Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 1992 – Wikipédia, a enciclopédia livre
Fórmula 1 de 1992 | |
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Campeão (piloto): | Nigel Mansell (1º titulo) |
Campeão (equipe): | Williams-Renault (5º titulo) |
Fórmula 1 |
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A Temporada de Fórmula 1 de 1992 foi a 43.ª realizada pela FIA, decorrendo entre 1º de março a 8 de novembro de 1992, com dezesseis corridas.
Teve como campeão o britânico Nigel Mansell, da equipe Williams, sendo vice-campeão o italiano Riccardo Patrese, também da Williams.
O campeonato marcou a primeira vitória do alemão Michael Schumacher na categoria.
Foi a última temporada das equipes March, Brabham e Fondmetal. Também foi a segunda temporada disputada pela Jordan e que também marcou a estreia da Andrea Moda, considerada por muitos como a pior equipe que já conseguiu disputar uma corrida na categoria.
Pilotos e equipes
[editar | editar código-fonte]Vice-campeão | Campeão | 3º Lugar |
Riccardo Patrese | Nigel Mansell | Michael Schumacher |
Williams Renault | Williams Renault | Benetton Ford |
- Nota
- Akihiko Nakaya, 6º. colocado na F-3000 de seu país, fora contratado pela Brabham para ser companheiro do belga Eric van de Poele. Mas a FIA negou a superlicença ao japonês, argumentando que ele não tinha condições de pilotar carros de F-1. Giovanna Amati foi escolhida para suceder Nakaya, mas após falhar três vezes em tentar largar, foi dispensada da Brabham. O inglês Damon Hill foi chamado pela escuderia para ocupar o lugar de Giovanna.
Calendário
[editar | editar código-fonte]Resultados
[editar | editar código-fonte]Grandes Prêmios
[editar | editar código-fonte]Pilotos
[editar | editar código-fonte]
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Negrito – Pole position |
- Em negrito indica pole position e itálico volta mais rápida.
† Completou mais de 90% da distância da corrida.
Pilotos
[editar | editar código-fonte]- Entre parênteses ( ) significa que não conseguiu vaga para o grid de largada.
Construtores
[editar | editar código-fonte]Pos. | Construtor | Chassis | Motor | Pneu | GPs | Vitórias | Pódiums | Poles | Subtotal de Pontos | Total de Pontos |
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1 | Williams | FW14B | Renault RS3 V10 | G | 10 | 8 | 16 | 9 | 126 | 164 |
Renault RS4 V10 | 7 | 2 | 5 | 6 | 38 | |||||
2 | McLaren | MP4/6B | Honda RA121E 3.5 V12 | G | 2 | 1 | 9 | 99 | ||
MP4/7A | Honda RA122E/B 3.5 V12 | 14 | 5 | 11 | 1 | 90 | ||||
3 | Benetton | B191B | Ford HB V8 | G | 3 | 2 | 11 | 91 | ||
B192 | 13 | 1 | 11 | 80 | ||||||
4 | Ferrari | F92A | Ferrari 040 V12 | G | 14 | 2 | 16 | 21 | ||
F92AT | 5 | 5 | ||||||||
5 | Lotus | 102D | Ford HB V8 | G | 5 | 2 | 13 | |||
107 | 12 | 11 | ||||||||
6 | Tyrrell | 020B | Ilmor 2175A V10 | G | 8 | 8 | ||||
7 | Footwork | FA13 | Mugen-Honda MF-351H (Honda RA101E rebatizado) V10 | G | 16 | 6 | 6 | |||
8 | Ligier | JS37 | Renault RS3C V10 | G | 6 | 6 | ||||
9 | March | CG911 | Ilmor 2175A V10 | G | 16 | 3 | 3 | |||
10 | Dallara | F192 | Ferrari 037 V12 | G | 16 | 2 | 2 | |||
11 | Jordan | 192 | Yamaha OX99 V12 | G | 16 | 1 | ||||
12 | Minardi | M191B | Lamborghini 3512 V12 | G | 4 | 1 | ||||
M192 | 12 | 1 | ||||||||
13 | Venturi | LC92 | Lamborghini 3512 V12 | G | 16 | 1 | 1 | |||
14 | Fondmetal | GR01 | Ford HB V8 | G | 6 (3) | 0 | 0 | |||
GR02 | 7 | 0 | ||||||||
15 | Brabham | BT60B | Judd GV V10 | G | 3 (8) | 0 | 0 | |||
16 | Andrea Moda | S921 | Judd GV V10 | G | 1 (6) | 0 | 0 |
Referências
- ↑ «Andrea Moda C4B Judd» (em inglês). F1 technical.net
Pré temporada
[editar | editar código-fonte]As quatro principais equipes mantiveram pelo menos um piloto de 1991, com os dois principais candidatos ao título inalterados.
