazendo trabalhos elogiados na Acadêmicos da Rocinha. Coreógrafa da escola entre 1994 e 1998, Cláudia Ribeiro reassumiu a direção da Comissão de Frente.[148] Marcelo Pessoa, até então segundo mestre-sala da agremiação, foi promovido ao posto de primeiro mestre-sala, substituindo Rogerinho. Bruno Ribas assumiu o posto de intérprete oficial, substituindo Wander Pires. A direção de carnaval da escola passou a ser comandada por uma comissão formada por vários nomes. Quinta, e penúltima, escola a se apresentar na primeira noite (domingo) do Grupo Especial, a Mocidade realizou um desfile sobre o artesanato, abordando também o futuro da arte e o conflito entre o criador e a criatura.[149][150] Especialistas apontaram como destaque da apresentação a bateria comandada por mestre Jonas, que realizou uma "paradona" de quinze segundos, um recorde de tempo até então na história do carnaval.[151] Com o desfile, a Mocidade obteve a pior colocação de sua história até então, se classificando em 11.º lugar, uma posição acima da zona de rebaixamento.[152] Dos quarenta julgadores do carnaval, apenas três deram nota máxima à escola: um no quesito Alegorias e dois em Bateria. O quesito mais despontuado foi Conjunto, com a perda de 1,8 pontos.[153] O desfile marcou a despedida do histórico compositor Toco, que, pela última vez, assinou o samba da escola. Toco morreu em 11 de novembro de 2006.[154]
- 2008: "O Quinto Império: De Portugal ao Brasil, Uma Utopia na História"
Para o carnaval de 2008, a Mocidade trocou novamente de carnavalesco, contratando Cid Carvalho, campeão com a Beija-Flor em 1998, 2003, 2004 e 2005. Também contratou o premiado coreógrafo Fábio de Mello, multicampeão pela Imperatriz Leopoldinense. O mestre-sala Rogerinho Dornelles retornou à escola, substituindo Marcelo Pessoa. Também houve mudança na direção de carnaval, com a chegada de José Luiz Azevedo; e na direção de harmonia, assumida por Alcides de Oliveira, Roberto Reis e Beto Manfredo. A Prefeitura do Rio de Janeiro ofereceu um patrocínio de dois milhões de reais às escolas que fizessem enredos sobre os duzentos anos da transferência da família real portuguesa para o Brasil. Mocidade e São Clemente aceitaram a proposta. Além de abordar o Império Brasileiro, o enredo desenvolvido por Cid Carvalho focou no sonho do Rei D. Sebastião de transformar Portugal no quinto império universal, suplantando Babilônia, Pérsia, Roma e Grécia; e na lenda sobre sua morte e seu reaparecimento nos Lençóis Maranhenses.[155] A Mocidade foi a primeira escola a se apresentar na segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial.[156] Especialistas elogiaram o desfile, classificando como a melhor apresentação da agremiação nos últimos anos. Foram apontados como destaques o samba-enredo, a bateria e a Comissão de Frente, que representou um passeio de D. João VI, Carlota Joaquina e D. Maria, "a louca" pelo Rio de Janeiro.[157][158][159] A Mocidade foi a escola mais premiada pelo Estandarte de Ouro em 2008, recebendo cinco prêmios: melhor Comissão de Frente; melhor ala de baianas; melhor intérprete para Bruno Ribas; melhor mestre-sala para Rogerinho; e melhor passista masculino para Evandro.[160] Rogerinho e Marcella Alves ainda receberam os prêmios Estrela do Carnaval[161] e Tamborim de Ouro[162]; enquanto a Comissão de Frente foi premiada com o Tamborim de Ouro; Troféu Andarilho[163]; e o Prêmio Plumas & Paetês.[164] Com o desfile, a Mocidade se classificou em oitavo lugar, ficando mais um ano de fora do Desfile das Campeãs. Os quesitos mais bem avaliados pelos jurados foram Mestre-sala e Porta-bandeira e Samba-enredo; enquanto o quesito mais despontuado foi Alegorias e Adereços. A premiada Comissão de Frente perdeu décimos de todos os julgadores.[165] Após o carnaval, Cid Carvalho e Rogerinho se desligaram da escola.[166]
- 2009: "Mocidade Apresenta: Clube Literário Machado de Assis e Guimarães Rosa... Estrelas em Poesia!"
Assistente de Cid Carvalho em 2008, Cláudio Cebola foi efetivado como carnavalesco titular da escola.[167] Raphael Rodrigues assumiu o posto de primeiro mestre-sala. Wander Pires retornou à escola, substituindo o intérprete Bruno Ribas. Quarta escola a se apresentar na primeira noite (domingo) do Grupo Especial de 2009, a Mocidade realizou um desfile sobre os escritores Machado de Assis e Guimarães Rosa. O enredo surgiu a partir do fato de Machado ter morrido em 1908, mesmo ano do nascimento de Guimarães.[168] No início do desfile, bombeiros tentaram controlar um possível princípio de incêndio no carro abre-alas, mas foram impedidos pelo presidente da escola, Paulo Viana, que argumentou que se tratava de um efeito especial de fumaça. Durante a confusão, o carnavalesco Cebola subiu na alegoria para ajudar um componente a descer, mas acabou caindo de uma altura de cinco metros e foi atropelado pelo carro alegórico. Cebola foi levado ao hospital com escoriações, medicado e liberado logo em seguida, e não conseguiu acompanhar a escola.[169] Especialistas criticaram o desfile, apontando a agremiação como uma das postulantes ao rebaixamento.[170][171][172] Dos quarenta julgadores do carnaval, apenas seis deram nota máxima à escola, com destaque para a Bateria, que perdeu apenas um décimo. Perdendo muitos pontos nos demais quesitos, a escola se classificou na penúltima colocação, repetindo o pior resultado de sua história, 11.º lugar, também atingido em 2007.[173]
Década de 2010
[editar | editar código-fonte]- 2010: "Do Paraíso de Deus ao Paraíso da Loucura, Cada Um Sabe o que Procura"
Tentando se recuperar do resultado do ano anterior, a Mocidade mudou toda a sua equipe. O carnavalesco Cid Carvalho retornou à escola. Mestre Bereco assumiu o comando da bateria.[174] Cristiane Caldas e Fabrício Pires formaram o novo primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira. Jorge Teixeira assumiu a Comissão de Frente, enquanto que, no carro de som, David do Pandeiro e Nêgo formaram a nova dupla de intérpretes oficial da escola.[175] Também houve mudança na direção de carnaval, com a chegada de Ricardo Simpatia, e na direção de harmonia, assumida por Rômulo Ramos.[176] Primeira escola a se apresentar na segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial, a Mocidade realizou um desfile sobre os diversos tipos de paraíso, como o paraíso bíblico, o paraíso tropical (Brasil), e o paraíso fiscal.[177] Aos 79 anos de idade, Elza Soares desfilou como madrinha da bateria. Com problemas no tornozelo, a cantora desfilou com o apoio de um tripé.[178] Especialistas classificaram o desfile como "animado", apontando que o samba-enredo contagiou o público presente no sambódromo.[179][180] A Mocidade se classificou em sétimo lugar no carnaval de 2010. O único quesito em que a escola conseguiu a pontuação máxima foi Harmonia. O quesito mais despontuado foi Alegorias e Adereços, com a perda de um ponto.[181] David do Pandeiro e Nêgo receberam os prêmios Gato de Prata e Tamborim de Ouro.[182][183]
- 2011: "A Parábola dos Divinos Semeadores"
