D. Luiz (locomotiva) – Wikipédia, a enciclopédia livre
D. Luiz (Série 1001) | |
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Locomotiva D. Luiz no Museu Nacional Ferroviário, em 2015. | |
Descrição | |
Propulsão | Vapor |
Fabricante | Beyer, Peacock and Company |
Tipo de serviço | Via |
Características | |
Bitola | Bitola ibérica |
Operação | |
Ano da entrada em serviço | 1863 |
A D. Luiz, igualmente conhecida como D. Luís, é uma locomotiva a vapor, que se distingue por ser a mais antiga em Portugal.[1] Fabricada em 1862[1], foi abatida ao serviço em 1921 e restaurada em 1956.[2]
História
[editar | editar código-fonte]Esta locomotiva foi fabricada em 1862,[1] na fábrica de Manchester da Beyer, Peacock and Company.[3] Em Setembro do ano seguinte, foi responsável por rebocar o primeiro comboio até à fronteira espanhola.[3] Rebocou várias vezes o comboio real, oferecido à Rainha D. Maria Pia por ocasião do seu casamento com D. Luís I, em 1861.[2][3]
Com a queda da monarquia portuguesa, em 1910, passou a rebocar comboios de obras entre o Barreiro e a Moita, tendo-se descurado a sua manutenção.[2] Em 1921, quando estava a rebocar um dos comboios de obras, com três carruagens e um furgão, um dos tubos rebentou, provocando uma queda na pressão, embora a locomotiva ainda tenha conseguido terminar a sua viagem.[2] Na viagem de regresso, ainda conseguiu chegar ao Barreiro-A, tendo sido necessário chamar outra locomotiva para a rebocar até à estação do Barreiro.[2] Terminou assim os seus serviços regulares, tendo sido encostada junto com ferro-velho, aguardando a sua destruição.[2] No entanto, por ocasião do primeiro centenário dos caminhos de ferro portugueses, em 1956, foi completamente restaurada.[2] Em 1970, foi realizado um inventário do acervo histórico da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, para a formação de um núcleo museológico, tendo esta locomotiva sido incluída, como a mais antiga em Portugal.[1]
Entre Abril e Setembro de 2010, esta locomotiva esteve presente na exposição Royal Class Regal Journeys, no museu dos caminhos de ferro de Utreque, na Holanda, como parte do comboio real.[4]
Caracterização
[editar | editar código-fonte]Esta locomotiva apresenta os traços típicos de uma locomotiva de roda livre, no estilo inglês.[1] Pode exercer até 3000 kg de esforço de tracção, e o timbre da caldeira é de 9 kg/cm².[3] A iluminação é realizada por acetileno.[3] A capacidade máxima da locomotiva é de 6600 litros de água, e 3000 kg de carvão.[3]
Ficha técnica
[editar | editar código-fonte]- Fabricante: Beyer Peacock[3]
- Ano de fabrico: 1862[3]
- Capacidade de aprovisionamento:
- Iluminação: Acetilene[3]
- Timbre da caldeira: 9 Kg/cm2[3]
- Esforço de Tracção: 3000 Kg[3]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c d e «Otros Paises, Otras Noticias». Via Libre (em espanhol). Ano 7 (78). Junho de 1970. p. 28-29
- ↑ a b c d e f g «El último viaje de la locomotora "D. Luiz"». Via Libre (em espanhol). Ano 10 (110). Fevereiro de 1973. p. 16
- ↑ a b c d e f g h i j k l m «Locomotiva D. Luiz (1862)». Comboios de Portugal. Consultado em 25 de Junho de 2012 [ligação inativa]
- ↑ «Comboio Real em exposição na Holanda». Rede Ferroviária Nacional. 14 de Abril de 2010. Consultado em 25 de Junho de 2012 [ligação inativa]
Ligações externas
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