Aurélio de Lira Tavares – Wikipédia, a enciclopédia livre
Aurélio de Lira Tavares | |
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Presidente da Junta militar de 1969 | |
Período | 31 de agosto de 1969 até 30 de outubro de 1969 |
Vice-presidente | Nenhum |
Antecessor(a) | Costa e Silva |
Sucessor(a) | Emílio Garrastazu Médici |
Ministro-chefe da Casa Militar do Brasil | |
Período | 19 de setembro de 1961 até 12 de julho de 1962 |
Antecessor(a) | Amaury Kruel |
Sucessor(a) | Amaury Kruel |
Ministro-chefe da Casa Militar do Brasil | |
Período | 12 de junho de 1963 até 18 de outubro de 1963 |
Antecessor(a) | Albino Silva |
Sucessor(a) | Argemiro de Assis Brasil |
Ministro do Exército do Brasil | |
Período | 15 de março de 1967 até 30 de outubro de 1969 |
Antecessor(a) | Ademar de Queirós |
Sucessor(a) | Orlando Geisel |
Dados pessoais | |
Nascimento | 7 de novembro de 1905 João Pessoa, Paraíba |
Morte | 18 de novembro de 1998 (93 anos) Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
Nacionalidade | brasileiro |
Partido | Nenhum |
Profissão | Militar |
Serviço militar | |
Lealdade | Brasil |
Serviço/ramo | Exército Brasileiro |
Graduação | General de Exército |
Aurélio de Lira Tavares[1] GCA • GCIH (João Pessoa, 7 de novembro de 1905 – Rio de Janeiro, 18 de novembro de 1998) foi um general de exército brasileiro, membro da junta militar que governou o Brasil durante sessenta dias, de 31 de agosto a 30 de outubro de 1969, durante a ditadura militar que se seguiu ao golpe de estado de 1964. Foi um dos signatários do Ato Institucional Número Cinco e do Ato Institucional Número 17.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Aluno da Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, formou-se também em direito e em engenharia.
Comandou a 2ª Região Militar, em São Paulo, no período de 18 de janeiro de 1962 a 7 de março de 1963.[2]
Comandou o IV Exército, em Recife, de 10 de outubro de 1964 a 27 de outubro de 1965.[3]
Foi Comandante da Escola Superior de Guerra, entre 28 de setembro de 1966 e 13 de março de 1967.[4] Em seguida, foi ministro do Exército no governo Costa e Silva, entre 15 de março de 1967 e 30 de outubro de 1969.[5]
Com o afastamento do presidente da República por motivos de saúde, Lira Tavares integrou um triunvirato formado também pelo almirante Augusto Rademaker (presidente deste) e pelo brigadeiro Márcio de Sousa Melo, tendo governado o país até que o general Emílio Garrastazu Médici fosse escolhido Presidente da República.
Foi membro da Academia Brasileira de Letras, eleito em abril de 1970. Em suas poesias usava o pseudônimo de Adelita, que era composto pelas iniciais de seu nome.[6] Sua recepção foi feita por Ivan Monteiro de Barros Lins.[7] Depois de compor a junta militar, foi embaixador do Brasil em Paris, de 1970 a 1974.[5]
Foi ainda o autor da letra da "Canção da Engenharia" do Exército Brasileiro.[8]
Em 3 de fevereiro de 1965 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e a 26 de fevereiro de 1971 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis de Portugal.[9]
Morreu no Rio de Janeiro, em 18 de novembro de 1998, aos 93 anos de idade.[5]
Obras
[editar | editar código-fonte]- Domínio territorial do Estado, 1931
- História da arma de engenharia, 1942
- Quatro anos na Alemanha ocupada, 1951
- Território nacional, 1955
- Temas da vida militar, 1965
- A engenharia militar portuguesa na construção do Brasil, 1965
- Além dos temas da caserna, 1968
- A independência do Brasil na imprensa francesa, 1973
- A Amazônia de Júlio Verne, 1973
- O Brasil de minha geração, 2 volumes, 1976-1977
- Brasil-França ao longo de cinco séculos, 1978
- Crônicas ecléticas, 1981
- Vilagran Cabrita e a engenharia de seu tempo, 1981
- Reminiscências literárias, 1982
- O centenário de Augusto dos Anjos, 1984
- Nosso exército, essa grande escola, 1985
- Aristides Lobo e a República, 1987
e muitas outras conferências e discursos sobre temas militares.[10]
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro, Fundação Getulio Vargas
- Almanaque Abril 1986. 13ª edição. São Paulo, Editora Abril, 1986.
- Almanaque Abril 1999. 26ª edição. São Paulo, Editora Abril, 1999.
Referências
- ↑ Na grafia original, Aurelio de Lyra Tavares.
- ↑ «Galeria de Antigos Comandantes da 2ª RM». Site da 2ª RM. Consultado em 7 de junho de 2021
- ↑ «Galeria dos antigos Comandantes do CMNE». Consultado em 14 de maio de 2022
- ↑ «Galeria dos antigos Comandantes da ESG». Consultado em 12 de novembro de 2014
- ↑ a b c «Comandantes do Exército Brasileiro». Consultado em 25 de janeiro de 2021
- ↑ Benicio Medeiros (2009). A Rotativa Parou!. Os últimos dias da Última Hora de Samuel Wainer 1.ª ed. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira. 149 páginas. ISBN 978-85-200-0940-6
- ↑ «Discurso de recepção por Ivan Lins». ABL. 2 de junho de 1970
- ↑ Canção da Engenharia na página do Exército Brasileiro
- ↑ «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Aurélio de Lyra Tavares". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de março de 2016
- ↑ Aurélio de Lira Tavares na página do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC)
Precedido por Amaury Kruel | 24º Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República 1961 – 1962 | Sucedido por Amaury Kruel |
Precedido por Nilo Augusto Guerreiro de Lima | 35º Comandante da 2.ª Região Militar 1962 — 1963 | Sucedido por Olympio Mourão Filho |
Precedido por Albino Silva | 27º Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República 1963 | Sucedido por Argemiro de Assis Brasil |
Precedido por Olympio Mourão Filho | 11º Comandante do IV Exército 1964 - 1965 | Sucedido por Francisco Damasceno Ferreira Portugal |
Precedido por Ademar de Queirós (Ministro da Guerra) | 1º Ministro do Exército 1967 – 1969 | Sucedido por Orlando Geisel |
Precedido por Costa e Silva | Chefe da junta militar brasileira 1969 | Sucedido por Emílio Garrastazu Médici |
Precedido por Múcio Leão | ABL - quinto acadêmico da cadeira 20 1970 – 1998 | Sucedido por Murilo Melo Filho |
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Perfil». na página oficial da Academia Brasileira de Letras