Para o carnaval de 2011, a Mocidade contratou o intérprete Rixxah para fazer dupla com Nêgo, substituindo David do Pandeiro.[184] O contraventor do jogo do bicho Rogério Andrade, sobrinho de Castor de Andrade, se tornou o presidente de honra da escola. Sua namorada, Andrea de Andrade, assumiu o posto de rainha de bateria.[185] O carnavalesco Cid Carvalho desenvolveu um enredo sobre festas ligadas à agricultura e à agropecuária no Brasil e no mundo. A escola recebeu apoio e patrocínio da Confederação Nacional de Agricultura (CNA).[186] A Mocidade foi a terceira escola a se apresentar na segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial de 2011.[187][188] Especialistas elogiaram o desfile, destacando a bateria[189][190] e apontando que o samba, de letra fácil, teve boa comunicação com o público.[191][192] Perdendo décimos em todos os quesitos, a Mocidade repetiu a sétima colocação do ano anterior. Seu melhor desempenho foi nos quesitos Evolução e Fantasias, perdendo apenas um décimo em cada. O quesito mais despontuado foi Alegorias, com a perda de nove décimos. A Mocidade quase retornou ao Desfile das Campeãs. A escola somou a mesma pontuação final que a sexta colocada, a Imperatriz Leopoldinense, mas perdeu a vaga no quesito desempate (samba-enredo), onde a escola de Ramos recebeu notas melhores.[193]
- 2012: "Por Ti, Portinari, Rompendo a Tela, a Realidade"
Paulo Vianna foi reeleito para seu terceiro mandato consecutivo como presidente da Mocidade.[194] Para o carnaval de 2012, a escola reformulou toda a sua equipe, contratando o carnavalesco Alexandre Louzada, campeão do carnaval de 2011 no Rio de Janeiro e em São Paulo; o intérprete Luizinho Andanças;[195] o casal de mestre-sala e porta-bandeira Robson Sensação e Ana Paula;[196] o coreógrafo Renato Vieira para a comissão de frente;[197] e formou uma Superdireção de Bateria com Mestre Bereco, Andrezinho (filho de Mestre André) e Mestre Dudu (filho de Mestre Coé).[198] A atriz Antônia Fontenelle assumiu o posto de rainha de bateria.[9] Quarta escola a desfilar na primeira noite (domingo) do Grupo Especial de 2012, a Mocidade apresentou um enredo sobre o pintor brasileiro Cândido Portinari, morto cinquenta anos antes, em 1962.[199] O carro abre-alas, com 22 metros de comprimento e uma grande escultura de Portinari, perdeu o controle e acertou a grade lateral da pista de desfile. Integrantes da escola conseguiram centralizar o carro na pista, mas, momentos depois, a alegoria ficou presa na dispersão, impedindo que as alas posteriores saíssem da Sapucaí, prejudicando a evolução da escola, que ficou parada enquanto integrantes faziam esforço para manobrar a alegoria. Participaram do desfile, personalidades como Elza Soares, Regina Casé, Marcos Frota, Dill Costa e João Candido Portinari, filho do pintor homenageado.[200][201] A escola encerrou sua apresentação recebendo gritos de "é campeã" do público presente no sambódromo.[202] No julgamento oficial, apenas quatro dos quarenta julgadores deram nota máxima para a escola. Perdendo muitos décimos em todos os quesitos, a Mocidade se classificou em nono lugar.[203] A escola recebeu o Troféu Gato de Prata de melhor enredo e o Troféu Sambario de melhor bateria.[204][205]
- 2013: "Eu Vou de Mocidade com Samba e Rock in Rio, Por Um Mundo Melhor"
A Mocidade promoveu algumas trocas em sua equipe. O coreógrafo Jaime Arôxa assumiu o comando da comissão de frente.[206] Feliciano Júnior e Squel Jorgea formaram o novo casal de mestre-sala e porta-bandeira. Squel estava na Grande Rio nos onze carnavais anteriores, enquanto Feliciano era o segundo mestre-sala da Mocidade.[207] A paulistana Camila Silva assumiu o posto de rainha de bateria.[208] A Mocidade escolheu seu tema para o carnaval de 2013 com bastante antecedência. A escola anunciou o enredo sobre o Rock in Rio no dia 14 de setembro de 2011, numa coletiva de imprensa na Cidade do Rock, com a presença de Roberto Medina, idealizador do festival de música.[209] Durante a coletiva, o presidente da Mocidade, Paulo Vianna, lembrou que a escola se apresentou, junto com o cantor Pepeu Gomes, no Rock in Rio de 1985.[210] A Mocidade foi a quinta escola a se apresentar na primeira noite (domingo) do Grupo Especial de 2013. Com alegorias e fantasias simples, as limitações financeiras foram fator principal de um projeto mais restrito e com variedade de material alternativo. O cantor Serguei participou da comissão de frente, enquanto Evandro Mesquita desfilou tocando guitarra no meio da bateria.[211][212] Também participaram do desfile, Elza Soares, Paula Toller, Marcelo Yuka, Di Ferrero, Ivo Meirelles, George Israel, Roberto Medina, Roberta Medina, entre outros.[213] No julgamento oficial, apenas dois dos quarenta julgadores deram nota máxima para a escola: um em bateria, outro em fantasia. Perdendo muitos décimos nos demais quesitos, a Mocidade se classificou na penúltima colocação, repetindo o pior resultado de sua história, 11.º lugar, também atingidos em 2007 e 2009.[214] A escola recebeu o prêmio Tamborim de Ouro de melhor bateria do ano.[215] O intérprete Luizinho Andanças recebeu os prêmios SRzd, Troféu Apoteose e Troféu Tupi.[216][217][218]
- 2014: "Pernambucópolis"
A Mocidade reformulou toda a sua equipe para o carnaval de 2014, contratando Paulo Menezes como carnavalesco,[219] Rogerinho e Lucinha Nobre como mestre-sala e porta-bandeira,[220] Sérgio Lobato para a comissão de frente,[221] Anderson Abreu para a direção de carnaval,[222] e Almir Frutuoso para a direção de harmonia.[223] Musa da escola, Ana Paula Evangelista assumiu o posto de rainha de bateria.[224] A Mocidade também trocou de intérprete, dispensando Luizinho Andanças e contratando Bruno Ribas. A troca de intérpretes foi anunciada três dias após a final da disputa de samba da agremiação, na véspera da gravação da faixa para o álbum oficial.[225] Pela primeira vez o cantor Dudu Nobre, torcedor da escola, assinou um samba da agremiação. Após a disputa, Dudu foi convidado para gravar o samba no álbum e cantar no desfile.[226] Próximo ao carnaval, o presidente da escola, Paulo Vianna, foi denunciado por falsidade ideológica, sendo acusado de mandar falsificar as assinaturas de dez associados da agremiação em uma assembleia da qual eles não participaram. A Justiça acatou uma ação de diretores que teriam sido impedidos de frequentar a sede e o barracão da agremiação, e determinou o afastamento de Vianna da presidência.[227] O vice-presidente da escola, Wandyr Trindade, mais conhecido como Macumba, assumiu o comando provisório da agremiação. Além da crise administrativa, a Mocidade também enfrentava uma crise financeira. Faltando pouco para o carnaval, os trabalhos no barracão da escola estavam atrasados por falta de pagamento dos funcionários. Presidente de honra da Mocidade, Rogério Andrade expulsou Paulo Vianna, que renunciou definitivamente a presidência da escola,[228] regularizou o pagamento dos funcionários, e trocou a rainha de bateria, substituindo Ana Paula Evangelista pela atriz Mariana Rios.[229] Com os trabalhos atrasados, a Mocidade teve ajuda de um mutirão de torcedores e trabalhadores de outras escolas para finalizar seu desfile a tempo.[230] Abrindo a segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial de 2014, a Mocidade desfilou com o enredo "Pernambucópolis", sobre a obra do carnavalesco Fernando Pinto e sua terra natal, Pernambuco.[231] O título do enredo faz referência a "Tupinicópolis", de 1987, histórico carnaval de Fernando Pinto na Mocidade.[232] Em 2014, a escola realizou um desfile simples e criativo.[233] A agremiação inovou ao convidar o público das frisas do sambódromo para interagir com a comissão de frente na pista de desfile. Histórica ex rainha de bateria da escola, Monique Evans desfilou no carro abre-alas. Muitos componentes chegaram ao fim do desfile chorando, emocionados após as dificuldades enfrentadas no pré-carnaval.[234] A Mocidade se classificou em nono lugar, atingindo a pontuação máxima apenas no quesito samba-enredo, perdendo décimos em todos os demais quesitos.[235] A escola recebeu os prêmios SRzd e S@mba-Net de melhor samba-enredo do ano.[236][237]
- 2015: "Se o Mundo Fosse Acabar, Me Diz o que Você Faria Se Só Lhe Restasse Um Dia?"
