Cálculo variacional – Wikipédia, a enciclopédia livre
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O cálculo de variações é um problema matemático que consiste em buscar máximos e mínimos (ou, mais geralmente, extremos relativos) de funções contínuas definidas sobre algum espaço funcional. Constituem uma generalização do cálculo elementar de máximos e mínimos de funções reais de uma variável. Ao contrário deste, o cálculo das variações lida com os funcionais, enquanto o cálculo ordinário trata de funções. Funcionais podem, por exemplo, ser formados por integrais envolvendo uma função incógnita e suas derivadas. O interesse está em funções extremas - aquelas que fazem o funcional atingir um valor máximo ou mínimo - ou de funções fixas - aquelas onde a taxa de variação do funcional é precisamente zero.
Talvez o exemplo mais simples seja o de encontrar a curva com o menor comprimento possível ligando dois pontos. Se não houver restrições, a solução é (obviamente) uma linha reta ligando estes pontos. No entanto, se as possibilidades para esta curva estiverem restritas a uma determinada superfície no espaço, então a solução é menos óbvia e, possivelmente, muitas soluções podem existir. Tais soluções são conhecidas como geodésicas. Um problema relacionado a este é representado pelo princípio de Fermat: a luz segue o caminho de menor comprimento óptico ligando dois pontos, onde o comprimento óptico depende do material de que é composto o meio. Um conceito correspondente em mecânica é o princípio da mínima ação.
Formulação geral
[editar | editar código-fonte]Um dos problemas típicos em cálculo diferencial é o de encontrar o valor de para o qual uma dada função alcança um valor extremo (máximo ou mínimo). No cálculo de variações, o problema em questão é encontrar uma função para a qual um funcional atinge um valor extremo. O funcional é composto por uma integral que depende de , da função e algumas de suas derivadas.
Onde a função pertence a algum espaço de funções (espaço de Banach, espaço de Hilbert), e tanto ela como suas derivadas podem ter restrições.
Esta fórmula integral pode ser mais complicada permitindo a ser um vetor, e portanto incluindo derivadas parciais para .
Em casos mais simples, a resolução do problema pode ser reduzida a resolução da Equação de Euler na forma:
Problemas históricos
[editar | editar código-fonte]Problema Isoperimétrico
[editar | editar código-fonte]Qual é a área máxima que pode cercar-se com uma curva de comprimento especificado?
Exemplo: Sejam dois pontos sobre o eixo x, sendo a distância entre eles estabelecida. Ou seja, . O problema de haver uma curva que maximize a área entre ela e o eixo x seria:
Haverá uma função de modo que,
- max
com as restrições
- (comprimento de arco)
Braquistócrona
[editar | editar código-fonte]O problema da curva braquistócrona remonta a Johann Bernoulli (1696). Se refere a encontrar uma curva no plano cartesiano que vá do ponto a origem de modo que um ponto material que desliza sem fricção sobre ela tarda o menor tempo possível em ir de a origem. Usando princípios de mecânica clássica o problema pode formular-se como,
- min
onde g é a gravidade e as restrições são, , . Há de se notar que em existe uma singularidade.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Equação de Euler-Lagrange.
- Princípio de Hamilton
- Lagrangiana
- Hamiltoniano
- Catenóide
- Braquistócrona
- Geodésica