Afonso Celso (poeta) – Wikipédia, a enciclopédia livre

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Afonso Celso
Afonso Celso (poeta)
Afonso Celso na Revista Moderna, 1899
Nascimento 31 de março de 1860
Ouro Preto
Morte 11 de julho de 1938 (78 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade Brasil brasileiro
Progenitores Mãe: Francisca de Paula Martins de Toledo, viscondessa de Ouro Preto
Pai: Afonso Celso de Assis Figueiredo, visconde de Ouro Preto
Ocupação Professor, poeta, historiador e político

Afonso Celso de Assis Figueiredo Júnior, titulado Conde de Afonso Celso pela Santa Sé,[1] mais conhecido como Afonso Celso, (Ouro Preto, 31 de março de 1860Rio de Janeiro, 11 de julho de 1938) foi um professor, poeta, historiador e político brasileiro. É um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira 36.

Nascido em 1860, em Ouro Preto, então capital da Provincia de Minas Gerais, Filho do Visconde de Ouro Preto, 36.º e último Presidente do Conselho de Ministros do Império, e de Francisca de Paula Martins de Toledo, esta, filha do conselheiro Joaquim Floriano de Toledo, coronel da Guarda Nacional, que foi presidente da província de São Paulo por seis vezes.

Formou-se em direito, em 1880, pela Faculdade de Direito de São Paulo, defendendo a tese "Direito da Revolução" e foi na juventude republicano, mesmo com seu pai sendo monárquico.

Afonso Celso é bisavô do músico Dinho Ouro Preto, vocalista da banda de rock Capital Inicial.[2]

Política e magistério

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Foi eleito por quatro mandatos consecutivos deputado geral por Minas Gerais. Com a proclamação da república, em 1889, tornou se um grande apoiador da monarquia e deixou a política para acompanhar o pai no exílio, que se seguiu à partida da família imperial para Portugal.

Afastado da política, dedicou-se ao jornalismo e ao magistério. Divulgou durante mais de 30 anos seus artigos no Jornal do Brasil e Correio da Manhã. No magistério, exerceu a cátedra de economia política na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro.

Foi um católico devoto, foi referido como "Católico do credo e do mandamento, inteiriçamente católico" por João de Scantimburgo e recebeu o titulo de Conde de Afonso Celso pelo Papa Pio X.[3]

Em 1892, ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Após a morte do barão do Rio Branco, em 1912, foi eleito presidente perpétuo desta instituição, cargo que ocupou até 1938.

De sua vasta obra merecem destaque os seguintes livros:

  • Prelúdios - reunindo uma pequena coleção de poesias de conteúdo romântico, publicada quando ele tinha quinze anos de idade (1876)
  • Devaneios (1877)
  • Telas sonantes (1879)
  • Um ponto de interrogação (1879)
  • Poenatos (1880)
  • Rimas de outrora (1891)
  • Vultos e fatos (1892)
  • O imperador no exílio (1893)
  • Minha filha (1893)
  • Lupe (1894)
  • Giovanina (1896)
  • Guerrilhas (1896)
  • Contraditas monárquicas (1896)
  • Poesias escolhidas (1898)
  • Oito anos de parlamento (1898)
  • Trovas de Espanha (1899)
  • Aventuras de Manuel João (1899)
  • Por que me ufano de meu país (1900) - título que gerou críticas e elogios
  • Um invejado (1900)
  • Da imitação de Cristo (1903)
  • Biografia do Visconde de Ouro Preto (1905)
  • Lampejos Sacros (1915)
  • O assassinato do coronel Gentil de Castro (1928)
  • Segredo conjugal (1932)

Academia Brasileira de Letras

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Afonso Celso foi um dos trinta homens de letras que inicialmente constituíram a Academia Brasileira de Letras. Dentre eles estavam nomes como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, Machado de Assis, Rui Barbosa e Visconde de Taunay. Dez outros foram eleitos, posteriormente, completando os quarenta fundadores do instituto.

Foi presidente da ABL em duas oportunidades: em 1925 e em 1935.

Referências

  1. Carlos Eduardo de Almeida Barata. «Subsídios para um Catálogo dos Títulos de Nobreza concedidos pela Santa Sé aos Brasileiros». Colégio Brasileiro de Genealogia - Arquivos Genealógicos - Tabela I, Nº 1. Consultado em 21 de junho de 2010. Arquivado do original em 11 de outubro de 2010 
  2. «A ex-elite». Consultado em 20 de fevereiro de 2018 
  3. «João de Scantimburgo | Academia Brasileira de Letras». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 23 de junho de 2018 

Ligações externas

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Precedido por
Teófilo Dias
(patrono)
ABL - fundador da cadeira 36
1897 — 1938
Sucedido por
Clementino Fraga
Precedido por
Afrânio Peixoto
Presidente da Academia Brasileira de Letras
1925
Sucedido por
Coelho Neto
Precedido por
Ramiz Galvão
Presidente da Academia Brasileira de Letras
1935
Sucedido por
Laudelino Freire
Precedido por
Benjamim Franklin de Ramiz Galvão
Reitor
Universidade Federal do Rio de Janeiro

1925 — 1926
Sucedido por
Juvenil da Rocha Vaz