Para o carnaval de 2015, a Mocidade novamente reformulou sua equipe. A escola contratou o carnavalesco Paulo Barros, campeão do carnaval de 2014 pela Unidos da Tijuca, por um salário de 2,5 milhões de reais, tornando ele o profissional mais bem pago do carnaval.[238] Barros também teve liberdade para criar o enredo que quisesse, sem imposição da diretoria, como ocorria na Tijuca.[239] A escola também contratou Jorge Texeira e Saulo Finelon, que estavam na Grande Rio, para comandarem a comissão de frente.[240] Formando par com Lucinha Nobre, Diogo Jesus assumiu o posto de primeiro mestre-sala, substituindo Rogerinho.[241] A cantora Claudia Leitte assumiu o posto de rainha de bateria.[242] Também houve troca na direção de carnaval e de harmonia. O enredo de 2015 foi inspirado na música "O Último Dia" de Billy Brandão e Paulinho Moska, sobre o que fazer caso o mundo fosse acabar e só restasse mais um dia de existência.[243] A Mocidade foi a terceira escola a se apresentar na primeira noite (domingo) do Grupo Especial de 2015. Desfilando sob chuva, a escola apresentou um desfile repleto de efeitos visuais e tecnológicos, além das alegorias coreografadas, marca do carnavalesco Paulo Barros. A comissão de frente interagiu com o casal de mestre-sala e porta-bandeira. Um efeito especial possibilitou que a roupa dos integrantes da comissão e a saia da porta-bandeira Lucinha Nobre pegassem fogo. As roupas foram montadas com papéis importados da Austrália, que pegavam fogo, mas, após o contato com as chamas, desapareciam sem deixar resquícios.[244] A agremiação inovou com um desfile legendado, em que as alegorias exibiam textos evidenciando o significado do enredo, além de balões textuais que antecipavam as alas, também contextualizando a narrativa. O carnavalesco também explorou a sensualidade. Em uma das alegorias, dezenas de camas surgiam nas laterais com casais e trisais de todos os gêneros debaixo do edredom. Em outra alegoria, componentes usavam apenas um tapa-sexo.[245] Um dos compositores da música que inspirou o desfile, Paulinho Moska acompanhou o intérprete Bruno Ribas no carro de som.[246][247] A Mocidade conquistou a pontuação máxima nos quesitos Harmonia, Alegorias e Enredo, perdendo décimos nos demais quesitos. A interação entre casal e comissão de frente não agradou o júri. Os dois quesitos foram os mais penalizados da escola. A agremiação se classificou em sétimo lugar, ficando de fora do Desfile das Campeãs.[248] Após o carnaval, Paulo Barros se desligou da Mocidade, se transferindo para a Portela.[249]
- 2016: "O Brasil de La Mancha - Sou Miguel, Padre Miguel. Sou Cervantes, Sou Quixote Cavaleiro, Pixote Brasileiro"
No dia seguinte ao pedido de demissão de Paulo Barros, a Mocidade anunciou a contratação dos carnavalescos Alexandre Louzada (que estava na Portela) e Edson Pereira (carnavalesco da Unidos de Padre Miguel, no acesso).[250] Para o carnaval de 2016, à princípio, a escola divulgou um enredo autoral de Louzada, "#alémdaimaginação", sobre tudo o que a humanidade buscou encontrar e descobriu ser uma lenda.[251] Meses depois, a agremiação anunciou a troca do seu enredo. No novo enredo, Dom Quixote conhece as mazelas brasileiras e aponta na literatura a solução para os problemas enfrentados pela população.[252] "O Brasil de La Mancha: Sou Miguel, Padre Miguel. Sou Cervantes, Sou Quixote Cavaleiro, Pixote Brasileiro" foi assinado por André Luís da Silva Junior, com desenvolvimento de Louzada e Pereira.[253] A Mocidade extinguiu a superdireção de sua bateria, promovendo Mestre Dudu a único diretor da Não Existe Mais Quente.[254] Formando par com Diogo Jesus, Cristiane Caldas assumiu o posto de primeira porta-bandeira, substituindo Lucinha Nobre.[255] A Mocidade foi a penúltima escola a se apresentar na primeira noite (domingo) do Grupo Especial. O desfile fez referências a diversas mazelas enfrentadas ao longo da história do Brasil como a corrupção, a seca no Nordeste e a escravidão.[256][257] Na comissão de frente, Dom Quixote e Sancho Pança enfrentavam um moinho de vento na forma de uma torre de petróleo e prendiam seres engravatados, sendo um, vestido de vermelho, numa referência a presidente do Brasil, Dilma Rousseff e ao escândalo de corrupção na Petrobrás. A última alegoria do desfile, intitulada "O Lava-Jato da Felicidade", teve dificuldade para entrar na avenida e passou sem algumas partes, retiradas às pressas, e sem alguns destaques. Além da última alegoria, o samba-enredo da escola também fez referência a Operação Lava Jato.[258] A Mocidade recebeu apenas uma nota máxima (no quesito mestre-sala e porta-bandeira), perdendo décimos de todos os demais julgadores, se classificando em décimo lugar.[259]
- 2017: "As Mil e Uma Noites de Uma 'Mocidade' pra Lá de Marrakesh"
O intérprete Wander Pires voltou para a Mocidade, substituindo Bruno Ribas.[260] O carnavalesco Edson Pereira se desligou da escola, que seguiu apenas com Alexandre Louzada.[261] Para o carnaval de 2017, Louzada desenvolveu, junto com o professor André Luís Junior, um enredo sobre o Marrocos.[262] A Mocidade foi a terceira escola a se apresentar na segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial. Um dos destaques da apresentação foi a comissão de frente, coreografada por Jorge Teixeira e Saulo Finelon, que utilizou um aeromodelo adaptado com uma folha de papelão impressa com a imagem de Aladim voando sobre um tapete, além de beduínos carregando cestos de onde surgiam odaliscas.[263][264] Foi a Comissão de Frente mais premiada do ano, recebendo prêmios como o Estrela do Carnaval,[265] SRzd,[266] S@mba-Net,[267] Tamborim de Ouro,[268] entre outros.
A Mocidade terminou a apuração das notas em segundo lugar, com um décimo a menos que a campeã, Portela. O resultado marcou o retorno da escola ao Desfile das Campeãs após treze anos fora da festa. Cerca de um mês após o desfile, a LIESA divulgou as justificativas dos julgadores para as notas dadas. Valmir Aleixo, do quesito Enredo, descontou um décimo da Mocidade pela falta de uma destaque de chão, que representaria "O Esplendor dos Sete Mares". A destaque seria Camila Silva, que foi promovida à Rainha de Bateria após a empresária angolana Carmen Mouro desistir de desfilar à frente dos ritmistas. A Mocidade rebateu a avaliação do julgador alegando que ele se baseou na versão antiga do livro abre-alas (roteiro do desfile) enviado pela agremiação. A escola alegou que enviou para a LIESA, dentro do prazo estipulado, uma versão retificada do livro abre-alas excluindo a presença de Camila Silva como destaque de chão. A LIESA, por sua vez, não teria repassado a nova versão ao julgador, ocasionando o desconto de um décimo.[269] A escola entrou com recurso na Liga contra o resultado e ameaçou procurar seus direitos na Justiça.[270] Em uma plenária realizada no dia 5 de abril de 2017, a LIESA decidiu dividir o título de campeã entre Portela e Mocidade. Foram sete votos a favor; cinco abstenções; e apenas a presidência da Portela votou contra a divisão de título.[271][272] Com a vitória, a Mocidade conquistou seu sexto título de campeã, quebrando o jejum de 21 anos sem conquistas.[273] Após a apuração, o mestre-sala Diogo Jesus anunciou em suas redes sociais seu desligamento da Mocidade. O contrato do mestre-sala se encerraria no domingo após o Desfile das Campeãs, mas a direção da escola não gostou do comunicado feito por Diogo e decidiu proibir o mestre-sala de desfilar nas 'Campeãs'.[274][275] Vinicius Antunes, da Unidos de Padre Miguel, foi convidado pela Mocidade para desfilar nas Campeãs junto com Cris Caldas. De cadeira de rodas, Jéssica Ferreira, porta-bandeira da UPM, desfilou junto com os dois. Naquele ano, Jéssica sofreu uma entorse no joelho durante sua apresentação, junto com Vinícius, na Série A.[276]
- 2018: "Namastê: a Estrela que Habita em Mim, Saúda a que Existe em Você"
