Luís Guimarães Filho – Wikipédia, a enciclopédia livre

Luís Guimarães Filho
Nascimento 30 de outubro de 1878
Rio de Janeiro, Município Neutro
Morte 19 de abril de 1940 (61 anos)
Petrópolis,  Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Diplomata, poeta e cronista

Luís Guimarães Filho (Rio de Janeiro, 30 de outubro de 1878Petrópolis, 19 de abril de 1940) foi um diplomata, poeta e cronista brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras. Foi, também, membro da Academia das Ciências de Lisboa, da Real Academia Espanhola e de várias associações culturais brasileiras e portuguesas.

Filho de Luís Guimarães Júnior, poeta lírico que também foi diplomata e ministro do Brasil em Lisboa e fundador da Cadeira n.º 31 da ABL, e de Cecília Canongia Guimarães, falecida ainda jovem, o menino Luís foi entregue, juntamente com suas duas irmãs e o irmão, aos cuidados da avó materna, que residia em Portugal, enquanto o pai continuava a vida diplomática. Estudou na Universidade de Coimbra, onde recebeu o grau de bacharel em filosofia em 1895.

Seguindo o exemplo do pai, ingressou na carreira diplomática. Em setembro de 1901, foi nomeado secretário do Congresso Pan-Americano do México. Em 1902 foi nomeado, por concurso, segundo secretário de legação em Buenos Aires e em Montevidéu, Tóquio e Pequim. Foi conselheiro de legação em Havana e Berna. Promovido a embaixador, ocupou o posto em Madri e na Cidade do Vaticano.

Colaborou na imprensa, sobretudo na Gazeta de Notícias, no Correio da Manhã e na revista Branco e Negro [1] (1896-1898). Desde o primeiro livro de poesias, Versos Íntimos (1894), revelou-se um lírico, de expressão simbolista, até chegar a Pedras Preciosas (1906), considerada a sua principal obra como poeta, traduzida para o italiano em 1923, com o título Pietre Preziose. Seu livro de crônicas Samurais e Mandarins, publicado em 1912, obteve grande êxito literário.

Sua última obra foi o ensaio biográfico Fra Angélico, em que reconstituiu a vida do grande artista da Renascença e a sua época histórica. Era conhecido pela forte religiosidade, manifestada em muitas poesias e no estudo sobre Santa Teresinha, escrito para o Correio da Manhã e depois incluído no livro de viagens Hollanda.

  • Versos íntimos (1894)
  • Livro de minha alma, poesia (1895)
  • Ídolos chineses, poesia (1897)
  • Ave-Maria, poesia (1900)
  • Uma página do Qua vadis, poesia (1901)
  • Pedras preciosas, poesia (1906)
  • Samurais e mandarins, crônicas (1912)
  • Cantos de luz, poesia (1919)
  • Hollanda, impressões e viagens (1928)
  • Fra Angélico, ensaio biográfico (1938)
Soneto Romântico

Pousa os olhos nos meus... deixa voar
Os nossos sonhos que outro sonho enlaça...
Eu quero ler a imaculada graça
Dos juramentos que tu tens no olhar!
Escuta as dores do profundo mar!
Vê como sofre o vento quando passa!
E como é triste a cândida desgraça
Que existe na eloquência do luar!
E enquanto os outros vivem padecendo,
No mundo vil, - no mundo atroz e horrendo -
Nós dois, como os amantes da balada,
Vamos sofrer de novo as amarguras
E repetir as imortais loucuras
Do nosso amor, ó companheira amada!

Academia Brasileira de Letras

[editar | editar código-fonte]

Foi eleito em 17 de maio de 1917 para a cadeira 24, na sucessão de Garcia Redondo, sendo recebido em 19 de julho de 1917 pelo acadêmico Paulo Barreto, mais conhecido como João do Rio.[2]

Referências

Fontes e referências

[editar | editar código-fonte]

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]


Precedido por
Garcia Redondo
ABL - segundo acadêmico da cadeira 24
1917 — 1940
Sucedido por
Manuel Bandeira


Ícone de esboço Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.