- McLaren: manteve o tricampeão Ayrton Senna e o austríaco Gerhard Berger pela terceira temporada seguida.
- Williams: igualmente continuou Nigel Mansell e Riccardo Patrese. O italiano disputaria sua última temporada pela escuderia de Grove neste ano.
- Ferrari: continuou com Jean Alesi e substituiu Alain Prost por Ivan Capelli, vindo da Leyton House Racing.
- Benetton: manteve Michael Schumacher, em sua primeira temporada completa na categoria, agora fazendo dupla com Martin Brundle, que substituiu Nelson Piquet.
- Ligier: manteve Thierry Boutsen e Érik Comas. Alain Prost e Nelson Piquet chegaram a ser lembrados para correr pela equipe.
- Lotus: tirou Michael Bartels, que não conseguiu largar em nenhuma das 4 corridas em que se inscreveu e repatriou Johnny Herbert, mantendo o finlandês Mika Häkkinen.
- Minardi: substituiu Pierluigi Martini pelo novato brasileiro Christian Fittipaldi e trouxe de volta Gianni Morbidelli.
- Jordan: troca Andrea de Cesaris e Alessandro Zanardi por Maurício Gugelmin e Stefano Modena.
- Dallara: mantém J.J. Lehto e troca Emanuele Pirro por Pierluigi Martini, que disputaria sua única temporada completa fora da equipe Minardi (participara de uma corrida pela Toleman em 1984.
- Footwork: substitui Alex Caffi por Aguri Suzuki e mantém Michele Alboreto pela terceira temporada seguida.
- Venturi (ex-Lola): troca Éric Bernard e Aguri Suzuki por Bertrand Gachot e o estreante japonês Ukyo Katayama.
- March (Ex-Leyton House): troca Maurício Gugelmin e Ivan Capelli pelo jovem austríaco Karl Wendlinger e pelo francês Paul Belmondo inicialmente. Com a saída de Wendlinger para testar pela Sauber (que estrearia na F-1 em 1993) e o mau desempenho de Belmondo, Emanuele Naspetti e Jan Lammers (de volta após 10 anos) assumem as vagas.
- Brabham: Martin Brundle e Mark Blundell deixam a equipe e, em seus lugares, entram Eric Van de Poele e Giovanna Amati. O japonês Akihiko Nakaya, 6º colocado na F-3000 de seu país, já tinha assinado contrato com a Brabham, porém a FIA alegou que o piloto não tinha condição de pilotar na Fórmula 1 e barrou a superlicença a Nakaya. O inglês Damon Hill, campeão em 1996 pela Williams, assumiu o cockpit a partir do GP da Espanha.
- Fondmetal: em sua derradeira temporada e agora com um carro a mais, troca Olivier Grouillard por Gabriele Tarquini e Andrea Chiesa.
- Tyrrell: com a aposentadoria de Satoru Nakajima e a saída de Stefano Modena para a Jordan, a equipe de Ken Tyrrell contrata Andrea de Cesaris e Olivier Grouillard.
- Andrea Moda (ex-Coloni): estreante na categoria, contratou inicialmente Alex Caffi e Enrico Bertaggia, mas não foi liberada para correr nas primeiras etapas e rescindiu o contrato dos 2 pilotos italianos. Para o lugar da dupla, entram o brasileiro Roberto Moreno e o inglês Perry McCarthy. A equipe classifica-se apenas para o GP de Mônaco.
Ainda no fundo do grid, a equipe Jordan assumiu um risco, substituindo os dois pilotos após a sua bem sucedida temporada de estreia. Eddie Jordan também trocou os motores Ford V8 pelos Yamaha V12 de vez. A Brabham passou a contar com a a italiana Giovanna Amati, a primeira mulher a correr na F1 desde a sul-africana Desiré Wilson em 1980, porém não conseguiu se classificar para nenhuma corrida. A equipe Coloni teve seu espólio vendido e foi rebatizada como Andrea Moda, que se tornaria piada na categoria.
Esta foi a primeira de duas temporadas (a outra foi em 1993) na história da Fórmula 1 em que o calendário tinha corridas em todos os seis continentes habitados (1 corrida cada na Ásia, Oceania, América do Sul e África; 2 na América do Norte e 11 na Europa).
Em termos de segurança, esta temporada viu a introdução de testes mais rigorosos de colisão pré-temporada e à utilização oficial de um Safety Car no esporte.