Para tentar o bicampeonato, o carnavalesco Alexandre Louzada desenvolveu um enredo patrocinado, que retrataria de forma muito perspicaz as influências que a cultura da Índia exercia no Brasil. O patrocínio em questão foi realizado por empresas do país asiático.[279] Marcinho Siqueira assumiu o posto de primeiro mestre-sala após polêmica saída do seu antecessor.[280][281] O carnaval de 2018 teve um período de preparação conturbado.[282] Em junho de 2017, a Prefeitura do Rio anunciou o corte de 50% do repasse de verbas públicas para as escolas de samba.[283] A decisão gerou polêmica visto que, em sua campanha para a Prefeitura, Marcelo Crivella prometeu manter o patrocínio às escolas.[284] Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, Crivella também foi acusado de ser influenciado pela sua religião ao cortar parte da verba do carnaval.[285] A LIESA ameaçou cancelar os desfiles e sambistas organizaram protestos, mas o Prefeito manteve o corte.[286] Sem dinheiro, a LIESA cancelou os ensaios técnicos, após quinze anos bancando o evento.[287] Em outubro de 2017, faltando cerca de quatro meses para os desfiles, o Ministério do Trabalho interditou os barracões de todas as escolas na Cidade do Samba.[288] Os barracões foram liberados ao final de novembro, após as escolas cumprirem uma série de exigências visando melhores condições de trabalho.[289] A subvenção foi paga às escolas em janeiro de 2018, faltando menos de um mês para os desfiles.[290] A Mocidade encerrou a primeira noite (domingo) de desfiles do Grupo Especial de 2018.[291][292] Na quarta-feira de cinzas, a escola liderava a apuração até a leitura do quesito Fantasias, onde perdeu pontos, caindo da liderança para a sexta colocação.[293] Um dos destaques do desfile, a bateria da escola, comandada por Mestre Dudu, foi a mais premiada do ano, recebendo os prêmios Estandarte de Ouro, Estrela do Carnaval, Gato de Prata e Sambario.[294][295][296] A escola também recebeu o Estandarte de Ouro de melhor samba-enredo.[297]
- 2019: "Eu Sou o Tempo. Tempo É Vida"
Para o carnaval de 2019, a Mocidade renovou com Alexandre Louzada, que desenvolveu um enredo sobre o tempo. Pelo segundo ano consecutivo, o prefeito Marcelo Crivella cortou 50% da verba destinada às escolas que desfilaram no Sambódromo.[298] Com dificuldades financeiras, a escola teve que pedir ajuda aos componentes para que comparecessem ao barracão com o objetivo de confeccionar alegorias e fantasias.[299] A Mocidade foi a última escola da segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial, encerrando o carnaval de 2019 com o dia claro.[300] A cantora Elza Soares desfilou no carro abre-alas. Especialistas elogiaram a apresentação, com destaque para a bateria.[301][302] Perdendo décimos em alegorias, harmonia e samba-enredo, a escola obteve o sexto lugar.[303] Coordenadora da ala de baianas e um dos maiores nomes contemporâneos vivos da escola, Tia Nilda recebeu o Estandarte de Ouro de personalidade.[304]
Década de 2020
[editar | editar código-fonte]- 2020: "Elza Deusa Soares"
Em abril de 2019, a Mocidade elegeu a chapa da situação com Flávio Santos para presidente e Rodrigo Pacheco para vice-presidente da escola.[305] Antes do desfile de 2019, a Mocidade já havia escolhido seu enredo para 2020 em homenagem a cantora Elza Soares, torcedora declarada da escola.[306] O carnavalesco Alexandre Louzada se desligou da agremiação, se transferindo para a Beija-Flor. Para desenvolver o enredo sobre Elza, a Mocidade contratou Jack Vasconcelos, que estava no Paraíso do Tuiuti.[307] A escola dispensou seu primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marcinho Siqueira e Cristiane Caldas, que foram substituídos por Diogo Jesus e Bruna Santos. Diogo foi campeão com a escola em 2017 e Bruna era segunda porta-bandeira da agremiação.[308] A rainha de bateria Camila Silva deixou a escola, sendo substituída por Giovanna Angélica, personalidade nascida e criada na região de Padre Miguel e Bangu, Giovana é neta de uma ex-costureira da escola e já havia ocupado o cargo de musa da agremiação nos carnavais de 2017 e 2018.[309] Após dois anos cortando a verba pela metade, o prefeito Marcelo Crivella decidiu cortar integralmente a subvenção das escolas que desfilaram no Sambódromo.[310] A Mocidade foi a quinta e penúltima escola a se apresentar na segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial. Aos 89 anos de idade, Elza Soares participou do desfile, desfilando na última alegoria.[311][312] A escola conquistou a pontuação máxima na maioria dos quesitos, mas perdeu décimos em Fantasias e Bateria, ficando com o terceiro lugar do carnaval, dois décimos atrás da campeã Viradouro e da vice-campeã Grande Rio.[313] Elza recebeu o Estandarte de Ouro de personalidade.[314] O samba-enredo da escola, que tinha entre seus compositores Sandra de Sá, fazendo sua estreia no gênero, recebeu o Troféu Gato de Prata.[315][316]
- 2021/2022: "Batuque ao Caçador"
Após o carnaval de 2020, o carnavalesco Jack Vasconcelos se desligou da Mocidade, sendo substituído por Fábio Ricardo.[317] Por causa do avanço da Pandemia de COVID-19 em todo o mundo, o desfile das escolas de samba de 2021 foi cancelado, sendo a primeira vez, desde a criação do concurso, em 1932, que o evento não foi realizado.[318][319] Com o agravamento da pandemia, as escolas paralisaram as atividades presenciais nas quadras e barracões, mas seguiram se programando para o desfile futuro. Para o carnaval de 2022, Fábio Ricardo desenvolveu um enredo sobre Oxóssi e a bateria da Mocidade. O enredo era um pedido antigo da comunidade da escola, já que uma das marcas da Não Existe Mais Quente é o toque de caixa em homenagem à Oxóssi.[320][321] O concurso para escolher o samba-enredo da escola teve a participação de compositores famosos como Marcelo D2, Elza Soares, Sandra de Sá e Mariene de Castro.[322] Venceu a obra liderada por Carlinhos Brown, que pela primeira vez assinou um samba no carnaval carioca.[323] Com o retorno de Eduardo Paes à Prefeitura do Rio de Janeiro, a subvenção voltou a ser paga às agremiações.[324] No final de 2021, com a campanha de vacinação contra a COVID e a diminuição de mortes pela doença, as escolas retomaram os ensaios para o carnaval de 2022.[325] Em 20 de janeiro de 2022 morreu Elza Soares, homenageada pela escola em seu carnaval anterior.[326] Com o aumento dos casos de COVID no país devido ao avanço da variante Ómicron, o desfile das escolas de samba que ocorreriam no carnaval de 2022 foram adiados para abril do mesmo ano, durante o feriado de Tiradentes.[327] A Mocidade foi a terceira escola a se apresentar na segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial de 2022. Ritmistas da bateria desfilaram de cabeça raspada, repetindo o gesto realizado nos carnavais de 1976 e 2001.[328] A rainha da bateria, Giovana Angélica, também raspou a cabeça.[329] A escola teve problemas de evolução. Com dificuldade para se locomover, o carro abre-alas precisou ser desacoplado, o que gerou uma punição para a agremiação. O veículo chegou a bater na grade lateral da pista e precisou da força de vários integrantes para empurrá-lo.[330] O trono onde Elza Soares desfilaria, na última alegoria, passou vazio pela Sapucaí.[331] Com o desfile, a Mocidade obteve o oitavo lugar no carnaval, ficando de fora do Desfile das Campeãs pela primeira vez após quatro anos consecutivos.[332] O samba-enredo da escola recebeu diversos prêmios, a exemplo do Estandarte de Ouro, Gato de Prata, S@mba-Net e Sambario.[333][334][335][336]
- 2023: "Terra de Meu Céu, Estrelas de Meu Chão"
Para o carnaval de 2023, a Mocidade trocou o carnavalesco Fábio Ricardo por Marcus Ferreira (que estava na Viradouro).[338] O intérprete Wander Pires não chegou a um acordo com a escola, deixando a agremiação. Wander também era intérprete do carnaval de São Paulo e a Mocidade alegou que estava em busca de um cantor exclusivo para a escola.[339] Nino do Milênio (que estava no Tuiuti) foi contratado como novo intérprete da agremiação.[340] Com a saída dos coreógrafos Jorge Teixeira e Saulo Finelon da escola, Paulo Pinna foi contratado para coreografar a comissão de frente da agremiação.[341] Marcus Ferreira desenvolveu um enredo sobre os artesãos, discípulos de Mestre Vitalino, do Alto do Moura, bairro de Caruaru, em Pernambuco.[342] A situação financeira da escola gerou comentários durante todo o período do pré-carnaval, junto aos boatos de problemas no barracão, carros que poderiam ir à avenida mal-acabados, entre outros. Essas deficiências visuais acabaram se concretizando no domingo de carnaval, quando a escola entrou na avenida. As alegorias, em conjunto com uma evolução problemática, foram apontados como os pontos mais baixos da apresentação da agremiação.[343] A junção destes fatores deram à escola sua pior colocação em quatorze anos: um temido 11.º lugar. Durante alguns momentos da apuração, a Mocidade chegou a ocupar a parte mais baixa da tabela, conseguindo se salvar por pouco. Mesmo assim, em 27 de fevereiro, foi anunciado a renovação de Marcus Ferreira.
- 2024: "Pede Caju que Dou... Pé de Caju que Dá!"
