Viriato Correia – Wikipédia, a enciclopédia livre
Viriato Correa | |
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Nome completo | Manuel Viriato Correia Baima do Lago Filho |
Nascimento | 23 de janeiro de 1884 Pirapemas, Maranhão, Brasil |
Morte | 10 de abril de 1967 (83 anos) Rio de Janeiro, Guanabara, Brasil |
Nacionalidade | Brasileiro |
Ocupação | Jornalista, escritor, dramaturgo e político |
Gênero literário | Romance histórico |
Magnum opus | Cazuza |
Manuel Viriato Correia Baima do Lago Filho, ou apenas Viriato Correia (Pirapemas, 23 de janeiro de 1884 — Rio de Janeiro, 10 de abril de 1967) foi um jornalista, escritor, dramaturgo, teatrólogo e político brasileiro.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Viriato nasceu na cidade de Pirapemas, em 1884. Era filho de Manuel Viriato Correia Baima e de Raimunda Silva Baima. Ainda pequeno, foi para a capital do Maranhão para ingressar nos ensinos primários no Colégio São Luís e, posteriormente, no secundário, no Liceu Maranhense.[1] A escrita começou aos 16 anos, com poesias e contos. Mudando-se para Recife, após o curso preparatório, ingressou na Faculdade de Direito, que cursou por três anos.[2]
Inicialmente, seus planos eram de se mudar para o Rio de Janeiro para terminar a faculdade, mas juntou-se à boêmia carioca, traço característico de grande parte dos intelectuais brasileiros da época.[1] No Maranhão em 1903, Viriato publicou seu primeiro livro, uma coletânea chamada Minaretes, que marca o início de sua carreira como escritor.[2]
João Ribeiro foi um feroz crítico da coletânea, acreditando que o título de inspiração árabe não condizia com os contos sertanejos ali incluídos.[1][2] Completou o curso de Direito no Rio de Janeiro em 1907, mas trabalhou pouco como advogado. Viriato se destacou na literatura, no jornalismo e na carreira política. Por intermédio de Medeiros e Albuquerque, conseguiu um emprego no jornal Gazeta de Notícias. Contribuiu, ao longo dos anos, com vários jornais, como o Jornal do Brasil, Correio da Manhã, além de revistas como a A Noite Ilustrada e a Tico-Tico.[1] Foi também fundador de dois jornais, o Fafazinho e A Rua.[1]
Atuação política
[editar | editar código-fonte]Ingressou na política em 1911, onde foi eleito deputado estadual no Maranhão e pelo mesmo estado foi deputado federal em 1927 e 1930. Acabou afastando-se da política em 1930 ao ser preso pela Revolução de 1930 e seguiu para a literatura, onde escreveu romances, peças teatrais, livros para crianças e crônicas históricas.[1]
Academia Brasileira de Letras
[editar | editar código-fonte]Viriato Correia foi membro da Academia Brasileira de Letras, sendo o terceiro ocupante da cadeira 32.[3] Foi eleito em 14 de julho de 1938, na sucessão de Ramiz Galvão, tendo sido recebido por Múcio Leão em 29 de outubro de 1938.[2][4]
Morte
[editar | editar código-fonte]Viriato morreu em 10 de abril de 1967, no Rio de Janeiro, aos 83 anos.[1][2][4]
Obras
[editar | editar código-fonte]Crônicas históricas
[editar | editar código-fonte]- Terra de Santa Cruz (1921)
- Histórias da nossa estória (1921)
- Brasil dos meus avós (1927)
- Baú velho (1927)
- Gaveta de sapateiro (1932)
- Alcovas da história (1934)
- Mata galego (1934)
- Casa de Belchior (1936)
- O país do pau de tinta (1939)
- Minaretes (1903)
- Contos do sertão (1912)
- Novelas doidas (1921)
- Histórias ásperas (1928)
Romance
[editar | editar código-fonte]- A Balaiada: romance histórico do tempo da Regência (1927)
Literatura infantil
[editar | editar código-fonte]- Era uma vez... (1908)
- Contos da história do Brasil (1921)
- Varinha de condão (1928)
- Arca de Noé (1930)
- No reino da bicharada (1931)
- Quando Jesus nasceu (1931)
- A macacada (1931)
- Os meus bichinhos (1931)
- História do Brasil para crianças (1934)
- Meu torrão (1935)
- Bichos e bichinhos (1938)
- No país da bicharada (1938)
- Cazuza (1938)
- A descoberta do Brasil (1930)
- História de Caramuru (1939)
- A bandeira das esmeraldas (1945)
- As belas histórias da História do Brasil (1948)
- A macacada (1949)
Teatro
[editar | editar código-fonte]- Sertaneja (1915)
- Manjerona (1916)
- Morena (1917)
- Sol do sertão (1918)
- Juriti (com música de Chiquinha Gonzaga, 1919)
- Sapequinha (1920)
- Nossa gente (1924)
- Zuzú (1924)
- Uma noite de baile (1926)
- Pequetita (1927)
- Bombonzinho (1931)
- Sansão (1932)
- Maria (1933)
- Bicho papão (1936)
- O homem da cabeça de ouro (1936)
- A Marquesa de Santos (1938)
- Carneiro de batalhão (1938)
- O caçador de esmeraldas (1940)
- Rei de papelão (1941)
- Pobre diabo (1942)
- O príncipe encantador (1943)
- O gato comeu (1943)
- À sombra dos laranjais (1944)
- Estão cantando as cigarras (1945)
- Venha a nós (1946)
- Dinheiro é dinheiro (1949)
- O grande amor de Gonçalves Dias (1959).
Referências
- ↑ a b c d e f g Raimundo Helio Lopes (ed.). «Viriato Correia» (PDF). CPDOC. Consultado em 29 de dezembro de 2019
- ↑ a b c d e «Viriato Correia». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 29 de dezembro de 2019
- ↑ Fernandes, José Ricardo Oriá (29 de abril de 2009). «O Brasil contado às crianças: Viriato Corrêa e a literatura escolar para o ensino de História (1934-1961)» (PDF). Universidade de São Paulo. Consultado em 22 de fevereiro de 2021
- ↑ a b «Viriato Correia». UNICAMP. Consultado em 29 de dezembro de 2019
Ligações externas
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Precedido por Ramiz Galvão | ABL - terceiro acadêmico da cadeira 32 1938 — 1967 | Sucedido por Joracy Camargo |