Estação Ferroviária de Vila Pouca de Aguiar – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Este artigo é sobre a antiga estação na Linha do Corgo. Se procura o antigo apeadeiro também na Linha do Corgo, veja Apeadeiro de Parada de Aguiar. Se procura o apeadeiro ao serviço na Linha do Norte, veja Apeadeiro de Vila Pouca do Campo.
Vila Pouca de Aguiar
Antigo edifício da estação de Vila Pouca de Aguiar, em 2015.
Antigo edifício da estação de Vila Pouca de Aguiar, em 2015.
Linha(s): Linha do Corgo (PK 54,187)
Coordenadas: 41° 29′ 59,94″ N, 7° 38′ 48,23″ O
Município: Vila Pouca de Aguiar
Inauguração: 15 de Julho de 1907
Encerramento: 1990

A Estação Ferroviária de Vila Pouca de Aguiar, originalmente denominada de Villa Pouca, é uma interface encerrada da Linha do Corgo, que servia a localidade de Vila Pouca de Aguiar, no Distrito de Vila Real, em Portugal.

Ver artigo principal: História da Linha do Corgo

Planeamento, construção e inauguração

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Na transição para o Século XX, já se reconhecia a necessidade de construir um caminho de ferro entre a Régua, na Linha do Douro, e Espanha, passando por Vila Pouca de Aguiar, localidade que tinha uma certa importância como convergência de várias estradas, e portela para o vale do Rio Tâmega.[1] Em 1898, a comissão que tinha sido encarregada de estudar os projectos na Rede Complementar ao Norte do Mondego apresentou várias propostas, incluindo uma linha de Chaves a Régua, passando por Vila Pouca de Aguiar.[2] Nas bases para a adjudicação da construção e exploração da linha entre a Régua e a fronteira, a segunda parte ia de Vila Real a Vila Pouca de Aguiar, e a terceira deste ponto até Vidago.[3] Os planos para o lanço entre o Ribeiro de Varges e a Estação de Pedras Salgadas, autorizado por uma portaria de 14 de Setembro de 1905, incluíam a estação de Vila Pouca, de 2.ª classe, que deveria ser construída no extremo Oeste da localidade.[4] A via férrea neste ponto ficava a uma cota consideravelmente mais elevada do que nas zonas contínguas, pelo que seria necessário construir um patamar de 320 m de extensão, de forma a evitar o risco de que os vagões descessem acidentalmente por qualquer um dos lados.[4]

Em 16 de Janeiro de 1906, já tinha sido dada a ordem para a construção da estação de Vila Pouca de Aguiar, cujas obras já tinham sido iniciadas em Outubro desse ano.[5]

Esta interface encontrava-se no troço entre as estações de Vila Real e Pedras Salgadas, que foi inaugurado em 15 de Julho de 1907.[6]

Em 1913, a estação de Vila Pouca de Aguiar era servida por carreiras de diligências até Arco de Baúlhe e Gandarela de Basto.[7]

Ligação prevista a Mirandela e expansão da estação

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No plano da rede ferroviária, introduzido pelo Decreto n.º 18190, de 28 de Março de 1930, um dos lanços programados era a Transversal de Valpaços, a começar em Vila Pouca de Aguiar ou Pedras Salgadas, e a terminar em Mirandela, na Linha do Tua, passando por Carrazedo de Montenegro e Valpaços.[8][9][10] Caso este troço se iniciasse em Vila Pouca, a sua extensão seria de aproximadamente 67 Km.[11]

Em 1934, a Companhia Nacional de Caminhos de Ferro, que estava a explorar esta Linha, realizou obras de ampliação dos cais coberto e descoberto nesta estação.[12]

Antigo edifício da estação de Vila Pouca de Aguiar, em 2015.

A circulação entre Chaves e Vila Real foi encerrada em 2 de Janeiro de 1990, como parte de um plano de reestruturação da empresa Caminhos de Ferro Portugueses.[13][14]

Referências

  1. SOUSA, José Fernando de (1 de Março de 1903). «A linha da Régua a Chaves e à fronteira» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 16 (365). p. 65-67. Consultado em 16 de Março de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  2. «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 60 (1462). 16 de Novembro de 1948. p. 632-633. Consultado em 6 de Setembro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  3. «Parte Official» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 15 (348). 16 de Junho de 1902. p. 181. Consultado em 16 de Março de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  4. a b SOUSA, José Fernando de (16 de Setembro de 1905). «A linha da Regoa a Chaves» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 18 (426). p. 273-275. Consultado em 16 de Março de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  5. «Efemérides» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1228). 16 de Fevereiro de 1939. p. 135-138. Consultado em 6 de Setembro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  6. TORRES, Carlos Manitto (16 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 70 (1684). p. 91-95. Consultado em 16 de Março de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  7. «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 18 de Fevereiro de 2018 – via Biblioteca Nacional de Portugal 
  8. PORTUGAL. Decreto n.º 18:190, de 28 de Março de 1930. Ministério do Comércio e Comunicações - Direcção Geral de Caminhos de Ferro - Divisão Central e de Estudos - Secção de Expediente, Paços do Governo da República. Publicado no Diário do Govêrno n.º 83, Série I, de 10 de Abril de 1930.
  9. SOUSA, José Fernando de (1 de Outubro de 1935). «Os Nossos Caminhos de Ferro em 1935» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 48 (1153). p. 5-9. Consultado em 16 de Março de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  10. SOUSA, José Fernando de (1 de Dezembro de 1934). «Variante pedida na Linha do Tâmega» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1127). p. 587-589. Consultado em 16 de Março de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  11. SOUSA, José Fernando de (1 de Abril de 1935). «Interêsse Regional e Nacional: A Transversal de Trás-os-Montes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1135). p. 150-151. Consultado em 16 de Março de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  12. «O que se fez nos caminhos de ferro em Portugal, em 1934» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1129). 1 de Janeiro de 1935. p. 27-29. Consultado em 16 de Março de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  13. «CP encerra nove troços ferroviários». Diário de Lisboa. Ano 69 (23150). Lisboa: Renascença Gráfica. 3 de Janeiro de 1990. p. 17. Consultado em 13 de Dezembro de 2020 – via Casa Comum / Fundação Mário Soares 
  14. CARDOSO, José António (27 de Dezembro de 2010). «Linha do Corgo parada e sem obras vítima da crise». Diário de Notícias. Consultado em 28 de Março de 2013. Arquivado do original em 24 de setembro de 2015 
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Ligações externas

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