A Mocidade promoveu mudanças em sua equipe para o carnaval de 2024. A escola dispensou o intérprete Nino do Milênio, contratando Zé Paulo Sierra, recém-saído da Viradouro.[344] Marquinho Marino deixou a direção de carnaval após seis anos, sendo substituído por uma comissão formada por Vânia Reis, Wilker Jorge e Marcelo Plácido, além do carnavalesco Marcus Ferreira. Sandro Menezes assumiu a direção de harmonia.[345] Fabíola de Andrade, esposa do presidente de honra da escola, Rogério Andrade, assumiu o posto de rainha de bateria.[346] A agremiação teria eleição presidencial em abril de 2023, mas uma decisão judicial suspendeu o processo eleitoral para apurar irregularidades no processo de recadastramento dos sócios ocorrido em 2022. A escola foi judicialmente impedida de realizar o lançamento de seu enredo para 2024, cancelando um evento previsto para a ocasião.[347] Cerca de um mês e meio depois, a escola conseguiu reverter a decisão judicial, e pode enfim divulgar seu enredo para 2024. Assinado pelo carnavalesco Marcus Ferreira, junto com o jornalista e escritor Fábio Fabato, "Pede Caju que Dou... Pé de Caju que Dá!" abordou as histórias, lendas e curiosidades sobre o caju.[348]
Trecho do samba-enredo de 2024 da Mocidade na voz de Zé Paulo Sierra. | |
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O samba-enredo do desfile, que tem entre seus compositores, Diego Nicolau, Paulinho Mocidade e Marcelo Adnet, fez sucesso, chegando ao topo da playlist Viral Rio de Janeiro, do Spotify, que seleciona os lançamentos mais populares entre os ouvintes da cidade do Rio de Janeiro.[349][350][351] Com letra fácil e bem humorada, o samba causou polêmica com o trecho "vou erguer um monumento para seu Luiz Inácio", que foi apontado pelo público como uma referência ao então presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, mas, segundo o enredo, fazia alusão a Luiz Inácio de Oliveira, pescador que plantou o maior cajueiro do mundo, segundo a tradição oral.[352] Pouco antes do carnaval, Zé Paulo e integrantes da Mocidade se apresentaram em um jantar para Lula, na casa do então prefeito do Rio, Eduardo Paes, onde cantaram o samba para o presidente.[353]
A Mocidade foi a primeira escola a se apresentar na segunda noite (segunda-feira) do Grupo Especial de 2024.[354][355] Especialistas elogiaram o desfile, mas apontaram problemas de evolução, especialmente por causa do carro abre-alas, que precisou ter o acoplamento serrado ao final do desfile para conseguir se locomover na área de dispersão. Enquanto diretores tentavam resolver o problema, a evolução da escola ficou travada. No final do desfile, componentes precisaram acelerar o ritmo para não ultrapassar o tempo máximo de apresentação.[356][357] Um dos destaques do desfile foi a comissão de frente de Paulo Pina, que inovou ao colocar uma componente, vestida de Carmem Miranda, na arquibancada, em meio ao público.[358] No julgamento oficial do carnaval, a Mocidade perdeu pontos em quase todos os quesitos, com exceção de Bateria e Mestre-Sala e Porta-Bandeira. O badalado samba-enredo perdeu um décimo; enquanto a Comissão de Frente perdeu dois. As maiores perdas foram em Evolução (seis décimos) e Enredo (oito décimos). A escola se classificou em décimo lugar.[359] A ala de passistas da agremiação recebeu os prêmios Estandarte de Ouro, S@mba-Net e Troféu Sambario.[360][361][362] Após o carnaval, a escola desligou o carnavalesco Marcus Ferreira e o coreógrafo Paulo Pinna.[363][364]
- 2025: "Voltando para o Futuro - Não Há Limites pra Sonhar"
Para o carnaval de 2025, a Mocidade anunciou o retorno dos carnavalescos Renato e Márcia Lage.[365] Marcelo Misailidis assumiu a Comissão de Frente e Mauro Amorim assumiu a direção de carnaval.[366][367] A coreógrafa dos casais da escola Vânia Reis, que no ano anterior havia ocupado cargo na comissão de carnaval, optou por seu desligamento após a dissolução da mesma.[368] Os demais quesitos foram mantidos. A Mocidade (através dos seus carnavalescos), optou por não levar para a avenida um enredo voltado para a temática afro, que será o caminho narrativo escolhido pela maior parte das agremiações do Grupo Especial para 2025.[369] O tema da escola é tido como uma viagem intergaláctica no qual se propõe a defesa de um manifesto pelo futuro da humanidade.[370][371]
Carnavais
[editar | editar código-fonte]Ano | Colocação | Divisão | Enredo | Carnavalesco | Ref. |
---|---|---|---|---|---|
1957 | 5.º Lugar | Grupo 2 | "O Baile das Rosas" (Compositores do samba: Cleber e Toco) | Ari de Lima | [7][372][373] |
1958 | Campeã (Promovida) | Grupo 2 | "Apoteose do Samba" (Compositores do samba: Cleber e Toco) | Ari de Lima | [7][372][374] |
1959 | 5.º Lugar | Grupo 1 | "Os Três Vultos que Ficaram na História" (Compositores do samba: Cleber e Toco) | Ari de Lima | [7][372][375] |
1960 | 3.º Lugar | Grupo 1 | "Frases Célebres da História" (Compositores do samba: Aloísio, Cleber, Tio Dengo e Toco) | Ari de Lima | [7][372][376] |
1961 | 7.º Lugar | Grupo 1 | "Carnaval Carioca" (Compositores do samba: Aloísio e Tio Dengo) | Ari de Lima | [7][372][377] |
1962 | 5.º Lugar | Grupo 1 | "Brasil no Campo Cultural" (Compositores do samba: Arsênio, Jurandir Pacheco e Wilson Moreira) | Ari de Lima | [7][372][378] |
1963 | 6.º Lugar | Grupo 1 | "As Minas Gerais" (Compositores do samba: Davolta e Wilson Moreira) | Ari de Lima | [7][372][379] |
1964 | 7.º Lugar | Grupo 1 | "O Cacho da Banana" (Compositores do samba: Cleber e Toco) | Ari de Lima | [7][372][380] |
1965 | 6.º Lugar | Grupo 1 | "Parabéns para Você, Rio" (Compositores do samba: Aloísio e Tio Dengo) | Luís Gardel | [7][372][381] |
1966 | 6.º Lugar | Grupo 1 | "Exaltação à Academia Brasileira de Letras" (Compositores do samba: Da Roça e Djalma Santos) | Guilherme Martins e Alfredo Brigs | [7][372][382] |
1967 | 7.º Lugar | Grupo 1 | "História do Teatro Através dos Tempos" (Compositores do samba: Agenor e Astrogildo) | Poty | [7][372][383] |
1968 | 6.º Lugar | Grupo 1 | "Viagem Pitoresca Através do Brasil" (Compositores do samba: Da Roça e Djalma Santos) | Mário Monteiro | [7][372][384] |
1969 | 7.º Lugar | Grupo 1 | "Vida e Glória de Francisco Adolfo Varnhagen" (Compositores do samba: Claudino da Costa "Volta Seca") | Guilherme Martins e Alfredo Brigs | [7][372][385] |
1970 | 4.º Lugar | Grupo 1 | "Meu Pé de Laranja Lima" (Compositores do samba: Arsênio e Gibi) | Gabriel do Nascimento e Dario de Castro | [7][372][386][387] |
1971 | 9.º Lugar | Grupo 1 | "Rapsódia de Saudade" (Compositores do samba: Toco) | Gabriel do Nascimento e Dario de Castro | [388] |
1972 | 7.º Lugar | Grupo 1 | "Rainha Mestiça em Tempo de Lundu" (Compositores do samba: Jurandir Candido Melo e Serafim da Silva) | Clóvis Bornay | [7][372][389] |
1973 | 7.º Lugar | Grupo 1 | "Rio Zé Pereira" (Compositores do samba: Edu e Tião da Roça) | Clóvis Bornay | [7][372][390] |
1974 | 5.º Lugar | Grupo 1 | "A Festa do Divino" (Compositores do samba: Campo Grande, Nezinho e Tatu) | Arlindo Rodrigues | [7][372][391] |
1975 | 4.º Lugar | Grupo 1 | "O Mundo Fantástico do Uirapurú" (Compositores do samba: Campo Grande, Nezinho e Tatu) | Arlindo Rodrigues | [7][372][392] |
1976 | 3.º Lugar | Grupo 1 | "Mãe Menininha do Gantois" (Compositores do samba: Djalma Crill e Toco) | Arlindo Rodrigues | [7][372][393] |
1977 | 8.º Lugar | Grupo 1 | "Samba Marca Registrada" (Compositores do samba: Dico da Viola e Jurandir Pacheco) | Augusto Henrique (Gugu) | [7][372][394] |
1978 | 3.º Lugar | Grupo 1 | "Brasiliana" (Compositores do samba: Djalma Santos, Domenil e Loiola) | Arlindo Rodrigues | [7][372][395] |
1979 | Campeã | Grupo 1A | "O Descobrimento do Brasil" (Compositores do samba: Djalma Crill e Toco) | Arlindo Rodrigues | [7][372][396] |
1980 | Vice-campeã | Grupo 1A | "Tropicália Maravilha" (Compositores do samba: Arsenio, Djalma Santos e Domenil) | Fernando Pinto | [7][372][397] |
1981 | 6.º Lugar | Grupo 1A | "Abram Alas para a Folia, aí Vem a Mocidade" (Compositores do samba: Ney Vianna e Zezinho) | Ecila Cirne, Edmundo Braga e Paulino Espírito Santo | [7][372][398] |
1982 | 7.º Lugar | Grupo 1A | "O Velho Chico" (Compositores do samba: Adil, Dico da Viola e Da Roça) | Maria Carmem de Souza | [7][372][399] |
1983 | 6.º Lugar | Grupo 1A | "Como Era Verde Meu Xingu" (Compositores do samba: Adil, Dico da Viola, Paulinho Mocidade e Tiãozinho da Mocidade) | Fernando Pinto | [7][372][400] |
1984 | Vice-campeã | Grupo 1A (Segunda-feira) | "Mamãe Eu Quero Manaus" (Compositores do samba: Edson Show e Romildo) | Fernando Pinto | [7][372][401] |
3.º Lugar | Super-campeonato | ||||
1985 | Campeã | Grupo 1A | "Ziriguidum 2001, Um Carnaval nas Estrelas" (Compositores do samba: Arsênio, Gibi e Tiãozinho da Mocidade) | Fernando Pinto | [7][372][402] |
1986 | 7.º Lugar | Grupo 1A | "Bruxarias e Histórias do Arco da Velha" (Compositores do samba: Dudu, Jorginho Medeiros e Tiãozinho da Mocidade) | Edmundo Braga e Paulino Espírito Santo | [7][372][403] |
1987 | Vice-campeã | Grupo 1 | "Tupinicópolis" (Compositores do samba: Chico Cabeleira, Gibi, J. Muinhos e Nino Batera) | Fernando Pinto | [7][372][404] |
1988 | 8.º Lugar | Grupo 1 | "Beijim, Beijim, Bye Bye Brasil" (Compositores do samba: Ferreira, J. Muinhos e João das Rosas) | Fernando Pinto e Cláudio Peixoto | [7][372][405] |
1989 | 7.º Lugar | Grupo 1 | "Elis, Um Trem de Emoções" (Compositores do samba: Cadinho, Dico da Viola e Paulinho Mocidade) | Ely Peron e Rogério Figueiredo | [7][372][406] |
1990 | Campeã | Especial | "Vira, Virou, a Mocidade Chegou" (Compositores do samba: Jorginho Medeiros, Tiãozinho da Mocidade e Toco) | Renato Lage e Lilian Rabello | [7][372][407] |
1991 | Campeã | Especial | "Chuê, Chuá, as Águas vão Rolar" (Compositores do samba: Jorginho Medeiros, Tiãozinho da Mocidade e Toco) | Renato Lage e Lilian Rabello | [7][372][408] |
1992 | Vice-campeã | Especial | "Sonhar não Custa Nada, ou Quase Nada" (Compositores do samba: Dico da Viola, Moleque Silveira e Paulinho Mocidade) | Renato Lage e Lilian Rabello | [7][372][409] |
1993 | 4.º Lugar | Especial | "Marraio Feridô Sou Rei" (Compositores do samba: Antonio Andrade, Edu Ferreira, Serafim Adriano) | Renato Lage | [7][372][410] |
1994 | 8.º Lugar | Especial | "Avenida Brasil - Tudo Passa, Quem não Viu?" (Compositores do samba: Dico da Viola, Jefinho e Jorge Gannen) | Renato Lage | [7][372][411] |
1995 | 4.º Lugar | Especial | "Padre Miguel, Olhai por Nós" (Compositores do samba: Cardoso do Cavaco, Marquinhos PQD, Santana e Wanderley Marcação) | Renato Lage | [7][372][412] |
1996 | Campeã | Especial | "Criador e Criatura" (Compositores do samba: Beto Corrêa, Dico da Viola, Jefinho e Joãozinho) | Renato Lage | [7][372][413] |
1997 | Vice-campeã | Especial | "De Corpo e Alma na Avenida" (Compositores do samba: Guinna, Chico Cabeleira, J. Brito, Joãozinho e Muca) | Renato Lage | [7][372][414] |
1998 | 6.º Lugar | Especial | "Brilha no Céu a Estrela que Me Faz Sonhar" (Compositores do samba: Guinna, J. Brito, Joãozinho e Muca) | Renato Lage | [7][372][415] |
1999 | 4.º Lugar | Especial | "Villa Lobos e a Apoteose Brasileira" (Compositores do samba: Nascimento, Ricardo Simpatia e Santana) | Renato Lage | [7][372][416] |
2000 | 4.º Lugar | Especial | "Verde, Amarelo, Azul-anil, Colorem o Brasil no Ano 2000" (Compositores do samba: Dico da Viola, Jefinho, Marquinho PQD e Marquinho Índio) | Renato Lage | [7][417] |
2001 | 7.º Lugar | Especial | "Paz e Harmonia, Mocidade É Alegria" (Compositores do samba: Joãozinho, Marcelo do Rap, Domenil, J. Brito e Guinna) | Renato Lage | [7][418] |
2002 | 4.º Lugar | Especial | "O Grande Circo Místico" (Compositores do samba: Beto Corrêa, Dico da Viola, Jefinho e Marquinho Índio) | Renato Lage e Márcia Lávia | [7][419][420] |
2003 | 5.º Lugar | Especial | "Para Sempre no Seu Coração - Carnaval da Doação" (Compositores do samba: Santana e Ricardo Simpatia) | Chico Spinoza | [7][421][422] |
2004 | 8.º Lugar | Especial | "Não Corra, não Mate, não Morra - Pegue Carona com a Mocidade! Educação no Trânsito" (Compositores do samba: Santana e Ricardo Simpatia) | Chico Spinoza | [7][423][424] |
2005 | 9.º Lugar | Especial | "Buon Mangiare, Mocidade! A Arte Está na Mesa" (Compositores do samba: Inácio Rios, Nilton Mello e Jorginho Valle) | Paulo Menezes | [7][425][426] |
2006 | 10.º Lugar | Especial | "A Vida que Pedi a Deus" (Compositores do samba: Toco, Rafael Só e Marquinho Marino) | Mauro Quintaes | [7][427][428] |
2007 | 11.º Lugar | Especial | "O Futuro no Pretérito, Uma História Feita à Mão" (Compositores do samba: Toco, Rafael Só e Marquinho Marino) | Alex de Souza | [7][429] |
2008 | 8.º Lugar | Especial | "O Quinto Império: De Portugal ao Brasil, Uma Utopia na História" (Compositores do samba: Marquinho Marino, Gustavo Henrique e Igor Leal) | Cid Carvalho | [7][430] |
2009 | 11.º Lugar | Especial | "Mocidade Apresenta: Clube Literário Machado de Assis e Guimarães Rosa... Estrelas em Poesia!" (Compositores do samba: Jefinho, Santana, Ricardo Simpatia, Marquinho Índio e Diego Rodrigues) | Cebola | [7][431] |
2010 | 7.º Lugar | Especial | "Do Paraíso de Deus ao Paraíso da Loucura, Cada Um Sabe o que Procura" (Compositores do samba: J. Giovanni, Zé Glória e Hugo Reis) | Cid Carvalho | [7][432] |
2011 | 7.º Lugar | Especial | "Parábola dos Divinos Semeadores" (Compositores do samba: J. Giovanni, Zé Glória e Hugo Reis) | Cid Carvalho | [7][433] |
2012 | 9.º Lugar | Especial | "Por Ti, Portinari, Rompendo a Tela, a Realidade" (Compositores do samba: Diego Nicolau, Gabriel Teixeira e Gustavo Soares) | Alexandre Louzada | [7][434][435] |
2013 | 11.º Lugar | Especial | "Eu Vou de Mocidade com Samba e Rock in Rio, Por Um Mundo Melhor" (Compositores do samba: Domingos PS, Gustavo Henrique, Jefinho Rodrigues, Jorginho Medeiros, Marquinho Índio e Moleque Silveira) | Alexandre Louzada | [436][437] |
2014 | 9.º Lugar | Especial | "Pernambucópolis" (Compositores do samba: Diego Nicolau, Dudu Nobre, Gabriel Teixeira, Jefinho Rodrigues, Jorginho Medeiros e Marquinho Índio) | Paulo Menezes | [219][438] |
2015 | 7.º Lugar | Especial | "Se o Mundo Fosse Acabar, Me Diz o que Você Faria Se Só Lhe Restasse Um Dia?" (Compositores do samba: Billy Brandão, Ricardo Mendonça, Tio Bira, Anderson Viana e Lúcio Naval) | Paulo Barros | [243][439] |
2016 | 10.º Lugar | Especial | "O Brasil de La Mancha - Sou Miguel, Padre Miguel. Sou Cervantes, Sou Quixote Cavaleiro, Pixote Brasileiro" (Compositores do samba: Domingos Pressão, J. Medeiros, Jonas Marques, Jefinho Rodrigues, Lauro Silva, Lero Pires, Marquinho Índio, Paulo Ferraz e Wander Pires) | Alexandre Louzada e Edson Pereira | [440][441] |
2017 | Campeã (Junto com Portela) | Especial | "As Mil e Uma Noites de Uma 'Mocidade' pra Lá de Marrakesh" (Compositores do samba: Altay Veloso, Paulo César Feital, Zé Glória, J. Giovanni, Dadinho, Zé Paulo Sierra, Gustavo, Fábio Borges, André Baiacu e Thiago Meiners) | Alexandre Louzada | [442][443] |
2018 | 6.º Lugar | Especial | "Namastê: a Estrela que Habita em Mim, Saúda a que Existe em Você" (Compositores do samba: Altay Veloso, Paulo César Feital, Zé Glória, J. Giovanni, Denilson do Rosário, Carlinhos da Chácara, Alex Saraiva e Leo Peres) | Alexandre Louzada | [444] |
2019 | 6.º Lugar | Especial | "Eu Sou o Tempo. Tempo É Vida" (Compositores do samba: Diego Nicolau, Jefinho Rodrigues, Marquinho Índio, Jonas Marques, Richard Valença, Roni Pit'sTop, Orlando Ambrosio e Cabeça do Ajax) | Alexandre Louzada | [445] |
2020 | 3.º Lugar | Especial | "Elza Deusa Soares" (Compositores do samba: Sandra de Sá, Igor Vianna, Dr. Márcio, Solano Santos, Renan Diniz, Jefferson Oliveira, Professor Laranjo e Telmo Augusto) | Jack Vasconcelos | [446][447] |
2021 | Não houve desfile devido a pandemia de Covid-19 | [448] | |||
2022 | 8.º Lugar | Especial | "Batuque ao Caçador" (Compositores do samba: Carlinhos Brown, Diego Nicolau, Richard Valença, Orlando Ambrosio, Gigi da Estiva, Nattan Lopes, J J Santos e Cabeça Do Ajax) | Fábio Ricardo | [449][450][451] |
2023 | 11.º Lugar | Especial | "Terra de Meu Céu, Estrelas de Meu Chão" (Compositores do samba: Diego Nicolau, Richard Valença, Orlando Ambrosio, Gigi da Estiva, W. Correa, Leandro Budegas e Cabeça do Ajax) | Marcus Ferreira | [452] |
2024 | 10.º Lugar | Especial | "Pede Caju que Dou... Pé de Caju que Dá!" (Compositores do samba: Diego Nicolau, Paulinho Mocidade, Marcelo Adnet, Richard Valença, Orlando Ambrosio, Gigi da Estiva, Lico Monteiro e Cabeça do Ajax) | Marcus Ferreira | [453] |
2025 | Especial | "Voltando Para o Futuro - Não Há Limites pra Sonhar" (Compositores do samba: Paulo Cesar Feital, Cláudio Russo, Alex Saraiça, Denilson Rozario, Carlinhos da Chácara, Marcelo Casanossa, Rogerinho, Nito de Souza, Dr Castilho e Léo Peres) | Renato Lage e Márcia Lage | [365][454] |
Títulos
[editar | editar código-fonte]Títulos da Mocidade | ||
---|---|---|
Divisão | Títulos | Carnavais |
Primeira divisão | 6 | 1979, 1985, 1990, 1991, 1996, 2017[nota 1] |
Segunda divisão | 1 | 1958 |
Premiações
[editar | editar código-fonte]A Mocidade é uma das maiores vencedoras do prêmio Estandarte de Ouro, considerado o "óscar do carnaval carioca". Também conquistou diversas premiações como Tamborim de Ouro, S@mba-Net, Estrela do Carnaval, Prêmio SRzd, entre outras. Em 2022, a Mocidade foi declarada como patrimônio cultural de natureza imaterial do Estado do Rio de Janeiro.[17] Em 2024, a bateria da escola também foi declarada patrimônio cultural imaterial do estado.[18]
Segmentos
[editar | editar código-fonte]Presidentes de Honra
[editar | editar código-fonte]Presidentes de honra | Período | Ref. |
---|---|---|
Castor de Andrade | 1980-1997 | [455] |
Rogério Andrade | 2010-presente | [185][456][457] |
Presidentes
[editar | editar código-fonte]Presidentes | Período | Ref. |
---|---|---|
Sílvio Trindade ("Tio Vivinho") | 1955-1960 | [6] |
Ariodantino Vieira ("Tio Dengo") | 1960-1962 | |
Orozimbo de Oliveira | 1962-1964 | |
José Pereira da Silva ("Mestre André") | 1964-1965 | |
Gérson Lopes de Souza | 1965-1966 | |
Olímpio Corrêa ("Gaúcho") | 1966-1970 | |
Nairton Chaves | 1970-1971 | |
Major Ademir da Costa Pereira | 1971-1973 | |
Osman Pereira Leite | 1973-1979 | |
Nélson Pinto de Almeida Costa | 1979-1981 | |
Olímpio Corrêa ("Gaúcho") | 1981-1985 | |
Nélson Pinto de Almeida Costa | 1985-1986 | |
Olímpio Corrêa ("Gaúcho") | 1986-1992 | |
Américo Siqueira Filho | 1992-1993 | |
José Roberto Tenório | 1993-1995 | |
Jorge Pedro Rodrigues | 1995-1998 | |
José Roberto Tenório | 1998-2001 | |
Paulo Vianna | 2001-2002 | |
José Roberto Tenório | 2002-2004 | |
Paulo Vianna | 2004-2014 | |
Wandyr Trindade ("Vô Macumba") | 2014-2019 | |
Flávio Santos | 2019-presente | [6][305][447] |
Intérpretes
[editar | editar código-fonte]Intérpretes | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Tião Marino | 1957 | [373] |
Tião da Roça | 1968-1970 | [459] |
Tôco | 1971 | [459] |
Tião da Roça | 1972 | [459] |
Tião da Roça e Elza Soares | 1973 | [459] |
Ney Vianna e Elza Soares | 1974-1976 | [459] |
Ney Vianna | 1977-1983 | [460] |
Aroldo Melodia | 1984 | [461] |
Ney Vianna | 1985-1989 | [462] |
Paulinho Mocidade | 1990-1993 | [463] |
Wander Pires | 1994-1999 | [464] |
Paulo Henrique | 2000 | [465] |
David do Pandeiro | 2001 | [466] |
Wander Pires | 2002 | [464] |
Paulinho Mocidade | 2003-2004 | [463] |
Roger Linhares | 2005 | [467] |
Wander Pires | 2006 | [464] |
Bruno Ribas | 2007-2008 | [468] |
Wander Pires | 2009 | [464] |
David do Pandeiro e Nêgo | 2010 | [466][469] |
Nêgo e Rixxah | 2011 | [469][470] |
Luizinho Andanças | 2012-2013 | [471] |
Bruno Ribas e Dudu Nobre | 2014 | [472] |
Bruno Ribas | 2015-2016 | [468] |
Wander Pires | 2017-2022 | [260][464] |
Nino do Milênio | 2023 | [340] |
Zé Paulo Sierra | 2024-presente | [344] |
Comissão de Frente
[editar | editar código-fonte]Coreógrafos(as) | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Paulo Vianna | 1990 | [407] |
Jerônimo da Portela | 1991-1993 | [410][473] |
Claudia Ribeiro | 1994-1998 | [411][415] |
Valéria Martins | 1999-2001 | [474][475] |
Vicente Frota Neto | 2002 | [476] |
Paulo Mantuano | 2003-2004 | [477][478] |
Luciana Yegros | 2005 | [479][480] |
Ana Botafogo | 2006 | [481][482] |
Claudia Ribeiro | 2007 | [483][484] |
Fábio de Mello | 2008-2009 | [485][486] |
Jorge Teixeira | 2010-2011 | [487][488] |
Renato Vieira | 2012 | [435][489] |
Jaime Arôxa | 2013 | [437][490] |
Sérgio Lobato | 2014 | [221][491] |
Jorge Teixeira e Saulo Finelon | 2015-2022 | [492] |
Paulo Pinna | 2023-2024 | [341] |
Marcelo Misailidis | 2025- | [367] |
Mestre-sala e Porta-bandeira
[editar | editar código-fonte]Primeiro casal
[editar | editar código-fonte]Primeiro casal | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Salgueiro e Remba | 1957 | [373][493] |
Salgueiro e Helena do Siri | 1959 | [494] |
Carlinhos e Elisete | 1963 | [379] |
Asdrúbal e Maiú | 1964 | [380][495] |
Carlinhos e Remba | 1965 | [496] |
Carlinhos e Ivonilda | 1970 | [386][497] |
Tião e Ivonilda | 1971 | [498][499] |
Ferreira e Ivonilda | 1972 | [389][500] |
Clébio e Ivonilda | 1973-1974 | [501][502] |
Élcio PV e Marli | 1975 | [503] |
Roxinho e Irinéia | 1976 | [393][504] |
Tião e Soninha | 1977 | [505] |
Roxinho e Soninha | 1978-1985 | [402][506] |
Roxinho e Irinéia | 1986-1988 | [403][405] |
Alexandre Salino e Babi | 1989-1991 | [406][408] |
Alexandre Salino e Lucinha Nobre | 1992 | [409][507] |
Alexandre Salino e Babi | 1993 | [410][508] |
Alexandre Salino e Lucinha Nobre | 1994 | [411][509] |
Rogerinho Dornelles e Lucinha Nobre | 1995-1998 | [412][415] |
Rogerinho Dornelles e Nira | 1999-2000 | [416][510] |
Rogerinho Dornelles e Lucinha Nobre | 2001 | [475][511] |
Daniel Cassiano e Verônica Menezes | 2002 | [476][512] |
Toninho e Babi | 2003-2004 | [477][478] |
Rogerinho Dornelles e Priscila Rosa | 2005 | [479][480] |
Rogerinho Dornelles e Marcella Alves | 2006 | [481][482] |
Marcelo Pessoa e Marcella Alves | 2007 | [483][484] |
Rogerinho Dornelles e Marcella Alves | 2008 | [485][513] |
Raphael Rodrigues e Marcella Alves | 2009 | [486][514] |
Fabrício Pires e Cristiane Caldas | 2010-2011 | [487][488] |
Robson Sensação e Ana Paula | 2012 | [435][489] |
Feliciano Júnior e Squel Jorgea | 2013 | [437][490] |
Rogerinho Dornelles e Lucinha Nobre | 2014 | [491][515] |
Diogo Jesus e Lucinha Nobre | 2015 | [516][517] |
Diogo Jesus e Cristiane Caldas | 2016-2017 | [255][518] |
Marcinho Siqueira e Cristiane Caldas | 2018-2019 | [280] |
Diogo Jesus e Bruna Santos | 2020-presente | [308] |
Segundo casal
[editar | editar código-fonte]Segundo casal | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Jorge Luiz e Lucinha Nobre | 1991 | [408] |
Rogerinho Dornelles e Lucinha Nobre | 1993 | [410] |
Rogerinho Dornelles e Denadir Inocêncio | 1994 | [411] |
Daniel Cassiano e Denadir Inocêncio | 1995 | [412] |
Daniel Cassiano e Nira | 1997-1998 | [414][415] |
Daniel Cassiano e Verônica Menezes | 1999-2001 | [416][475] |
Marcelo Pessoa e Gisele Gregório | 2002-2005 | [512][479] |
Marcelo Pessoa e Janaina Mendes | 2006 | [481] |
Luiz Felipe e Janaina Mendes | 2007 | [483] |
Marcelo Pessoa e Janaina Mendes | 2008 | [485] |
Luiz Felipe e Janaina Mendes | 2009 | [486] |
José Roberto e Elaine Ribeiro | 2010-2011 | [487][488] |
Feliciano Júnior e Natália Guimarães | 2012 | [435] |
Júlio Cesar e Natália Guimarães | 2013-2014 | [437][438] |
Raphael Nascimento e Marcela Tavares | 2015 | [519] |
Diego Machado e Elaine Santos | 2016 | [441] |
Jeferson Pereira e Edna Ramos | 2017 | [520] |
Jeferson Pereira e Bruna Santos | 2018-2019 | [521][522] |
Jeferson Pereira e Isabella Moura | 2020-2022 | [523] |
Diego Moreira e Isabella Moura | 2023-presente | [524] |
Terceiro casal
[editar | editar código-fonte]Terceiro casal | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Jéferson Silva e Tainá da Silva | 2008 | [525] |
Alexandre Ribeiro e Elaine Ribeiro | 2009 | [526] |
Fábio Júnior e Natália Guimarães | 2010-2011 | [527][528] |
Jeferson Pereira e Elaine Ribeiro | 2024-presente | [529] |
Bateria
[editar | editar código-fonte]Mestres
[editar | editar código-fonte]Diretores de bateria | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Mestre André | 1957-1966 | [373][397] |
Mestre Chaminé | 1967 | [532][533] |
Mestre André | 1968-1980 | [397][534] |
Mestre Dilson Batista Carregal | 1981 | [398][535] |
Mestre Cinco | 1982 | [399][536] |
Mestres Bira, Léo e Andrezinho | 1983 | [537] |
Mestre Bira | 1984-1988 | [401][405] |
Mestre Jorjão | 1989-1994 | [406][411] |
Mestre Cóe | 1995-1998 | [412] |
Mestre Jorjão | 1999 | |
Mestre Cóe | 2000-2004 | [538] |
Mestre Bira | 2005 | [479][480] |
Mestre Jonas | 2006-2009 | [481][486] |
Mestre Beréco | 2010-2011 | [487][488] |
Mestres Andrezinho, Beréco e Dudu | 2012-2015 | [489][519] |
Mestre Dudu | 2016-presente | [441][447] |
Rainhas
[editar | editar código-fonte]Rainhas de bateria | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Adele Fátima | 1980-1983 | [539][540] |
Monique Evans | 1984-1987 | [541][544] |
Fátima Tenório | 1995 | [412] |
Mônica Paulo | 2000-2001 | [545][546] |
Viviane Araújo | 2002-2003; 2005-2006 | [547] |
Thatiana Pagung | 2007-2010 | [548] |
Andrea de Andrade | 2011 | [185] |
Antônia Fontenelle | 2012 | [549][9] |
Camila Silva | 2013 | [208][550] |
Mariana Rios | 2014 | [551][552] |
Claudia Leitte | 2015-2016 | [242][553] |
Camila Silva | 2017-2019 | [550][554][555] |
Giovana Angélica | 2020-2023 | [309][447] |
Fabíola de Andrade | 2024-presente | [346][556] |
Madrinhas
[editar | editar código-fonte]Madrinhas de bateria | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Raquel Blanc | 2003 | [557] |
Janaína Barbosa | 2007 | [558] |
Elza Soares | 2010 | [559][560] |
Direção de Carnaval
[editar | editar código-fonte]Diretores de carnaval | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Chiquinho | 1974-1985 | [391][402] |
Dejahyr dos Santos | 1986 | [561] |
Chiquinho | 1987-1992 | [507][562] |
Paulinho do Ouro | 1994-1996 | [411][563] |
José Manuel Leonor e Comissão de Desfile | 1997 | [414][564] |
Jorge Pedro Rodrigues e Comissão de Desfile | 1998 | [415][565] |
Douglas da Lapa | 1999 | [416][474] |
Dejahyr dos Santos | 2000-2001 | [475][510] |
Douglas da Lapa | 2002-2005 | [480][512] |
Dejahyr dos Santos | 2006 | [481][482] |
Alex de Souza, Anselmo Duarte, Arthur Pelágio, Douglas da Lapa, Paulo Vianna e Wilker Leite Filho | 2007 | [429][483] |
José Luiz Azevedo | 2008 | [485][513] |
Comissão de Carnaval | 2009 | [486][514] |
Ricardo Simpatia | 2010-2013 | [437][487] |
Anderson Abreu | 2014 | [438][491] |
Marcelo Plácido, Paulo Barros, Renato Pires, Rodrigo Pacheco e Rômulo Ramos | 2015 | [517][519] |
Alan Duque, Marcelo Plácido, Rodrigo Pacheco e Rômulo Ramos | 2016 | [441][566] |
Marquinho Marino | 2017-2023 | [447][567] |
Marcus Ferreira, Vânia Reis, Wilker Jorge e Marcelo Plácido | 2024 | [345] |
Mauro Amorim | 2025-presente | [366] |
Direção de Harmonia
[editar | editar código-fonte]Diretores de harmonia | Carnavais | Ref. |
---|---|---|
Gonzaga Manuel Antônio | 1964 | [380][495] |
José Maria de Paula | 1970 | [386][497] |
Barra Mansa, Chiquinho, Dejair | 1976-1987 | [393][404] |
Chiquinho | 1988-1989 | [405][568] |
Barra Mansa | 1990-1991 | [473][569] |
Douglas da Lapa | 1995 | [412][570] |
Comissão de Desfile | 1996-1998 | [564][565] |
Douglas da Lapa | 1999 | [416][474] |
Cristiano Marinho | 2000 | [510][571] |
Vicente de Paula | 2001 | [475][511] |
Carlos Alberto Lemos | 2002 | [476][512] |
Paulinho do Gogó | 2003-2004 | [477][478] |
Douglas da Lapa | 2005 | [479][480] |
Carlos Alberto Lemos | 2006-2007 | [482][484] |
Alcides de Oliveira, Roberto Reis e Beto Manfredo | 2008 | [485][513] |
Ricardo Simpatia | 2009 | [486][514] |
Rômulo Ramos | 2010 | [487][572] |
Gerson e Janson | 2011 | [488][573] |
Jefinho Rodrigues | 2012 | [435][489] |
Geraldão e Marquinhos | 2013 | [437][490] |
Almir Frutuoso | 2014 | [438][491] |
Rômulo Ramos | 2015-2016 | [441][519] |
Robson Velloso e Wallace Capoeira | 2017-2018 | [567][574] |
Wallace Capoeira | 2019-2022 | [447] |
Dudu Gaspar e Léo Mira | 2023 | [575] |
Sandro Menezes | 2024 | [345] |
Sandro Menezes e Wallace Capoeira | 2025-presente | [576] |
Notas
Referências
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